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Sinta-se em um filme pós-apocalíptico: conheça a Ilha Fantasma de Hashima, com prédios engolidos pela vegetação em um verdadeiro cenário de ficção

Publicado em 05/06/2025 às 07:14
Hashima, Ilha fantasma, Japão, Ilha
Foto de Jakub Halun, licenciada sob Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional (CC BY 4.0).

Ilha Hashima foi de polo industrial com trabalho forçado a atração turística mundial, com ruínas marcadas pelo abandono e polêmica

A cerca de 15 quilômetros de Nagasaki, no Japão, está a Ilha Hashima. Abandonada há décadas, ela se transformou em uma atração turística e carrega uma história marcada por progresso, trabalho forçado e abandono. Hoje, seus prédios em ruínas, tomados pela natureza, são um retrato silencioso de um ado complexo.

Com apenas 6,3 hectares, Hashima já foi densamente habitada. No auge, em 1959, mais de 5.200 pessoas viviam na pequena ilha. Porém, em 1974, a ilha foi desativada e esvaziada. Desde então, ganhou o apelido de “Ilha Fantasma”, chamando a atenção de turistas e curiosos.

O surgimento da Ilha Hashima

A história de Hashima começa em 1887, durante a Era Meiji, um período de industrialização e modernização no Japão. Foi nesse contexto que a Mitsubishi projetou a ilha como uma base de extração de carvão submarino.

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Para proteger as construções das fortes ondas da região, foi erguido um muro quebra-mar ao redor da ilha. Vista de cima, sua aparência lembrava a de um navio de guerra, o que lhe rendeu o apelido de Gunkanjima, ou “ilha encouraçada”.

A ilha não era apenas uma mina, mas uma verdadeira mini cidade, com moradias, escolas e serviços básicos, todos voltados aos trabalhadores da exploração de carvão.

O uso de trabalho forçado

Apesar do progresso aparente, o ado de Hashima também é marcado por práticas sombrias. Durante o período da Segunda Guerra Mundial, o Japão recorreu ao uso de trabalho escravo de prisioneiros chineses e coreanos para manter a produção de carvão.

Segundo matéria do The Guardian, milhares de trabalhadores foram forçados a trabalhar na ilha sob condições extremas. Esse período só terminou com o fim da guerra, em 1945, quando o Japão encerrou o uso dessa mão de obra.

O abandono da ilha

Mesmo após o fim do trabalho forçado, a mineração de carvão seguiu ativa por alguns anos. A população da ilha continuou crescendo, atingindo seu pico em 1959, com 5.259 habitantes.

Porém, as reservas de carvão começaram a se esgotar. Em 1974, as minas foram fechadas, e todos os moradores precisaram deixar a ilha. Desde então, Hashima permaneceu desabitada, com seus prédios lentamente sendo consumidos pelo tempo e pelo clima.

Cenário de cinema e turismo

Durante 30 anos, o o à ilha foi completamente proibido. Somente a partir de 2009 ela foi reaberta para visitas turísticas.

Com seus prédios em ruínas, a paisagem de Hashima lembra um cenário pós-apocalíptico, o que atrai visitantes do mundo todo. Para visitar a ilha, é necessário apresentar um exame de saúde, como medida de segurança.

O aspecto único da ilha também chamou a atenção de Hollywood. O diretor Sam Mendes usou Hashima como uma das locações do filme “007 – Operação Skyfall”, lançado em 2012.

Reconhecimento internacional e polêmica

Em julho de 2015, a Ilha Hashima foi reconhecida pela UNESCO como Patrimônio Mundial, dentro da série “Sítios da Revolução Industrial Meiji do Japão”.

O reconhecimento só foi possível após um acordo entre Japão e Coreia do Sul. Os sul-coreanos aceitaram apoiar a indicação desde que o Japão reconhecesse o uso de trabalho escravo na ilha.

Contudo, segundo o jornal The Asahi Shimbun, o Japão inicialmente descumpriu o acordo, criando um museu que negava o uso de trabalho forçado. Em 2021, as 21 nações do comitê da UNESCO pressionaram o Japão para corrigir as informações.

Somente em 2023 o Japão fez novas inserções no museu, incluindo referências ao ado, mas ainda com distorções, de acordo com o The Hankyoreh.

Com informações de Aventuras na História.

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Romário Pereira de Carvalho

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