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Vencedor de 11 prêmios internacionais, este motor 3 cilindros da Ford virou uma bomba no Brasil por causa da sua correia banhada a óleo

Escrito por Bruno Teles
Publicado em 12/06/2025 às 09:51
Os 3 Modelos da Ford que Tiveram o Motor 3 cilindros 1.0 EcoBoost Considerado uma "Bomba-Relógio" no Brasil.
Os 3 Modelos da Ford que Tiveram o Motor 3 cilindros 1.0 EcoBoost Considerado uma “Bomba-Relógio” no Brasil.

O aclamado motor 3 cilindros 1.0 EcoBoost, que equipou o New Fiesta de 2016 a 2019, esconde uma falha crônica em sua correia dentada que pode levar à perda total do motor, gerando um enorme prejuízo para os donos.

Introduzido no mercado em 2012, o motor Ford 1.0 EcoBoost foi uma revolução. Premiado internacionalmente por 11 vezes, este motor 3 cilindros da Ford prometia a potência de um motor 1.6 com a economia de um 1.0, graças ao turbo e à injeção direta. No Brasil, ele chegou para equipar o New Fiesta entre 2016 e 2019, cercado de expectativas.

No entanto, a promessa de modernidade rapidamente se transformou em um pesadelo para muitos proprietários. Uma falha de projeto em sua inovadora correia dentada banhada a óleo se mostrou catastrófica, causando superaquecimento e a perda total do motor. O que era para ser um trunfo tecnológico ganhou a infame reputação de “bomba”.

A promessa de um motor premiado: como o 1.0 EcoBoost conquistou o mundo

O sucesso do Ford 1.0 EcoBoost foi global e imediato. Logo em seu lançamento, em 2012, começou a acumular prêmios “International Engine of the Year” (Motor Internacional do Ano).

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A aclamação se devia à sua engenharia avançada, que combinava um design compacto de três cilindros com tecnologias de ponta.

Ele foi eleito o “Melhor Motor Abaixo de 1.0 Litro” por seis anos consecutivos, de 2012 a 2017, um feito notável.

A promessa era entregar desempenho, baixo consumo de combustível e uma operação suave e silenciosa, características que o tornaram uma referência mundial em motores de baixa cilindrada.

A tecnologia da correia banhada a óleo no motor 3 cilindros

Introduzido no mercado em 2012, o motor Ford 1.0 EcoBoost foi uma revolução. Premiado internacionalmente por 11 vezes, este motor 3 cilindros da Ford prometia a potência de um motor 1.6 com a economia de um 1.0, graças ao turbo e à injeção direta. No Brasil, ele chegou para equipar o New Fiesta entre 2016 e 2019, cercado de expectativas.

Para alcançar a eficiência e o funcionamento silencioso, a Ford apostou em uma tecnologia inovadora: a correia dentada imersa em óleo (ou “wet belt”).

A teoria era unir o melhor de dois mundos: a leveza de uma correia com a durabilidade de uma corrente de metal, já que a lubrificação constante a protegeria do desgaste.

A Ford projetou uma durabilidade impressionante para essa correia, que poderia chegar a 240.000 km ou 15 anos de uso.

O que parecia uma solução genial, no entanto, escondia uma vulnerabilidade fatal: a correia era extremamente sensível à composição química do óleo do motor. Qualquer desvio na especificação poderia iniciar um processo de degradação.

O problema crônico: como a correia do motor 3 cilindros da Ford se desfaz e destrói o motor

O problema central do motor 3 cilindros da Ford no New Fiesta (2016-2019) é a degradação prematura da correia banhada a óleo.

Quando o óleo utilizado não segue a especificação exata da Ford, ele ataca quimicamente o material da correia, fazendo com que ela se esfarele.

A partir daí, a falha acontece em cascata:

Contaminação: pequenos fragmentos da correia se soltam e contaminam o óleo do motor.

Obstrução: esses detritos são sugados pelo sistema e entopem o pescador da bomba de óleo, impedindo a agem do lubrificante.

Falha na lubrificação: sem óleo circulando, a pressão do sistema cai drasticamente. Um alerta de baixa pressão do óleo pode acender no .

Superaquecimento e perda total: sem lubrificação, o atrito entre as peças metálicas gera um calor extremo, levando ao superaquecimento e, por fim, à “morte” do motor, que literalmente “funde”.

O óleo específico que se tornou questão de sobrevivência

Introduzido no mercado em 2012, o motor Ford 1.0 EcoBoost foi uma revolução. Premiado internacionalmente por 11 vezes, este motor 3 cilindros da Ford prometia a potência de um motor 1.6 com a economia de um 1.0, graças ao turbo e à injeção direta. No Brasil, ele chegou para equipar o New Fiesta entre 2016 e 2019, cercado de expectativas.

A sobrevivência do motor 3 cilindros 1.0 EcoBoost depende de uma regra inegociável: usar exclusivamente o óleo lubrificante SAE 5W-20 que atenda à norma Ford WSS-M2C948-B.

Não se trata de uma simples recomendação, mas de uma exigência técnica. Qualquer outro óleo, mesmo com a mesma viscosidade, pode não ter os aditivos necessários para proteger a correia.

Um erro na troca de óleo, realizado por desconhecimento do proprietário ou da oficina, é a principal causa do problema.

Dada a gravidade da falha, muitos especialistas e donos recomendam, por precaução, antecipar a troca da correia para cerca de 50.000 a 70.000 km, ignorando o longo prazo estipulado no manual.

Os custos de reparo e a desvalorização do New Fiesta EcoBoost

Para os proprietários afetados, o impacto financeiro foi devastador. Um reparo completo de um motor que “fundiu” é extremamente caro, podendo facilmente ultraar os R$ 15.000. Em muitos casos, o custo do conserto se aproximava do valor de mercado do próprio carro, tornando-o economicamente inviável.

Essa reputação negativa impactou diretamente o mercado de usados. O New Fiesta equipado com este motor 3 cilindros da Ford sofreu uma desvalorização acentuada. Muitos lojistas evitam o modelo, e os que aceitam o fazem oferecendo valores muito abaixo da tabela.

A aparente ausência de um recall específico no Brasil para esta falha, ao contrário do que ocorreu nos EUA para problemas similares em outros modelos EcoBoost, deixou muitos consumidores brasileiros desamparados.

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