O Geely Galaxy A7 EM-i é um sedã híbrido plug-in com 2.100 km de autonomia combinada, maior que o Toyota Corolla e mais barato que um Fiat Mobi. Modelo chinês pode chegar ao Brasil em breve.
Um sedã híbrido plug-in com mais de 4,90 metros de comprimento, visual imponente, 2.100 km de autonomia combinada, até 38 km/l de consumo estimado e, pasme, preço menor que o de um Fiat Mobi. Pode parecer exagero, mas essa é a proposta oficial da Geely com o recém-apresentado Galaxy A7 EM-i, modelo que promete chacoalhar o mercado automotivo global — e que pode, em breve, ser vendido também no Brasil.
Com produção já confirmada na China, o Galaxy A7 representa mais do que apenas um carro eficiente. Ele sinaliza o novo posicionamento da Geely no mercado internacional: modelos a preços íveis, com foco em tecnologia, sustentabilidade e design arrojado. E tudo isso, com dimensões que superam até o tradicional Toyota Corolla.
Geely Galaxy A7 EM-i: potência de sobra com até 350 cv e sistema híbrido plug-in inteligente
O Geely Galaxy A7 EM-i é um sedã de porte grande, equipado com um sistema híbrido plug-in (PHEV) que combina um motor a combustão 1.5 de 112 cavalos com um motor elétrico de 238 cavalos. Juntos, os dois motores são capazes de entregar até 350 cv com uma transmissão de velocidade única DHT (Dedicated Hybrid Transmission).
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A proposta da Geely é oferecer eficiência máxima com o máximo de desempenho. Para isso, o Galaxy A7 terá opções de bateria que podem garantir:
- 60 km de autonomia 100% elétrica na versão de entrada
- 130 km de autonomia elétrica na versão com bateria de maior capacidade
Combinando as fontes de energia, o carro alcançaria impressionantes 2.100 km de autonomia total — número que desafia qualquer concorrente direto no mundo.
Além disso, o consumo médio estimado gira em torno de 38 km/l, um valor que coloca o sedã entre os modelos mais eficientes já fabricados no segmento.
Um gigante sobre rodas: maior que o Corolla em todas as medidas
O Galaxy A7 EM-i impressiona não apenas na motorização, mas também nas dimensões. O modelo tem:
- 4,91 metros de comprimento
- 1,90 m de largura
- 1,49 m de altura
- 2,84 m de entre-eixos
Para efeito de comparação, o Toyota Corolla — sedã mais vendido do Brasil — mede 4,63 m de comprimento e 2,70 m de entre-eixos. Ou seja, o Geely Galaxy A7 é significativamente maior, oferecendo mais espaço interno, conforto para os ocupantes e maior capacidade de porta-malas.
Essa característica torna o modelo particularmente interessante para famílias, motoristas de aplicativo e até para uso executivo.
Visual moderno e detalhes que chamam atenção
No quesito design, o Galaxy A7 adota o padrão visual chinês contemporâneo, com linhas fluídas, frente aerodinâmica e uma identidade visual bem definida.
Na dianteira, os faróis em LED são afilados e integrados à grade frontal, criando uma aparência agressiva e tecnológica. A grade inferior traz entradas de ar em formato de “C”, reforçando a esportividade. Na traseira, destaque para as lanternas traseiras também em LED, integradas e horizontais, que percorrem toda a largura do veículo — um detalhe que remete ao acabamento de modelos de luxo.
O interior ainda não teve imagens divulgadas oficialmente, mas é esperado que o modelo tenha:
- 100% digital
- Central multimídia com tela flutuante
- Comandos por voz e conectividade com 5G
- Acabamentos refinados com materiais sintéticos de alta qualidade
Quanto vai custar? Mais barato que o Fiat Mobi
Talvez o maior choque venha do preço estimado. Segundo a imprensa chinesa, o valor do Galaxy A7 EM-i no mercado local deve girar em torno de US$ 14.000 — o equivalente a R$ 79.611 na conversão direta.
Esse valor é menor que o de um Fiat Mobi Like 1.0, que hoje é vendido no Brasil a partir de R$ 79.990. Para um modelo que oferece porte superior, motorização híbrida de até 350 cv e 2.100 km de autonomia, a comparação é surpreendente.
Claro que, em caso de importação para o Brasil, haveria acréscimos de impostos e taxas. Mas mesmo com tributações, o Galaxy A7 poderia chegar por menos da metade do preço de concorrentes diretos como BYD Seal, Toyota Corolla Altis Hybrid ou JAC e-J7.
A Geely quer voltar ao Brasil — e agora com força
A Geely já teve presença tímida no Brasil no ado, com modelos como o GC2 e o sedã EC7. No entanto, esses veículos não obtiveram sucesso devido à baixa rede de concessionárias, pós-venda fraco e falta de compatibilidade com o perfil do consumidor brasileiro na época.
Agora, o cenário é outro. A marca já trouxe ao país o SUV elétrico EX5 e compartilha atualmente estrutura logística e de distribuição com a Renault, o que reduz custos e facilita a operação nacional.
Com a ampliação do interesse por veículos elétricos e híbridos no Brasil — impulsionado por incentivos estaduais, políticas de IPVA reduzido e zonas de restrição de emissões —, a Geely pretende aproveitar esse novo momento do mercado nacional para se reposicionar como uma marca ível, tecnológica e sustentável.
A chegada do Galaxy A7 pode ser o primeiro o dessa nova fase.
Sedã híbrido maior que o Corolla: comparação com rivais brasileiros
O Galaxy A7 EM-i chega para competir com modelos de diferentes segmentos no Brasil. Veja como ele se posiciona frente aos principais sedãs e híbridos do mercado:
Modelo | Motorização | Comprimento | Autonomia elétrica | Preço (R$) |
---|---|---|---|---|
Geely Galaxy A7 EM-i | Híbrido plug-in (PHEV) | 4,91 m | até 130 km | ~R$ 79 mil (*) |
Toyota Corolla Altis Hybrid | Híbrido convencional | 4,63 m | Não aplicável | R$ 182.590 |
BYD Seal | 100% elétrico | 4,80 m | 500+ km (elétrico) | R$ 299.800 |
Fiat Mobi Like | Combustão 1.0 | 3,57 m | Não se aplica | R$ 79.990 |
* valor estimado com base em conversão direta da imprensa chinesa, sem impostos
O que mais impressiona no Galaxy A7 EM-i é sua relação entre tecnologia, espaço, consumo e preço. Não é comum encontrar um veículo que:
- Tenha até 350 cv de potência combinada
- Ofereça 2.100 km de autonomia
- Proporcione consumo estimado de 38 km/l
- Seja maior que o Corolla em todas as dimensões
- E ainda tenha preço próximo ao de carros populares de entrada
Essa combinação faz do Galaxy A7 uma das maiores promessas do segmento de sedãs híbridos globais — e uma potencial revolução se for comercializado oficialmente no Brasil.
Desafios para a chegada ao mercado brasileiro
Apesar de todo o potencial, o modelo enfrentará desafios importantes para conquistar o mercado nacional, como:
- Necessidade de infraestrutura de recarga para híbridos plug-in
- A adaptação do modelo à malha viária, combustíveis e condições climáticas brasileiras
- Estabelecimento de rede de pós-venda confiável
- Posicionamento frente ao público brasileiro ainda tradicionalista no segmento de sedãs
No entanto, com o avanço da eletrificação e o aumento da busca por economia, o cenário é muito mais favorável agora do que há dez anos — e a Geely parece saber disso.
O Geely Galaxy A7 EM-i não é apenas mais um lançamento chinês. Ele representa uma nova proposta de mobilidade: eficiente, tecnológica, espaçosa e ível. Com autonomia inédita, consumo estimado de 38 km/l, visual moderno e preço mais baixo que o de carros 1.0, ele tem tudo para virar o jogo no segmento de sedãs no Brasil e no mundo.
Se vier mesmo ao mercado nacional, o A7 promete tirar o sono de marcas consagradas — e dar ao consumidor brasileiro um carro grande, moderno e muito mais eficiente que qualquer concorrente a combustão.