Um simples detector de metal levou à descoberta de um verdadeiro tesouro: centenas de moedas do primeiro século d.C. Veja os detalhes dessa incrível história!
Em 2023, dois detectores de metais na Holanda fizeram uma descoberta impressionante: um estoque de 404 moedas de ouro e prata datadas do primeiro século d.C.
Esse conjunto diversificado de moedas, que inclui exemplares de origem romana, britânica e norte-africana, é o primeiro desse tipo encontrado no continente europeu, conforme comunicado oficial das autoridades locais.
Os descobridores, Gert-Jan Messelaar e Reinier Koelink, buscavam inicialmente a chave perdida do trator de um agricultor quando decidiram explorar um campo próximo, onde já haviam encontrado algumas moedas anteriormente.
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O que parecia um dia comum se transformou em um evento histórico. O primeiro achado foi uma moeda celta dourada, seguida por diversas outras até que, ao escavar um buraco raso, descobriram um estoque de centenas de moedas.
Museu Nacional de Antiguidades
A composição do tesouro
O tesouro inclui 360 moedas romanas, sendo 288 denários de prata e 72 aurei de ouro, além de 44 moedas não romanas, principalmente staters de ouro do rei celta Cunobelin.
Muitas moedas apresentam o retrato do imperador Cláudio (41-54 d.C.), enquanto outras retratam figuras históricas como Júlio César e Juba, o governante da Numídia (atual Argélia).
Duas moedas de Cláudio, datadas de 46-47 d.C., possuem matrizes idênticas, sugerindo que eram utilizadas para pagamentos militares.
Os staters celtas trazem a inscrição “CVNO“, referindo-se a Cunobelin, um rei britânico que governou entre 10 e 42 d.C. A presença dessas moedas em um sótão enterrado na Holanda reforça a hipótese de que o tesouro tem relação direta com a conquista romana da Grã-Bretanha, liderada pelo general Aulus Plautius em 43 d.C.
áureo com um retrato do Imperador Cláudio
Museu Nacional de Antiguidades
Contexto histórico
A conquista da Grã-Bretanha pelos romanos foi um dos eventos mais significativos da expansão do império. Sob ordens do imperador Cláudio, tropas romanas atravessaram o Canal da Mancha e subjugaram territórios celtas, consolidando o domínio romano na região.
A ampla variedade de datas nas moedas encontradas sugere que o tesouro foi retirado de circulação de uma só vez, provavelmente como espólios de guerra das tropas romanas.
O fato das moedas terem sido enterradas a pouca profundidade indica que poderiam estar dentro de uma bolsa de couro, que se decompôs ao longo dos séculos.
Esse detalhe reforça a hipótese de que foram escondidas por soldados que retornavam da campanha na Grã-Bretanha, possivelmente para evitar tributação ou simplesmente como reserva de valor.
Segundo Anton Cruysheer, arqueólogo da Utrecht Landscape and Heritage Foundation, e Tessa de Groot, da Cultural Heritage Agency dos Países Baixos, esse achado representa a primeira evidência física do retorno de tropas romanas à Europa continental após a conquista da Grã-Bretanha. Cruysheer destaca: “Aparentemente, eles voltaram com todo tipo de coisas. Essa é uma informação nova.”
O destino das moedas
Após a descoberta, Koelink e Messelaar relataram suas descobertas às autoridades e colaboraram com arqueólogos para escavações adicionais, que resultaram na localização de mais 23 moedas.
Agora, o tesouro estará exposto permanentemente no Museu Nacional de Antiguidades em Leiden, na exibição intitulada A Holanda na Época Romana.
Essa descoberta não apenas enriquece o conhecimento histórico sobre a presença romana na região, mas também traz novas perspectivas sobre a mobilidade de soldados e suas riquezas após campanhas militares.
O achado levanta questões sobre a economia do império e a circulação de riquezas entre territórios distantes.
A descoberta das moedas em Bunnik é um marco para a arqueologia europeia, pois fornece evidências materiais de um dos momentos mais importantes da história romana. A presença de moedas de diferentes origens reforça a ideia de que os romanos não apenas conquistaram territórios, mas também integraram culturas e economias em um vasto império.
Com informações de cultureelerfgoed.
Por essas e outras que essas coisas não acontecem no Brasil….. O povo não é sedento por dinheiro por que não precisa e ja vive muito….. mas muito bem o que ganha do trabalho.
Se eu encontro essas moedas, RARÍSSIMAS, na minha propriedade, seleciono algumas, e vendo as outras p/um colecionador e pt.final.
Se fosse eu que estivesse feito essa descoberta , com certeza não iria para as mãos do governo.