Estudo técnico revela que galáxias podem não colidir frontalmente, mas se fundir em bilhões de anos
Pesquisadores da NASA anunciaram uma importante revisão nos modelos astronômicos que previam uma colisão direta entre a Via Láctea e a galáxia de Andrômeda. O novo cenário, publicado em maio de 2025, sugere que as duas estruturas cósmicas seguirão trajetórias mais suaves do que o estimado anteriormente.
O estudo, liderado por Roeland van der Marel, do Space Telescope Science Institute, baseia-se em simulações mais precisas de movimento galáctico. Os dados foram obtidos por meio do telescópio Hubble e da missão Gaia, da Agência Espacial Europeia (ESA), que monitoram o espaço profundo desde 2013.
Galáxias ainda vão se encontrar, mas colisão frontal é improvável
Apesar da atualização, o encontro entre as duas galáxias ainda deverá ocorrer — porém, com um desvio que minimiza o impacto direto. A previsão é que isso aconteça dentro de 4,5 bilhões de anos.
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Segundo o relatório, Andrômeda não está vindo em linha reta em direção à Via Láctea, como se pensava. Em vez disso, segue um caminho mais tangencial. Isso altera significativamente o modelo anterior, que previa uma colisão central e destrutiva.
A aproximação entre as galáxias será marcada por intensas interações gravitacionais. Contudo, a chance de destruição em massa de estrelas e sistemas solares diminuiu consideravelmente.
Estudo utilizou dados mais recentes do Hubble e da missão Gaia
A nova projeção foi possível graças ao avanço tecnológico. A equipe analisou movimentos estelares registrados pelo Hubble ao longo de duas décadas. Além disso, incorporou informações astrométricas do satélite Gaia, com precisão inédita.
Essas observações, feitas entre 2018 e 2024, permitiram simular com maior clareza a rotação e a translação de Andrômeda. O resultado apontou para uma fusão futura mais controlada, sem impacto direto no Sistema Solar.
O Sol, por exemplo, poderá ser lançado para regiões mais distantes da nova galáxia, mas não será destruído. O mesmo se aplica à Terra, que permanecerá em órbita segura, embora mais afastada do centro galáctico.
Fusão deve criar nova galáxia chamada Lactômeda
A gravidade deve unir as galáxias com o tempo, embora já tenham descartado a possibilidade de uma colisão direta.
O processo levará bilhões de anos até resultar na formação de uma nova estrutura cósmica.
Essa nova galáxia, informalmente chamada de “Lactômeda”, será maior, mais elíptica e composta pela combinação de estrelas da Via Láctea e de Andrômeda. A formação deve ocorrer gradualmente, com redistribuição de corpos celestes em órbitas diferentes das atuais.
Conforme o estudo destaca, esse tipo de fusão entre galáxias é comum no universo. Ele representa uma etapa natural no ciclo de vida dessas estruturas cósmicas.
Impacto para a ciência e o entendimento do universo
A descoberta reforça a necessidade de atualização contínua dos modelos astronômicos. Ela também mostra como dados mais precisos podem mudar totalmente o entendimento de eventos cósmicos.
Para Roeland van der Marel, compreender o movimento de galáxias próximas é essencial para estudar a origem e o destino do universo. A interação entre Via Láctea e Andrômeda, segundo ele, será um exemplo valioso para futuras gerações de cientistas.
A NASA e a ESA planejam continuar os monitoramentos, com novas missões previstas até o fim da década. O objetivo é acompanhar de perto cada detalhe da aproximação entre as galáxias.
Fusão não representa risco para a vida na Terra
Apesar da magnitude do evento, os cientistas garantem que a vida na Terra não será afetada diretamente. As distâncias entre as estrelas são tão grandes que colisões entre corpos celestes são extremamente improváveis.
A principal mudança será visual: o céu noturno poderá ganhar novas estrelas e estruturas, oferecendo espetáculos únicos para quem estiver vivo nas próximas eras.
Portanto, não há motivo para preocupação imediata, mas sim interesse científico. A fusão galáctica será um processo lento, silencioso e natural, sem ameaças à estabilidade do Sistema Solar.
O que você acha mais impressionante: a capacidade de prever eventos a bilhões de anos ou a tranquilidade com que o universo lida com transformações tão grandiosas?