Motores raros da década de 1920 são descobertos em um ferro-velho nos Estados Unidos, revelando peças históricas que marcaram a indústria automotiva.
Entre as vastas paisagens do estado americano de Dakota do Sul, um ferro-velho de 6 hectares esconde uma relíquia automobilística. O terreno, tomado pela vegetação, guarda motores raros da década de 1920.
Em tempos de domínio de veículos elétricos, como o Tesla Modelo Y, o carro mais vendido de 2024, esse depósito oferece uma viagem ao ado, com carros que resistem há quase um século.
Como é o ferro-velho
O ferro-velho pertence à empresa Oakleaf Old Cars, na cidade de Hartford. A área abriga milhares de veículos antigos, desde clássicos da década de 1920 até esportivos marcantes das últimas décadas.
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O local atrai curiosos, entusiastas e especialistas que veem nas carcaças enferrujadas não apenas sucata, mas pedaços vivos da história automotiva americana.
A história do ferro-velho remonta a Donnas Oakleaf, pioneiro ao instalar o primeiro triturador de carros do estado. Durante anos, Donnas transformou milhares de veículos em sucata de alumínio.
No entanto, algumas máquinas escaparam. Eram modelos que ele irava, escolhidos a dedo e guardados com cuidado. Donnas morreu em 1955, mas seu legado permanece. Seus filhos assumiram o ferro-velho e mantiveram a tradição de preservar os antigos automóveis.
Motores da década de 1920
Entre os destaques, há motores da década de 1920, verdadeiras raridades no cenário automotivo. No entanto, décadas expostos ao clima de Dakota do Sul cobraram seu preço: muitos estão irreconhecíveis, cobertos de ferrugem e invadidos por plantas. Ainda assim, alguns modelos conservam suas formas originais e resgatam o charme de tempos ados.
Um desses destaques é o Lincoln Zephyr 1940, conhecido pelo slogan “Novo tamanho, potência e beleza que ele traz para seu campo“. O Zephyr marcou a transição para carros mais aerodinâmicos e íveis, com seu motor V12 e design inovador para a época. Hoje, mesmo corroído, mantém sua presença imponente no ferro-velho.
Outros achados impressionam. Um Buick 1948, com suas linhas arredondadas, remete à era de ouro do pós-guerra. O Cadillac Sedan DeVille 1957, ícone do luxo americano, repousa entre arbustos que crescem ao redor de sua carroceria. Já o DeSoto Firesweep 1958, com suas barbatanas traseiras características, é um retrato da obsessão estética dos anos 1950.
Há também modelos esportivos. Um Dodge Dart conversível 1964 e um Ford Mustang Mach 1, produzido entre 1971 e 1973, chamam atenção mesmo com as marcas do tempo.
Esses carros, que um dia foram símbolos de potência e liberdade nas rodovias americanas, agora descansam em silêncio sob o céu aberto.
A preservação desse ferro-velho é, de certa forma, um tributo à história automobilística. Cada carro conta uma parte da evolução industrial, cultural e social dos Estados Unidos.
Mesmo deteriorados, os veículos de Oakleaf Old Cars seguem despertando curiosidade e iração. O tempo pode corroê-los, mas a história que representam permanece viva na memória dos visitantes que se aventuram entre suas fileiras enferrujadas.
Tá, a matéria é até interessante, mas quem foi o explorador,que encontrou tais carros?
Foi-se o tempo, em que se faziam carros confortáveis, com bancos de molas, mais seguros e duráveis, que aguentavam trepidações e resistiam à ação do tempo.