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Scania vê potencial e anuncia investimento de R$ 2 bi no Brasil para produzir veículos elétricos pesados

Publicado em 27/05/2025 às 15:25
Scania, Empresa, Investimentos, Brasil, Caminhões
Imagem representativa: Unsplash

Scania aposta no Brasil com R$ 2 bilhões até 2028 e amplia foco em caminhões elétricos e inovação sustentável

Com foco em transporte sustentável, a Scania reforça sua presença no Brasil com um novo ciclo de investimentos. Após aplicar R$ 4 bilhões nos últimos anos, a montadora sueca inicia agora um novo plano de R$ 2 bilhões até 2028. Parte dos recursos será usada para fabricar caminhões elétricos pesados no país.

A decisão foi anunciada por Christopher Podgorski, CEO da Scania América Latina, em entrevista ao podcast De Frente com CEO, da EXAME. Ele destacou a confiança no Brasil e o papel estratégico do país. “Estamos investindo fortemente, porque acreditamos no potencial do Brasil”, afirmou.

Foco em inovação local e presença global

Além do Brasil, a Scania investe na China. Um novo complexo industrial no país asiático vai consumir 2 bilhões de euros.

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A unidade terá capacidade para produzir 50 mil caminhões por ano — quase o dobro do volume atual da fábrica brasileira. “Não queremos apenas vender na China, queremos aprender com eles”, disse Podgorski.

Ele vê a presença no maior mercado automotivo do mundo como essencial para acompanhar inovações e modelos emergentes. A estratégia da empresa mira na liderança sustentável e na adaptação aos movimentos globais.

Apesar do cenário internacional conturbado, como a guerra comercial entre Estados Unidos e China, o executivo ainda não vê impactos diretos no negócio da empresa. “As consequências não são só no produto final”, alertou. Segundo ele, é necessário avaliar o efeito em toda a cadeia de suprimentos.

Fábrica brasileira da Scania bate recorde e será modernizada

A planta da Scania em São Bernardo do Campo tem papel central nos planos da empresa. Criada como a primeira fábrica da marca fora da Suécia, ela virou um centro multifuncional com nove unidades produtivas. Emprega mais de 6 mil pessoas, incluindo 400 engenheiros em projetos de pesquisa e desenvolvimento.

Em 2023, a unidade alcançou sua capacidade máxima, com 30 mil caminhões produzidos. Parte dos novos recursos será usada para ampliar a capacidade e incorporar tecnologias limpas.

Se não acreditássemos no Brasil, não estaríamos investindo mais”, afirmou Podgorski. Ele lembrou que o Brasil foi o maior mercado da Scania nos últimos 20 anos.

Metas ambientais e engajamento interno da Scania

A sustentabilidade é prioridade. Desde 2015, a empresa segue os objetivos do Acordo de Paris. As metas são validadas por instituições científicas. No Brasil, já houve queda de 50% nas emissões de carbono e 70% no consumo de água em dez anos.

Um dos projetos é o Climate Day, em que a produção para por duas horas para debater temas ambientais. A iniciativa envolve todos os colaboradores. “A sustentabilidade não voa sem metas, nem sem engajamento dos funcionários”, afirmou o CEO.

Liderança baseada em transformação e escuta

Podgorski é o primeiro brasileiro a comandar a operação industrial da Scania na América Latina. Com 27 anos de empresa, ou por unidades na Suécia, México e Brasil. Ele se define como um “blend multicultural com tempero brasileiro”.

Sua forma de liderar segue três pilares: transformar, empoderar e dar . “Liderar é como soltar pipa: você dá linha, mas também mantém o controle”, disse.

Mesmo com a agenda apertada, mantém o equilíbrio jogando futebol amador. A prática dura mais de 50 anos. “O esporte ensina companheirismo e espírito de equipe. E ninguém faz nada sozinho.

Brasil pode brilhar na COP30

Com otimismo, o executivo vê o Brasil como referência em descarbonização. O destaque vai para o biometano, que segundo ele, tem grande potencial no país.

A meta é chegar à COP30, em 2025, com uma posição de liderança. “O futuro será eclético: elétrico, gás, biometano, dependendo da região. O importante é garantir custo-benefício e viabilidade.

O cliente como guia da transformação

Ao lembrar sua mudança da área comercial para a industrial, Podgorski contou uma frase marcante. “O CEO global me disse: ‘preciso de alguém que traga a voz do cliente para dentro da fábrica’.”

Aos 67 anos, ele quer deixar um legado de cultura sustentável. “Se cada um souber qual é sua contribuição, o futuro chega. E chega mais rápido.

Com informações de Exame.

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Romário Pereira de Carvalho

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