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Thyssenkrupp Estaleiro Brasil Sul está usando a tecnologia a favor da modernização das embarcações da Marinha

Escrito por Ruth Rodrigues
Publicado em 30/01/2023 às 19:43
Atualizado em 14/02/2023 às 12:04
A Thyssenkrupp Estaleiro Brasil Sul, está sendo cenário de um dos maiores projetos de tecnologia do país na modernização dos navios da Marinha com novos recursos de última geração.
Foto: thyssenkrupp

A Thyssenkrupp Estaleiro Brasil Sul está sendo cenário de um dos maiores projetos de tecnologia do país, na modernização dos navios da Marinha com novos recursos de última geração.

O projeto da Thyssenkrupp Estaleiro Brasil Sul, sendo considerado o mais inovador já desenvolvido no país, conta com a construção de fragatas Classe Tamandaré para a Marinha. Serão quatro embarcações de defesa, equipadas com as maiores e melhores tecnologias já existentes, que, inclusive, irão quebrar os métodos tradicionais, para incluir tecnologias inéditas para a aplicação desse projeto em navios.

Veja os navios da Classe Tamandaré

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Fonte: Embraer

Para a Thyssenkrupp Estaleiro Brasil Sul: o meio ambiente e a tecnologia devem caminhar juntos

O estaleiro Brasil Sul foi adquirido em 2020 pela Thyssenkrupp e é um dos mais modernos do nosso país. Possui uma área de 310.000 m² e tem um alto nível de automação e tecnologia de ponta.

O estaleiro conta com grandes feitos como, por exemplo, os navios para operações offshore de, aproximadamente, 90 metros de comprimento e 19 metros de boca.

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Seguindo os meios mais históricos, todos os projetos feitos foram desenvolvidos a partir de uma enorme quantia de documentos impressos: desenhos, procedimentos e manuais que exigiam inúmeras cópias e atualizações recorrentes.

Sendo assim, foi criado um novo cenário que promove o benefício ao meio ambiente, além de ser um projeto totalmente inovador. 

O estaleiro, com o apoio da matriz da Thyssenkrupp Marine Systems na Alemanha, implantou um projeto de Engenharia batizado como “Paperless”, que consiste em eliminar desenhos em papel nas linhas de produção.

Lembrando que a construção de navios sem os desenhos impressos é algo completamente novo na indústria naval sul-americana, inovando completamente o estaleiro Brasil Sul, para que ele seja referência na produção de fragatas.

Inclusive, João Aldo Filho Hoffmann diz que a maquete da embarcação apresentada em junho já foi 100% construída em paperless, ou seja, sem a impressão de desenhos de papel.

Inovação da tecnologia nos meios navais

Para o melhor funcionamento da implantação da tecnologia nas embarcações da Marinha, foram instalados mais de 20 totens com computadores na área de produção do estaleiro e cerca de 25 tablets.

Com esses equipamentos, os trabalhadores responsáveis pelo projeto conseguem ar os sistemas, desenhos no formato 2D e 3D, procedimentos e manuais e checklists, e, o melhor de tudo, todas essas opções são atualizadas em tempo real pelo grupo de engenharia do Brasil e da Alemanha.

Por conta disso, os apontamentos da mão de obra, solicitação interna de consumíveis, rastreabilidade de chapas, perfis, tubulações e verificação da qualidade, é tudo feito de maneira digital.

O próximo desafio a ser realizado é a utilização da Realidade Aumentada, o que é ainda mais inovador.

Por meio deste dispositivo, será possível sobrepor hologramas à peça física, conferindo o posicionamento de montagem, layout dos compartimentos, interferência entre setores e verificação da qualidade.

E o melhor de tudo é que tudo isso pode ser feito pelos profissionais que estão aqui no país ou pelos especialistas da Thyssenkrupp na Alemanha.

Liderança do projeto

Os líderes estão confiantes e querem que o projeto seja só o começo para uma grande inovação tecnológica nos meios navais.

O CEO da Águas Azuis, Fernando Queiroz, diz: “A entrega de um produto tecnológico começa em sua produção. Esses investimentos em inovação irão garantir a entrega das fragatas com os mais elevados padrões de qualidade e excelência, dentro dos prazos estabelecidos em conjunto com a EMGEPRON e a Marinha do Brasil”

Atualmente, o projeto é liderado pela engenheira naval Letícia Bodanese, que há dois anos trabalha na Thyssenkrupp Estaleiro Brasil Sul.

Para ela, está sendo um desafio, principalmente em projetos inovadores como o paperless: “As pessoas, naturalmente, tendem a resistir ao processo de mudança. Mas após uma etapa de conscientização, aprendem a trabalhar no novo cenário e contribuem com o processo, incorporando as mudanças em seus hábitos, contribuindo para o desenvolvimento pessoal de cada colaborador e o desenvolvimento da empresa”, explica a líder.

As empresas por trás das grandes inovações

O relacionamento entre a SPE Águas Azuis e o Brasil é de longa data.

A Thyssenkrupp Marine Systems, empresa do Grupo Thyssenkrupp, é um dos grandes fornecedores de sistemas para submarinos e embarcações de superfície naval, assim como as tecnologias de segurança marítima com histórico secular de construção naval.

Já a Thyssenkrupp é um grupo internacional de empresas e soma cerca de 96 mil empregados em 48 países. No ano fiscal de 2021/2022, registrou um faturamento de 41 bilhões de euros, sendo responsável pela criação de valores com produtos, tecnologias e serviços inovadores que ajudam a tornar a vida melhor para as gerações futuras.

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Ruth Rodrigues

Formada em Ciências Biológicas pela Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), atua como redatora e divulgadora científica.

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