Especializada em frango artesanal e molhos exclusivos, a Sticky’s Finger t enfrenta colapso financeiro e busca alternativas para salvar a marca
A tradicional rede norte-americana Sticky’s Finger t, famosa pelo frango frito com receitas artesanais, surpreendeu o setor alimentício ao entrar com pedido de falência em maio de 2025.
A decisão foi registrada sob o Capítulo 11 da Lei de Falências dos Estados Unidos, que permite reestruturações financeiras, mas não garante a continuidade das operações comerciais.
Criada em 2012, em Manhattan, Nova York, a marca expandiu rapidamente e chegou a operar 21 unidades nos estados de Nova York, Nova Jersey e Pensilvânia.
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Apesar disso, a empresa não resistiu às pressões econômicas recentes e iniciou o processo de fechamento de suas lojas.
Embora a Sticky’s tenha alcançado notoriedade com sua proposta de fast food gourmet, atendendo a milhões de clientes e vendendo mais de 11 milhões de porções ao longo de sua história, a atual crise financeira tornou inevitável o início da retração.
Fontes internas afirmam que algumas lojas continuarão abertas temporariamente, mas o modelo atual está sendo profundamente revisado.
A istração busca alternativas para manter viva a marca.
Custos crescentes e pandemia aceleraram crise operacional
Entre os principais fatores que impulsionaram o colapso financeiro da Sticky’s Finger t, destaca-se o aumento contínuo dos custos operacionais em grandes centros urbanos.
Aluguéis inflacionados, especialmente em áreas como Manhattan e Brooklyn, aliados a uma folha de pagamento elevada, comprometeram severamente a sustentabilidade do negócio.
Além disso, a pandemia de Covid-19, entre 2020 e 2022, agravou ainda mais a situação da rede.
As restrições sanitárias impostas durante esse período não apenas afetaram a presença física dos clientes nas lojas, como também elevaram os gastos com higienização, segurança e adequação dos ambientes.
A falta de uma estrutura eficaz de entregas dificultou a adaptação da empresa ao cenário pós-pandêmico.
A demanda por delivery cresceu de forma acelerada, mas a Sticky’s não acompanhou esse movimento com eficiência logística.
Isso gerou atrasos e reclamações por parte dos consumidores.
Ao mesmo tempo, os preços de insumos como frango e óleo dispararam, pressionando ainda mais as margens de lucro da empresa.
Concorrência agressiva e hábitos alimentares em transformação impactaram demanda
Outro ponto que contribuiu diretamente para a retração da rede foi o aumento da concorrência no setor de fast food.
Marcas como Chick-fil-A, Popeyes e Shake Shack, com maior capital de investimento e presença nacional, consolidaram-se com estratégias agressivas de marketing e expansão.
Isso resultou em perda de mercado para redes menores, como a Sticky’s, que não conseguiram competir no mesmo ritmo.
Desde 2022, a rede já vinha enfrentando uma queda constante nas vendas, em grande parte devido a mudanças nos hábitos de consumo.
Cada vez mais, os consumidores norte-americanos aram a preferir opções saudáveis e refeições rápidas com apelo nutricional.
Nesse cenário, o frango frito com perfil gourmet perdeu espaço para alternativas mais leves, como saladas proteicas, bowls e comidas à base de vegetais.
Reestruturação tenta preservar marca e buscar novos caminhos
Mesmo em meio ao processo de falência, a istração da Sticky’s declarou que está em busca de novos parceiros ou possíveis compradores.
A intenção é encontrar investidores interessados na aquisição da marca ou na obtenção de licenças para operar algumas unidades sob novos modelos de negócio.
Fontes próximas aos executivos da rede indicam que há negociações com grupos do ramo alimentício que enxergam potencial no conceito gourmet que a Sticky’s popularizou.
Enquanto isso, a rede mantém o funcionamento de algumas unidades estratégicas.
A marca promete continuar oferecendo atendimento de qualidade e os sabores artesanais que marcaram sua trajetória.
A ideia, segundo os gestores, é preservar a reputação da marca e estudar alternativas de reestruturação.
Isso inclui novos canais de venda e inovação nos formatos de serviço.
Falência da Sticky’s expõe desafios enfrentados
Com a entrada oficial no Capítulo 11 em maio de 2025, a Sticky’s Finger t se junta a uma crescente lista de redes alimentícias americanas que não conseguiram resistir às novas dinâmicas do setor.
O caso evidencia os desafios enfrentados por marcas de porte médio.
Embora tenham conquistado seu espaço com diferenciais como sabor artesanal e branding moderno, acabaram sufocadas por custos operacionais, mudanças no perfil do consumidor e avanço de concorrentes estruturados.
Em meio a esse cenário de instabilidade, resta saber se a Sticky’s conseguirá preservar sua essência.
Além disso, a dúvida que se impõe é: será possível reerguer uma marca gourmet em meio a um mercado que exige cada vez mais inovação e agilidade?