Indústria têxtil reforça papel estratégico ao gerar milhares de empregos no Brasil, com destaque para crescimento em áreas operacionais e aposta em inovação para manter o ritmo
Com previsão de crescimento de 1,2% em 2025, a indústria têxtil reafirma seu papel estratégico na economia brasileira. Nesta segunda-feira (21), o Dia da Indústria Têxtil destaca os avanços de um setor que tem ampliado sua presença, gerado oportunidades de empregos e apostado em soluções sustentáveis e tecnológicas.
Mesmo diante de desafios internacionais, o setor segue ativo e com grande capacidade de adaptação. Hoje, vai além da moda e integra áreas como saúde, construção civil e segurança. Essa diversidade mostra a força e a importância da indústria têxtil na estrutura produtiva do país.
Feiras especializadas impulsionam negócios e inovação
As feiras têxteis ganham cada vez mais espaço como ambientes estratégicos para o setor. Esses eventos reúnem fabricantes, fornecedores de tecnologia, startups e especialistas de vários países. Além de fomentar negócios e parcerias, são espaços de troca de conhecimento e lançamento de tendências.
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A Febratex é um dos maiores exemplos. Reconhecida internacionalmente, a feira é responsável por iniciar cerca de 40% dos negócios de máquinas têxteis no Brasil.
Para Hélvio Pompeo, presidente do Febratex Group, esses eventos são mais do que exposições. “As feiras têxteis são mais do que apenas exposições de tecnologia; elas são espaços de conexão e transformação, onde a inovação se encontra com a prática. Elas possibilitam que empresários, técnicos e desenvolvedores troquem ideias e encontrem soluções reais para os desafios do setor. É nesse ambiente que o futuro da indústria começa a ser construído”, explica.
Geração de empregos se mantém em alta
Mesmo com as mudanças tecnológicas, a base produtiva da indústria têxtil permanece sólida. De acordo com dados da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS), o estado de São Paulo conta com mais de 70 mil vínculos ativos no setor, principalmente em funções operacionais como costureiro, alimentador de linha de produção e operador polivalente.
Em 2023, o setor gerou quase 6 mil novas vagas, um crescimento de 7,8%. A Abit projeta que, em 2025, a produção têxtil deve crescer 1,4%, com a criação de mais de 6 mil empregos diretos.
O diretor-superintendente da entidade, Fernando Valente Pimentel, vê avanço, mas alerta sobre as importações. “A indústria têxtil e de confecção nesses três primeiros meses do ano está operando no positivo e gerando mais postos formais de trabalho. Por outro lado, as importações continuam crescendo acima do ritmo da produção de consumo, o que significa que estamos perdendo posição relativa da indústria nacional no atendimento das demandas do mercado local”, afirma.
Versatilidade amplia impacto econômico e social
A atuação da indústria têxtil vai muito além do vestuário. Materiais como kevlar e carbono são usados em geotêxteis para obras civis, coletes à prova de balas, uniformes hospitalares e até curativos com tecidos inteligentes. Essas aplicações mostram como o setor contribui em diferentes áreas da sociedade.
Na mobilidade urbana, os têxteis técnicos também ganham espaço. Eles fazem parte de componentes veiculares, como assentos e revestimentos, oferecendo resistência e leveza.
Com soluções em diversas frentes, o setor reforça sua importância econômica e social no Brasil, atuando de forma ampla e integrada a outras indústrias.
Com informações de Abc do Abc.