Empresas dos EUA estão usando uma pergunta inusitada sobre Kim Jong-un para identificar possíveis infiltrados norte-coreanos em processos seletivos
Durante a Conferência RSA realizada nesta semana, uma revelação inesperada chamou atenção do público. Segundo Adam Meyers, executivo da empresa de segurança cibernética CrowdStrike, uma pergunta simples pode expor candidatos norte-coreanos infiltrados em empresas ocidentais. A tática consiste em perguntar: “Quão gordo é Kim Jong-un?”
Reação imediata como sinal de alerta
Meyers explicou que a estratégia, apesar de direta, tem sido eficaz. Ele afirmou que candidatos suspeitos encerram a ligação imediatamente ao ouvir algo negativo sobre o líder da Coreia do Norte.
Segundo o especialista, isso ocorre porque esses trabalhadores não estão dispostos a desrespeitar a figura do ditador, mesmo quando disfarçados.
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O método, embora pareça incomum, é somente uma das ferramentas utilizadas para detectar infiltrações em grandes empresas. De acordo com Meyers, há outros sinais de alerta.
Um exemplo é a presença de candidatos com nomes complexos e perfis inconsistentes. Em uma situação relatada, um homem asiático, em idade militar, apareceu em uma entrevista por Zoom, mas utilizava um nome polonês que não conseguia pronunciar.
Empresas visadas e táticas sofisticadas
Esses indícios são observados em empresas da Fortune 500 e em companhias do setor de criptomoedas. Em muitos casos, os supostos profissionais de tecnologia criam perfis falsos nas redes sociais e desenvolvem histórias de fundo elaboradas para enganar recrutadores.
Em algumas situações, uma equipe inteira auxilia no processo de entrevista, com somente uma pessoa aparecendo diante da câmera.
A técnica da pergunta provocativa também foi adotada por outros empresários. Harrison Leggio, fundador da startup g8keep, relatou à revista Fortune que sua empresa foi alvo de várias tentativas de infiltração.
Segundo ele, perguntar algo negativo sobre Kim Jong-un no fim das entrevistas se mostrou uma maneira eficaz de filtrar os candidatos. Leggio disse ainda que outros fundadores adotaram o mesmo método.
Milhões desviados ao regime norte-coreano
Apesar das estratégias, os resultados das infiltrações têm sido expressivos. Segundo o FBI, os trabalhadores norte-coreanos continuam canalizando milhões de dólares para o regime.
Estimativas da ONU indicam que, desde 2018, essas operações podem ter movimentado entre US$ 250 milhões e US$ 600 milhões por ano. Os funcionários ficam somente com uma pequena parcela do valor recebido.
A agente especial do FBI, Elizabeth Pelker, também falou sobre o tema na Conferência RSA. Ela destacou um aspecto curioso do problema: mesmo após descobrirem que contrataram um cidadão norte-coreano, algumas empresas hesitam em demiti-lo.
O motivo é simples. Segundo Pelker, esses trabalhadores costumam ser altamente confiáveis e entregam bons resultados.
O uso de perguntas diretas, como a que envolve o líder norte-coreano, coloca em xeque a lealdade dos candidatos suspeitos. E, embora pareça uma solução simplista, o recurso tem funcionado.
Com informações de Gizmodo.