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Quem é a Geração Z

Escrito por Fabio Lucas Carvalho
Publicado em 30/04/2025 às 18:34
Geração Z
Foto: Reprodução
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Geração Z assume protagonismo global com novos hábitos, forte presença digital, preocupação com o futuro e desafios inéditos na saúde mental.

A Geração Z está redefinindo o mundo. Muitos deles cresceram conectados, cercados por telas e por um planeta em crise. Essa geração mistura tecnologia com ansiedade, ativismo com pragmatismo e moda com propósito. Eles já são uma força no trabalho, no consumo e na cultura.

O que define a Geração Z?

A Geração Z abrange os nascidos entre 1996 e 2010. Eles vieram depois dos millennials e antes da Geração Alpha.

No Brasil, muitos cresceram em um mundo se digitalizando, já com internet, smartphones e redes sociais como parte da rotina.

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Essa geração viveu os impactos diretos da pandemia de COVID-19, das mudanças climáticas e da instabilidade econômica. Enquanto os mais jovens ainda estão na escola, os mais velhos já têm carreira, família e até filhos.

A identidade da Geração Z foi moldada por eventos globais marcantes.

Guerras, crises financeiras, protestos e incertezas fizeram parte da formação dessa geração. Eles são pragmáticos, conectados, preocupados e exigentes.

O que é uma geração?

Cientistas sociais estudam gerações para entender as mudanças na sociedade.

Cada geração é influenciada por eventos históricos, tendências culturais e avanços tecnológicos. Isso molda seus valores, comportamentos e visões de mundo.

A Geração Perdida foi marcada pela Primeira Guerra Mundial.

Já os baby boomers, nascidos após a Segunda Guerra, viveram as transformações sociais dos anos 1960.

Os millennials cresceram com a internet e os atentados de 11 de setembro. E a Geração Z está crescendo em meio à crise climática e à era digital.

Mesmo com essas divisões, é importante lembrar que cada geração é diversa. Nem todos pensam igual. A teoria geracional é uma ferramenta, não uma regra fixa.

Como a Geração Z

A Geração Z é extremamente conectada. Trabalha, estuda, faz amizades e consome conteúdo online. am horas por dia em redes como TikTok, Instagram e YouTube.

Eles alternam entre sites, aplicativos e plataformas de forma natural. A identidade digital é importante, e muitos preferem perfis mais reservados e conteúdos personalizados. O anonimato, por exemplo, voltou a ser tendência.

O TikTok é o epicentro das tendências. Cerca de 60% dos usuários da plataforma são da Geração Z. Eles criam comunidades digitais com interesses em comum: música, games, ativismo, moda e mais.

Um consumo com propósito

A Geração Z busca mais do que preço ou marca. Querem propósito. Exigem que empresas sejam éticas, sustentáveis e inclusivas. Eles valorizam marcas com posicionamento claro e ações reais, não apenas promessas publicitárias.

Para eles, consumir é um ato político. A escolha de uma roupa, de um lanche ou de um aplicativo pode refletir valores pessoais.

Segundo um estudo, 73% tentam comprar de empresas consideradas éticas. E 90% acreditam que as marcas têm responsabilidade social.

Uma relação complexa com o meio ambiente

Embora sejam vistos como ativistas ecológicos, a relação da Geração Z com o meio ambiente tem nuances. Eles se preocupam com o planeta, mas esperam que empresas e governos liderem as mudanças.

Nos Estados Unidos, são os que menos reciclam. Por outro lado, cobram atitudes sustentáveis de marcas e autoridades locais. Para eles, ações coletivas têm mais peso do que gestos individuais.

A saúde mental em crise

A Geração Z enfrenta uma crise de saúde mental. Relatam mais ansiedade, depressão e estresse do que outras gerações. Isso se deve, em parte, à exposição constante a más notícias, pressões sociais e insegurança sobre o futuro.

Nos EUA, 28% dizem sofrer de ansiedade. Desde 2020, houve aumento de 25% nos casos de transtornos mentais entre os jovens dessa geração. A pandemia agravou o cenário, interrompendo estudos e aumentando o isolamento.

Apesar do cenário preocupante, a Geração Z lida com o tema com mais abertura. Falam mais sobre o assunto, procuram ajuda e combatem o estigma. Querem ambientes de trabalho e estudo que acolham a saúde mental.

Redes sociais: vilãs ou aliadas?

As redes sociais têm papel ambíguo. Ao mesmo tempo em que aumentam a ansiedade, também servem como espaço de expressão, conexão e apoio.

Muitos jovens dizem sentir pressão ao ver a vida “perfeita” de outros nas redes. No entanto, também relatam que os aplicativos ajudam a se expressar e manter contato com pessoas importantes.

Mais de 75% de todas as faixas etárias usam redes sociais diariamente. O tempo de uso é parecido entre Geração Z, millennials e até baby boomers. A diferença está na forma de usar: os mais jovens preferem interações mais visuais e espontâneas.

A Geração Z no trabalho

A entrada no mercado de trabalho não tem sido fácil. A Geração Z enfrenta inflação, crise climática, tensões geopolíticas e instabilidade econômica. Muitos têm empregos informais, freelas ou acumulam funções.

Eles valorizam equilíbrio entre vida pessoal e profissional. Querem propósito no trabalho, não apenas salário. Mas também são os que mais dizem não ter reconhecimento ou renda suficiente.

Apenas 37% acreditam que há oportunidades econômicas para todos. A sensação de instabilidade e injustiça é forte.

Diferente dos millennials?

Apesar das semelhanças, há diferenças marcantes entre a Geração Z e os millennials. Os Z tendem a ser mais realistas, mais preocupados com o futuro e mais envolvidos com pautas sociais.

Enquanto os millennials ainda apostam em propriedade e carreira tradicional, os Z buscam flexibilidade, experiências e autenticidade. São mais abertos à diversidade e menos otimistas quanto ao sistema.

Moda e consumo rápido

A Geração Z adora mudar de estilo. O que é tendência hoje pode estar ultraado amanhã. A fast fashion, como a chinesa Shein, responde a essa demanda com milhares de lançamentos por dia.

Essa velocidade contrasta com os ideais sustentáveis do grupo. Mas há uma tentativa de equilíbrio. Muitos usam roupas de brechó, adotam moda vintage e apoiam a economia circular.

O guarda-roupa da Geração Z é uma mistura de peças baratas com achados únicos. Estilo pessoal importa mais do que seguir regras de moda.

Dinheiro e investimentos

Ao contrário do que se imagina, a Geração Z está preocupada com o futuro financeiro. Em 2025, 59% fizeram resoluções para economizar mais dinheiro. Muitos já investem em ações e fundos.

Entre 2017 e 2025, aumentou em 46% o número de jovens entre 18 e 27 anos com algum tipo de investimento. No mesmo período, caiu em 29% o número de Zs sem qualquer poupança.

Essa geração quer estabilidade, mas também liberdade. Investem pensando no longo prazo, mas querem flexibilidade no presente.

Viagens e experiências

Viajar é prioridade. Para a Geração Z, experiências valem mais do que bens materiais. Em 2024, 34% disseram querer viajar mais. O número de viagens internacionais cresceu 17% entre 2020 e 2024.

Eles buscam destinos com paisagens bonitas, cultura local e oportunidades de aventura. As fotos e vídeos das viagens são parte essencial da experiência.

Comida e bem-estar

Dietas malucas estão fora de moda. A Geração Z quer comer bem, mas de forma equilibrada. Na Europa, a motivação principal para mudar a alimentação ou a ser o ganho de saúde, não a perda de peso.

Nos EUA, aumentou em 18% o número de jovens que consomem carne sem planos de mudar. A preferência é por alimentos ricos em proteína, em vez de opções apenas “naturais”.

A saúde é vista de forma ampla. Mais do que aparência, eles buscam bem-estar físico e mental.

Diversidade e inclusão

A Geração Z valoriza a diversidade, mas com um olhar mais amplo. A inclusão não se resume a cor ou gênero. Questões como saúde mental, ibilidade e linguagem também importam.

Nos Estados Unidos, 30% dizem que diversidade e inclusão são fundamentais. Querem ver representatividade real — e cobram isso de empresas, escolas e marcas.

Apoiam causas LGBTQIA+, ibilidade, equidade racial e inclusão digital. Também percebem quando as marcas apenas “fingem” apoiar essas causas.

Comunicação e entretenimento

A comunicação digital está no centro da vida da Geração Z. Redes sociais não são só para curtir fotos, mas também para conversar e se informar.

O uso do TikTok como canal de mensagens cresceu 82% entre 2020 e 2024. O Instagram também viu aumento de 28% nesse uso.

Além disso, os podcasts ganharam espaço. Um em cada quatro Zs prefere podcasts a outras mídias de áudio. Eles buscam conteúdos mais íntimos, conversas reais e vozes com as quais se identificam.

Jogos eletrônicos como universo social

Jogos deixaram de ser atempo. Viraram espaço de convivência, aprendizado e até ativismo. A Geração Z joga para se divertir, mas também para se conectar e se desenvolver.

São 33% mais propensos a jogar por motivos sociais. E 27% usam os jogos como forma de melhorar habilidades. Parcerias entre jogos e causas sociais, como a da ONU com Minecraft, mostram o potencial desse canal.

Inteligência artificial e inovação

A Geração Z é a que mais utiliza ferramentas de inteligência artificial. Em 2025, 37% disseram ter usado o ChatGPT no último mês. Gostam de recursos visuais, personalizados e intuitivos.

Para eles, a IA é aliada para aprender, criar e resolver problemas. Mas exigem transparência. Querem saber como as ferramentas funcionam e quais são seus impactos.

A Geração Z não é fácil de rotular. É uma geração de contrastes: idealista, mas realista. Conectada, mas sobrecarregada.

Ansiosa, mas ativa. Eles estão moldando o presente e definindo o futuro. Com voz própria, cobram mudanças, vivem novas formas de trabalho, reinventam o consumo e desafiam modelos antigos.

A cada ano, ganham mais força — no mercado, na cultura, na política. Entender a Geração Z não é apenas um exercício social. É uma necessidade para quem quer acompanhar o mundo em transformação.

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Fabio Lucas Carvalho

Jornalista especializado em uma ampla variedade de temas, como carros, tecnologia, política, indústria naval, geopolítica, energia renovável e economia. Atuo desde 2015 com publicações de destaque em grandes portais de notícias. Minha formação em Gestão em Tecnologia da Informação pela Faculdade de Petrolina (Facape) agrega uma perspectiva técnica única às minhas análises e reportagens. Com mais de 10 mil artigos publicados em veículos de renome, busco sempre trazer informações detalhadas e percepções relevantes para o leitor. Para sugestões de pauta ou qualquer dúvida, entre em contato pelo e-mail [email protected].

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