Apesar de seu tamanho, economia diversificada e identidade cultural forte, o Rio Grande do Sul enfrenta desafios históricos e divide opiniões com movimentos separatistas que recebem duras críticas
Com um território maior que o Reino Unido e população superior à de Portugal, o Rio Grande do Sul se destaca como um dos estados mais expressivos do Brasil.
Rica em cultura, forte no agronegócio e com economia diversificada, a região também convive com dificuldades estruturais que desafiam seu potencial de desenvolvimento.
Território amplo e localização estratégica
O Rio Grande do Sul possui 281 mil km², o que o tornaria o 73º maior país do mundo, caso fosse uma nação.
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Suas fronteiras se estendem até Argentina e Uruguai, além dos estados de Santa Catarina e Paraná.
A costa marítima ultraa 600 km, com destaque para o porto de Rio Grande, uma das principais saídas do país para exportações.
A localização é considerada estratégica. O estado conecta o Brasil ao Cone Sul, com o ao Oceano Atlântico e à região dos Pampas, servindo de elo logístico e comercial com países vizinhos.
População urbana e bons indicadores sociais
Com cerca de 11,3 milhões de habitantes, o Rio Grande do Sul supera em população nações como Grécia, Bélgica e Suécia.
A maioria vive em áreas urbanas, concentrada em cidades como Porto Alegre, Caxias do Sul, Pelotas, Canoas, Santa Maria e o Fundo.
A taxa de alfabetização supera 97%, e o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do estado é de 0,787 — um dos mais altos do Brasil.
A expectativa de vida é de 78 anos, acima da média nacional.
Economia forte e diversificada
O Produto Interno Bruto (PIB) do estado gira em torno de R$ 660 bilhões, ou cerca de US$ 132 bilhões. O PIB per capita ultraa os R$ 58 mil.
A economia gaúcha está entre as maiores do país, com destaque no agronegócio, indústria e setor de serviços.
O campo tem papel central: o estado é um dos líderes nacionais na produção de soja, milho, arroz, trigo, carnes e leite.
A agroindústria exporta para diversos países, como China, Estados Unidos e União Europeia.
A indústria também é diversificada, com polos em tecnologia, calçados, móveis, metalurgia e automação agrícola. Universidades como UFRGS e UFSM mantêm ligação com centros de pesquisa e inovação.
Infraestrutura sólida, mas com vulnerabilidades
A matriz energética do estado é majoritariamente renovável, com forte presença de hidrelétricas e investimentos em eólicas e solares.
A rede de saúde possui hospitais de referência, como o Clínicas e o Moinhos de Vento, além de cobertura razoável nos grandes centros urbanos.
Por outro lado, regiões afastadas ainda enfrentam dificuldades de o à saúde e educação.
A desigualdade regional e o êxodo de jovens qualificados para outras regiões do país permanecem como desafios estruturais.
O peso da dívida e do mercado
Apesar de seus avanços, o Rio Grande do Sul carrega um dos maiores endividamentos entre os estados brasileiros.
A relação entre dívida consolidada e receita corrente líquida é uma das piores do país, ao lado de Rio de Janeiro e Minas Gerais.
O mercado interno limitado também representa uma barreira. Com 11 milhões de habitantes, o estado depende das conexões com o restante do Brasil, que conta com mais de 200 milhões de consumidores.
Movimento separatista e suas críticas
Ideias separatistas têm ganhado visibilidade nas últimas décadas, impulsionadas por grupos que defendem a independência do estado.
Para esses movimentos, o Rio Grande do Sul teria condições econômicas, culturais e territoriais para se autossustentar como país.
No entanto, essas propostas enfrentam forte oposição. Especialistas e lideranças políticas apontam que o separatismo é uma ideia ultraada, elitista e incompatível com a realidade brasileira.
Argumentam que a interdependência econômica com o restante do país torna a separação inviável e prejudicial, especialmente para a indústria e o comércio gaúcho.
Além disso, a independência poderia isolar o estado, expô-lo à concorrência internacional sem as proteções tarifárias do Brasil e dificultar a permanência de empresas que hoje dependem de incentivos federais.
Críticos também afirmam que o movimento reforça desigualdades históricas e evita enfrentar os problemas reais do estado dentro do pacto federativo.
O caminho da autonomia dentro da federação
Para muitos, a saída mais sensata não é romper com o Brasil, mas ampliar a autonomia regional dentro do atual modelo federativo.
Assim como ocorre nos Estados Unidos, onde os estados têm grande poder para legislar, arrecadar e istrar, o Rio Grande do Sul poderia liderar um movimento por reformas federativas.
Mais liberdade para gerir tributos, desenvolver políticas públicas específicas e decidir sobre investimentos locais poderia destravar o potencial do estado, mantendo o o ao mercado nacional e aos recursos federais.
O Rio Grande do Sul tem atributos de um país: território extenso, cultura rica, população numerosa, economia sólida e instituições reconhecidas.
Mas também enfrenta obstáculos reais, como endividamento, desigualdade regional e dependência de políticas nacionais.
O desafio está em valorizar o protagonismo do estado, buscar reformas estruturais e fortalecer sua posição dentro de uma federação mais justa e eficiente.
A matéria esqueceu de dizer que é um dos três estados mais endividados do Brasil, que está entre os estados mais violentos do país, e o mais importante, se virasse um país teria um mercado interno de 11 milhões de habitantes o que significa que suas indústrias perderiam um mercado de 216 milhões de habitantes que seria o Brasil, mercado que suas indústrias tēm o livre sem taxação do governo federal o que permite as empresas de lá terem competitividade , ora o Brasil cobra muitos impostos sobre importação, o mais provável é que as indústrias gaúchas atravessariam a fronteira para o Brasil e produzissem aqui pois o mercado brasileiro é 21 vezes maior do que o RGS, outro fator seria que as indústrias gaúchas teriam que competir com empresas do mundo todo inclusive as chinesas sem proteção de produto nacional, seria tudo importação, a idéia é tão **** que só no Rio Grande do Sul fala-se esta besteira, SP tem, território maior, população 4 vezes maior, PIB 15 vezes maior e seria a segunda maior econômica da América do Sul e eles não falam esta besteira porque sabem que precisam do mercado nacional
Bom dia. De fato poderia perder parte do mercado interno do Brasil(200 milhões) Mas poderia ganhar o mundo(9 bilhões) que aí sim com carga tributária menor poderia competir em condições melhores com outros países. O RS é uma plataforma exportadora-externa. E por conta da Lei Kandir, quanto mais ele exporta, mais ele perde arrecadação de ICMS, sendo punido por sua eficiência .Diferente do SP, que é um grande importador externo e maior exportador interno. São realidades diferentes São Paulo arrecada muito pois a Lei Kandir não prejudica sua economia. Muito boa essa reflexão. Mas o fato concreto é que somos um único país, indissolúvel e penso que é assim que deve ser.
Se você tivesse lido toda a reportagem antes de falar bobagem veria que ele falou sobre o endividamento do estado sim, se Luciano. O que a reportagem não fala é sobre a quantidade de impostos que o estado gera e vai pra Brasília e de lá volta uma miséria e o estado ainda vai pagar por esse endividamento pelos próximos 100anos e nunca vai se livrar disso.Pra quem não entende pagamos pelo nosso próprio dinheiro que suamos para conseguir e o governo **** nós tira tudo e deixa as migalhas.
Oi, amigo. Bom dia! Realmente eu esqueci de citar esses pontos. Atualizarei a matéria. Obrigado pelo comentário.
Desde quando o PIB de São Paulo é 15x maior do que o PIB do Rio Grande do Sul?! Afinal você sabe o que é 15x alguma coisa ser maior ou menor do que outra? – O PIB do Brasil sim, é aproximadamente 15x maior do que o PIB do RS, o de São Paulo, no entanto, é 5x maior. – Desde quando a área territorial do estado de São Paulo é maior do que a área do Rio Grande do Sul?! – O seu mapa do IBGE mostra isso, é modelo único então.
Sinceramente, uma matéria como esta não colabora de forma nenhuma com uma evolução positiva do cenário nacional. Só vem com a clara intenção de corroborar com a ideia arcaica e elitista de um separatismo sem fundamento. Ou farão uma matéria de igual teor sobre cada estado pra insuflar ainda mais a cisão que nos arrasta para um obscurantismo histórico?
Eu, como brasileiro gaúcho, tenho vergonha destes movimentos, pois dá margem que pensem que esta **** é um anseio do povo em nosso estado. Muito triste que um veículo de comunicação sério permita este tipo de matéria.
Oi, tudo bem? Eu fiz a matéria com tom informativo somente. Na segunda parte do artigo, caso não tenha lido, mostra inúmeras dificuldades que o estado teria se isso se tornasse realidade. Além disso, deixei claro que era muito difícil, além de claro, o estado poderia usar a sua força e influência para ter mais autonomia.
Olá Fábio e a todos os Comentaristas desta matéria!
Dá uma olhada neste comentário que fiz na matéria do G “A era dourada dos tratores brasileiros da CBT que foi brutalmente encerrada pela tempestade da nova economia e concorrência”
Link: /a-era-dourada-dos-tratores-brasileiros-da-cbt-que-foi-brutalmente-encerrada-pela-tempestade-da-nova-economia-e-concorrencia-btl96/
Agora eu estou adicionando na sua matéria o seguinte:
O nosso país (Brasil) é fraco em Ciências, fraco em Tecnologias e fraco em Aplicações tanto antigas, quanto contemporâneas ou mais atuais, portanto não é o Rio Grande do Sul; Santa Catarina; Paraná ou São Paulo que fogem a regra. Afirmo com toda veemência que estou muito certo.
A propósito – Você pode me informar quantas fábricas gaúchas / brasileiras têm de motores a combustão interna (Álcool – Gasolina – Diesel)? Quantas fábricas de semicondutores tanto de potência quanto de microeletrônica tem os gaúchos / brasileiros? Quantas fábricas de carros de eio nacionais tem os gaúchos / brasileiros? Quantas fábricas de corrente para bicicleta tem os gaúchos / brasileiros? Ainda em bicicletas – Quantas fábricas de kset (conjunto de sprockets – roda dentada) tem os gaúchos / brasileiros? Quantas fábricas de Trens tem os gaúchos / brasileiros? Quantas fábricas de Turbinas Aeronáuticas tem os gaúchos / brasileiros? Para esta última eu tenho interesse particular pois quero montar uma indústria aeronáutica para concorrer com a Embraer / Brasil.
Nota: Procure saber quem são os fornecedores da muito irada brasileira Embraer se não conseguir, eu te ajudo.
Cuidado quando falar a respeito de agricultura: Você já ouviu falar desta sigla no campo da agricultura ABCD, procure saber o que representa estas quatro letras, faça uma forcinha, se não achar eu terei o maior prazer em te informar.
Para não ser muito taxativo a respeito da nossa fraqueza, o nosso país domina alguma coisa com petróleo através da Petrobrás S.A. e eletricidade através da WEG S.A. e só.
Teria uma infinidade de exemplos da fraqueza do nosso país, para você e muitos que aqui estão fazendo comentários nesta matéria.
Por penúltimo e não menos importante: O Governo do Lula (PT) foi muito generoso com o Auxílio na última enchente devastadora em Porto Alegre e outras regiões / Rio Grande do Sul / Brasil, até onde sei serão R$ 10.000.000.000,00 (R$ 10 bi) com parcelas a perder de vista. Espero que o RGS saiba bem quem foi o generoso governo que fez o benefício.
Não soube de nenhuma entidade civil dos separatistas do RGS que tenha se manifestado para ajudar. Fico por aqui neste assunto.
Para finalizar:
O Rio Grande do Sul, com a separação, seria um país de 11 milhões de habitantes dependente de Ciências, Tecnologias e Aplicações como o Brasil. Para ser mais preciso seria um Mini ou Micro Brasil.
Um abraço.