Conheça uma formação inovadora que promete transformar a atuação dos educadores brasileiros em relação à diversidade étnico-racial, ampliando o alcance da educação quilombola e fortalecendo práticas antirracistas nas escolas de todo o país.
A Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), por meio da Secretaria Geral de Educação a Distância (SEaD), anunciou a prorrogação do prazo de inscrição para um curso de aperfeiçoamento voltado à educação étnico-racial e quilombola.
Agora, os interessados terão até o dia 8 de junho de 2025 para garantir uma vaga na formação, que será ofertada totalmente online e de forma gratuita.
Com o apoio do Ministério da Educação (MEC) e da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), o curso integra as ações da Política Nacional de Equidade, Educação para as Relações Étnico-Raciais e Educação Escolar Quilombola (PNEERQ), criada para promover a inclusão e o combate ao racismo nas escolas brasileiras.
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Formação busca combater desigualdades e promover equidade racial
A proposta do curso é qualificar profissionais da educação para atuarem com consciência crítica, empatia e compromisso com a diversidade cultural e racial.
Em um país marcado por profundas desigualdades sociais e étnico-raciais, formar educadores com essa sensibilidade é fundamental para a construção de uma sociedade mais justa.
O curso, de natureza extensionista, tem uma carga horária total de 120 horas, divididas em quatro módulos com 30 horas cada.
Os conteúdos foram elaborados para dialogar diretamente com as práticas pedagógicas em sala de aula e com a gestão democrática das escolas, destacando a importância do respeito às culturas afro-brasileiras, indígenas e, especialmente, quilombolas.
O objetivo é que os participantes adquiram conhecimentos teóricos e práticos para enfrentar o racismo estrutural e institucional no ambiente escolar, criando estratégias de ensino e de gestão mais inclusivas e representativas.
Conheça os módulos do curso
A formação será desenvolvida por meio do Ambiente Virtual de Aprendizagem da UFSCar, com atividades assíncronas (que podem ser realizadas a qualquer tempo) e momentos síncronos (ao vivo) previamente agendados.
Os quatro módulos são:
- Panorama Étnico-Racial e Quilombola Brasileiro: discute a construção histórica e social da diversidade étnico-racial no Brasil, com foco nos povos quilombolas e nas políticas públicas voltadas para esses grupos.
- Culturas e Territorialidades: analisa as manifestações culturais afro-brasileiras e quilombolas, bem como sua relação com os territórios tradicionais e o direito à educação diferenciada.
- Educação Antirracista na Prática: oferece ferramentas e metodologias para que professores e gestores escolares possam implementar práticas pedagógicas antirracistas em sala de aula.
- Gestão Democrática para a Diversidade: aborda o papel dos gestores na promoção de uma cultura institucional inclusiva, respeitosa e voltada à equidade.
Cada módulo será conduzido por especialistas reconhecidos nas áreas de educação, sociologia, história, antropologia e direitos humanos.
Quem pode participar da formação?
O curso é voltado a professores da educação básica, gestores escolares, profissionais da educação em exercício, licenciados e estudantes de cursos de licenciatura.
Embora priorize quem atua diretamente nas redes públicas de ensino, a iniciativa também contempla educadores de instituições privadas e demais interessados no tema.
A seleção será feita por ordem de inscrição, com base nos critérios estabelecidos no edital.
Caso o número de candidatos ultrae o total de 3.750 vagas disponíveis, será formada uma lista de espera.
A expectativa da UFSCar é atingir educadores de todas as regiões do Brasil, especialmente aqueles que atuam em contextos escolares marcados pela diversidade racial e cultural.
Educação como instrumento de transformação
A ampliação da formação antirracista e quilombola no ambiente escolar é uma demanda urgente da sociedade brasileira.
Mesmo com avanços legislativos, como a Lei nº 10.639/03 (que torna obrigatório o ensino da história e cultura afro-brasileira nas escolas), a implementação efetiva dessa temática ainda enfrenta resistências e desconhecimento por parte de muitos educadores.
Diante desse cenário, iniciativas como o curso da UFSCar ganham relevância por oferecerem capacitação técnica e teórica fundamentada em práticas inclusivas e transformadoras.
A proposta não se limita ao aprendizado de conteúdos, mas convida os participantes a revisarem suas posturas, práticas e concepções sobre o papel da escola na luta contra o racismo.
Além disso, o curso visa fortalecer o compromisso com os direitos humanos, a justiça social e a democracia, elementos fundamentais para qualquer proposta educativa verdadeiramente emancipadora.
Ao compreender as especificidades da população quilombola, por exemplo, os educadores poderão contribuir para uma educação que respeite as particularidades históricas, sociais e culturais desses povos.
Certificado e valorização profissional
Os concluintes do curso receberão certificado de aperfeiçoamento emitido pela UFSCar, uma instituição reconhecida nacionalmente pela excelência acadêmica.
Esse certificado pode ser utilizado como título em processos seletivos e concursos públicos, além de ser um diferencial para a progressão na carreira docente.
A exigência mínima para obtenção do certificado é de 75% de frequência em cada um dos módulos, o que exige compromisso e dedicação por parte dos participantes.
No entanto, por ser uma formação flexível e com metodologia ível, a expectativa é de que os concluintes não apenas obtenham o certificado, mas que também se tornem multiplicadores do conhecimento em suas comunidades escolares.
Como se inscrever
As inscrições seguem abertas até o dia 8 de junho de 2025 e devem ser feitas exclusivamente pela internet, por meio de formulário eletrônico disponibilizado no site da SEaD/UFSCar.
O processo é gratuito e rápido, e os candidatos devem preencher todos os dados solicitados e anexar a documentação exigida no edital.