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Mais de 13 sinais orbitais identificados por telescópios espaciais apontam para a existência de um planeta oculto, com até 17 vezes a massa da Terra
Uma investigação astronômica minuciosa reacendeu a teoria sobre um novo planeta no Sistema Solar. Cientistas afirmam que, caso confirmado, este corpo celeste pode representar um marco para a ciência espacial moderna.
A análise foi conduzida por astrônomos da Universidade Nacional Tsing Hua, de Taiwan, e os dados foram divulgados oficialmente em maio de 2025. O destaque recai sobre evidências orbitais registradas em 1983 e 2006.
Este suposto Planeta Nove teria características semelhantes a Urano ou Netuno, com uma órbita extremamente longa e distante. Isso justificaria sua detecção tardia. Embora ainda falte uma imagem direta, os dados observacionais indicam um deslocamento compatível com um planeta massivo e gelado além da órbita de Netuno.
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Estudo técnico revela movimentação anômala no céu profundo
A pesquisa partiu da comparação de dados de dois grandes telescópios espaciais: o IRAS, que mapeou o céu em 1983, e o AKARI, que realizou nova varredura entre 2006 e 2011.
Com um intervalo de 23 anos entre as observações, os cientistas puderam buscar deslocamentos sutis. Esses deslocamentos indicariam a presença de corpos celestes distantes em movimento.
Ao todo, os pesquisadores identificaram 13 pares de observações potencialmente ligadas ao mesmo objeto em movimento. Um deles, no entanto, se mostrou extremamente promissor.
Esse candidato foi detectado pelo IRAS, mas estava ausente na mesma posição nas imagens do AKARI. Isso sugere fortemente uma trajetória orbital longa e excêntrica, compatível com a de um planeta massivo e gelado.
Possíveis características do objeto identificado
De acordo com os dados observacionais, o objeto em questão estaria a uma distância de 500 a 700 unidades astronômicas do Sol. Isso representa algo entre 75 e 105 bilhões de quilômetros.
Ou seja, trata-se de uma localização muito além de Netuno, o último planeta oficialmente reconhecido.
A massa estimada varia de 7 a 17 vezes a da Terra. Isso o colocaria na mesma categoria de Urano ou Netuno, conhecidos como gigantes gelados.
Por essa razão, os astrônomos sugerem que este novo corpo poderia ter uma composição dominada por gelo e gás. Ele orbitaria em um período que pode durar entre 10 mil e 20 mil anos.
Implicações científicas e astronômicas
A confirmação da existência do Planeta Nove não apenas preencheria lacunas em modelos de formação do Sistema Solar. Ela também ajudaria a explicar agrupamentos incomuns de objetos no Cinturão de Kuiper.
Essa região é uma vasta área povoada por corpos gelados, e suas anomalias gravitacionais foram apontadas em 2016 por astrônomos do Instituto de Tecnologia da Califórnia.
Desde então, diversos pesquisadores aram a investigar a possibilidade de um planeta adicional. O novo estudo, portanto, surge como reforço significativo à hipótese, utilizando dados concretos e análises comparativas.
Segundo os cientistas de Taiwan, a precisão dos telescópios IRAS e AKARI, além da metodologia estatística aplicada, confere credibilidade ao achado. No entanto, eles ressaltam que a identificação direta do corpo ainda é indispensável.
Desafios técnicos para confirmação visual
Apesar das evidências indiretas promissoras, a confirmação visual do Planeta Nove permanece um desafio astronômico. Isso acontece porque, devido à sua imensa distância, o objeto refletiria pouquíssima luz solar.
Essa baixa refletância dificulta sua detecção por telescópios convencionais. Contudo, com o avanço de tecnologias ópticas e o uso de instrumentos de última geração — como os telescópios espaciais James Webb e Roman — a expectativa da comunidade científica é que uma detecção direta ocorra ainda nesta década.
Enquanto isso, os astrônomos seguem refinando modelos orbitais e cruzando dados antigos com novas observações. Os astrônomos buscam reduzir a margem de erro e restringir as regiões do céu que devem monitorar.
Uma descoberta que pode mudar tudo
Caso seja confirmado, o Planeta Nove se tornará o nono planeta oficial do Sistema Solar. Esse é um título que foi perdido por Plutão em 2006, após sua reclassificação como planeta anão.
A reintrodução de um novo planeta ao panteão solar teria repercussões profundas para a ciência. Isso afetaria desde currículos escolares até teorias sobre o nascimento do Sistema Solar.
Além disso, essa descoberta se alinha a uma tendência global de avanços astronômicos e ampliações dos nossos horizontes cósmicos.
Exemplo disso foi a descoberta, em 2023, de uma das maiores reservas combinadas de minerais preciosos no subsolo da Mongólia. Pesquisadores fizeram essa descoberta após décadas de pesquisa meticulosa.
O que o futuro pode revelar?
A possibilidade de um nono planeta realça o quanto ainda sabemos pouco sobre o espaço além de Netuno.
Com o constante desenvolvimento de novas ferramentas de observação, o estudo do universo caminha para uma nova era. Essa nova fase permitirá que distâncias antes inatingíveis se tornem alvos científicos concretos.
Contudo, o sucesso dessa jornada depende da colaboração entre instituições internacionais. Além disso, exige rigor técnico, análise responsável e compromisso com a verdade científica.
Afinal, a ciência não avança com certezas absolutas, mas com hipóteses bem embasadas e testadas exaustivamente — como ocorre neste caso.
Você acredita que estamos próximos de confirmar a existência do Planeta Nove ou acha que ele continuará sendo apenas uma teoria?
