1. Início
  2. / Construção
  3. / Vale desenvolve areia sustentável produzida a partir de rejeitos de minério de ferro
Tempo de leitura 3 min de leitura

Vale desenvolve areia sustentável produzida a partir de rejeitos de minério de ferro

Escrito por Valdemar Medeiros
Publicado em 19/06/2022 às 09:22
Atualizado em 20/06/2022 às 01:42
Areia sustentável - vale - minério de ferro - areia
Areia sustentável da vale reduzirá rejeitos – imagem: Divulgação

A Vale está desenvolvendo uma nova areia sustentável que pode ser produzida a partir de rejeitos de minério de ferro. A empresa já investiu R$ 50 milhões para o desenvolvimento do produto.

Após anos de estudos, grande parte dos rejeitos na operação de minério de ferro da Vale receberão um novo destino. De materiais descartados, a empresa fez outro produto: uma areia sustentável. Cada tonelada produzida significa também uma tonelada a menos de rejeitos nas barragens, e é justamente este o propósito da Vale. Reduzir a necessidade de barragens é um dos pilares do princípio de garantia de não repetição de acidentes.

Vale investe R$ 50 milhões para produção da areia sustentável

Desde 2014, a empresa está empenhada em pesquisar usos para o reaproveitamento dos rejeitos no país e, para isso, realizou investimentos na ordem de R$ 50 milhões para desenvolver a areia não tóxica e de qualidade atestada por estudos de laboratórios e universidades especializadas.

De acordo com André Vilhena, gerente de Novos Negócios da Vale, o foco principal da atividade é a sustentabilidade das operações da empresa no minério de ferro, reduzindo o ivo ambiental, além de buscar o fomento de emprego e renda através de novos negócios. Para gerar a areia sustentável, os rejeitos que seriam descartados em barragens am por algumas etapas de concentração, filtragem e classificação.

Dia
Xaomi 14T Pro tá um absurdo de potente e barato! Corre na Shopee e garanta o seu agora!
Ícone de Episódios Comprar

O processo segue os mesmos controles de qualidade da produção de minério de ferro e gera economia circular nas operações de Minas Gerais. Já de acordo com Marcello Spinelli, vice-presidente executivo de Ferrosos da Vale, esta iniciativa gera economia circular dentro das unidades da empresa e mitiga o impacto da disposição de rejeitos para o meio ambiente e a sociedade, além de ser uma alternativa confiável para a indústria da construção civil, que conta com uma grande demanda por areia.

Mais de 250 mil toneladas já foram processadas

Como os rejeitos são compostos basicamente por sílica, o principal componente da areia, e baixo teor de ferro, o resultado é uma areia com qualidade para aplicação no mercado da construção civil. Apenas no ano ado, foram aproximadamente 250 mil toneladas processadas e destinadas à venda e doação, com aplicação em concretos, pré-fabricados, argamassas, artefatos, cimento e pavimentação rodoviária.

A estimativa é destinar um milhão de toneladas em 2022 e chegar a dois milhões de toneladas em 2023. O reaproveitamento desse material diminui a disposição em barragens e está alinhado ao esforço da empresa em evitar rompimentos como o de Brumadinho. Segundo Rogério Nogueira, diretor de marketing de Ferrosos da Vale, a empresa está se preparando para escalar ainda mais a destinação da areia sustentável a partir de 2023.

Para isso, a empresa está com um time de profissionais focados neste novo negócio e adequando suas operações para suprir as demandas do mercado. Os benefícios continuam: além de reduzir a produção de rejeitos e a dependência de barragens, o produto é uma forma sustentável para um material que sofre com a extração predatória.

R$ 7,1 milhões já foram investidos na areia sustentável em nichos específicos

Atualmente, a produção da Vale acontece na Mina de Brucutu, em São Gonçalo do Rio Abaixo (MG), e outras minas da companhia estão em processo de regularização minerária e ambiental para produção do insumo.

Além de utilizar a infraestrutura já existente, a Vale também possui a rede rodoviária já desenvolvida para escoamento da areia para mercados no Espírito Santo, Minas Gerais, Distrito Federal e São Paulo.

Três nichos de aplicação da areia foram priorizados após estudos técnicos e mercadológicos: pavimentação, cimento e pré-moldados ou concreto.

Apenas em pesquisa e inovação para uso em pavimentos rodoviários, já foram investidos mais de R$ 7,1 milhões.

Comentários fechados para esse artigo.

Mensagem exibida apenas para es.

Valdemar Medeiros

Jornalista em formação, especialista na criação de conteúdos com foco em ações de SEO. Escreve sobre Indústria Automotiva, Energias Renováveis e Ciência e Tecnologia

Compartilhar em aplicativos