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As oportunidades de energia renovável abrem caminho para um futuro mais limpo, ível e sustentável, reduzindo a dependência de combustíveis fósseis e os impactos das mudanças climáticas.
Desde os primórdios da humanidade, o uso de fontes de energia esteve diretamente ligado ao progresso e à sobrevivência.
O fogo, controlado pelo homem há cerca de 400 mil anos, foi uma das primeiras formas de energia aproveitada para aquecimento e preparo de alimentos.
Com o ar dos séculos, as sociedades começaram a explorar fontes naturais como o vento e a água para impulsionar barcos e mover moinhos, práticas registradas desde a Antiguidade.
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No entanto, foi somente a partir da Revolução Industrial, no século XVIII, que a energia ou a ser produzida em larga escala a partir de combustíveis fósseis, especialmente carvão.
Porém, o uso intensivo dessas fontes fósseis começou a revelar seus efeitos negativos no meio ambiente, especialmente a partir do século XX, com o aumento das emissões de gases poluentes.
O reconhecimento dos danos ambientais levou a movimentos globais pela sustentabilidade.
O Protocolo de Kyoto, adotado em 1997 pela Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC), foi o primeiro grande acordo internacional a exigir metas de redução de emissões para os países desenvolvidos.
Posteriormente, o Acordo de Paris, firmado em 2015 e promovido pela Organização das Nações Unidas (ONU), estabeleceu o compromisso global de limitar o aumento da temperatura média global a menos de 2ºC em relação aos níveis pré-industriais.
A partir desses eventos, as oportunidades de energia renovável aram a ocupar lugar central no debate energético mundial, pois oferecem alternativas mais limpas e inesgotáveis para geração de eletricidade e outros usos.
Por que as energias renováveis são tão importantes?
Historicamente, fontes renováveis como a hidráulica, eólica e biomassa foram usadas em diversas culturas, mas perderam espaço com o avanço dos combustíveis fósseis.
Contudo, hoje, essas fontes são essenciais para garantir a sustentabilidade.
Segundo o Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), em seu sexto relatório de avaliação, publicado em 2022:
A adoção massiva de energias renováveis é uma medida indispensável para mitigar os impactos do aquecimento global e manter o equilíbrio dos ecossistemas.
Além disso, as energias renováveis promovem a diversificação da matriz energética, reduzindo a vulnerabilidade frente às crises do petróleo e gás.
A Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) informou em seu relatório de 2024 que o Brasil já produz mais de 85% de sua eletricidade a partir dessas fontes.
Especialmente a hidrelétrica, que historicamente responde por cerca de 60% da matriz brasileira, além do crescimento da energia solar e eólica.
O avanço tecnológico permitiu que os custos da geração renovável caíssem drasticamente nos últimos anos.
De acordo com dados da International Renewable Energy Agency (IRENA), entre 2010 e 2023, o custo médio global da energia solar fotovoltaica caiu em 85%, e o da energia eólica em 56%.
Esse progresso possibilitou o o mais amplo a essas fontes, tornando-as competitivas frente às fontes fósseis.
Inovação, trabalho e crescimento econômico
Além do benefício ambiental, a expansão das energias renováveis cria novas oportunidades econômicas.
Segundo relatório da IRENA de 2023, o setor já emprega mais de 13 milhões de pessoas globalmente, número que deve crescer conforme a transição energética avança.
No Brasil, a geração de empregos em energia limpa também cresce.
Com destaque para projetos de energia solar distribuída e para a instalação de turbinas eólicas, principalmente nas regiões Nordeste e Sul.
Conforme estudo do Instituto de Energia e Ambiente da Universidade de São Paulo, essa expansão contribui para o desenvolvimento regional e redução das desigualdades sociais.
A segurança energética, ou seja, a capacidade de garantir o fornecimento constante de energia, também melhora com o uso diversificado de fontes renováveis.
Tecnologias para armazenamento, como baterias de íon-lítio e sistemas de hidrogênio verde, estão em desenvolvimento acelerado, apoiadas por investimentos públicos e privados.
O papel de cada um na transformação energética
A transição para energias renováveis depende do engajamento coletivo.
Segundo o relatório da Agência Internacional para as Energias Renováveis (IRENA), a ação individual, como a instalação de painéis solares residenciais, tem impacto significativo quando replicada em larga escala.
Além disso, empresas que adotam práticas sustentáveis ajudam a reduzir suas emissões e estimulam o mercado a oferecer produtos e serviços com menor impacto ambiental.
Já governos, por meio de políticas públicas, incentivos fiscais e regulamentações, criam o ambiente necessário para que essa transformação aconteça.
A educação e a conscientização social também têm papel vital.
Movimentos ambientais e organizações como o Greenpeace e o WWF promovem campanhas e projetos para sensibilizar a população e pressionar autoridades a priorizarem a agenda sustentável.
Olhando para o futuro com esperança
O avanço das oportunidades em energia renovável representa um marco histórico na relação entre humanidade e meio ambiente.
Desde os primeiros usos da força do vento e da água até os modernos painéis solares e turbinas eólicas, a história mostra nossa capacidade de adaptação e inovação.
Contudo, conforme alertam especialistas da ONU e do IPCC, o ritmo dessa transformação precisa acelerar para evitar consequências irreversíveis para o planeta.
Portanto, as energias renováveis não são apenas uma alternativa técnica, mas uma necessidade ética, social e econômica.
A história nos ensina que o uso responsável dos recursos naturais determina o futuro da civilização.
Dessa forma, ao investir em energias renováveis, estamos construindo um legado para as próximas gerações.
A transformação energética é um convite à ação imediata, unindo tecnologia, economia e consciência ambiental para garantir um futuro mais equilibrado e sustentável para todos.
