A SpaceX, empresa de Elon Musk, será responsável pelo lançamento da Dragonfly, primeira missão da NASA em Titã, com energia nuclear.
Nesta segunda-feira (26), a SpaceX firmou um contrato inédito com a NASA no valor de US$ 256,6 milhões (aproximadamente R$ 1,49 bilhão). O acordo inclui os custos e serviços necessários para o lançamento da missão Dragonfly, que vai explorar Titã, a maior lua de Saturno. Essa parceria marca um marco histórico, já que será a primeira vez que a SpaceX transportará materiais nucleares ao espaço.
Missão Dragonfly: energia nuclear para explorar Titã
A Dragonfly será alimentada por um gerador termoelétrico de radioisótopos (RTG), que utiliza a decomposição do plutônio-238 para produzir energia. Essa é uma mudança significativa para a SpaceX, que até então utilizava energia solar em suas missões. Contudo, em Titã, que está a quase dez vezes a distância da Terra em relação ao Sol e possui uma atmosfera densa de nitrogênio e metano, a energia solar não é viável.
O foguete Falcon Heavy da SpaceX, que já é certificado para missões robóticas de alto custo pela NASA, ará por um processo adicional de certificação. Este inclui uma análise rigorosa do sistema de autodestruição para garantir a segurança do material nuclear a bordo.
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A jornada e o futuro da Dragonfly
Prevista para ser lançada em julho de 2028, a Dragonfly levará seis anos para alcançar Titã, chegando apenas em 2034. A espaçonave será encapsulada e descerá na atmosfera da lua usando paraquedas, ativando posteriormente seus oito rotores para explorar a superfície.
O objetivo principal da missão é investigar locais ricos em moléculas orgânicas – os chamados “blocos de construção da vida”. A Dragonfly “saltará” de um ponto a outro em voos curtos, aproveitando a atmosfera densa e baixa gravidade de Titã para realizar análises científicas.
Atrasos e desafios financeiros
Originalmente programada para 2026, a missão enfrentou sucessivos adiamentos devido à pandemia de Covid-19, que aumentou seus custos e complicou o cronograma. Hoje, o projeto já ultraou o dobro do orçamento inicial, chegando a US$ 3,35 bilhões (R$ 19,46 bilhões).
Apesar dos desafios, a parceria entre SpaceX e NASA demonstra o potencial da colaboração entre o setor público e privado na exploração espacial. A Dragonfly não apenas abre novas possibilidades científicas, mas também reforça a confiança da NASA nos foguetes da SpaceX para missões de grande porte e alta complexidade.
Um marco histórico para SpaceX e NASA
Esse contrato é um divisor de águas para a SpaceX, consolidando seu papel como parceira essencial para a NASA em missões inovadoras. A Dragonfly promete ser mais do que uma viagem para Titã – será uma jornada para expandir nossa compreensão sobre a vida no universo e um avanço na exploração do sistema solar.
Será que titã possuí vida ?