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Uma obra que está marcando a história do Paraná, com desafios e conquistas no caminho, promete ser um divisor de águas para o futuro da infraestrutura no litoral.
Obra orçada em quase R$ 300 milhões já chegou à metade e deve impulsionar economia, mobilidade e turismo no litoral paranaense
Uma das obras mais aguardadas da história do Paraná, a Ponte de Guaratuba alcançou 50% de execução e promete revolucionar o transporte entre Guaratuba e Matinhos, duas cidades importantes do litoral paranaense.
A estrutura, com mais de 1,2 km de extensão, está prevista para ser entregue até abril de 2026, segundo o Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná (DER/PR).
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Orçada em R$ 286,9 milhões, a construção da ponte é considerada um marco para a infraestrutura do estado.
Ela vai eliminar a dependência do ferryboat, reduzir o tempo de travessia para cerca de dois minutos e facilitar o deslocamento de moradores, turistas e trabalhadores da região.
O projeto é executado pela Secretaria de Infraestrutura e Logística (SEIL) e integra o pacote de modernização viária do litoral.
Trabalhadores encaram o projeto como missão histórica
Mais do que uma obra de engenharia, a construção da Ponte de Guaratuba tem um forte valor simbólico para quem atua no canteiro de obras.
Para muitos trabalhadores, participar desse projeto é motivo de orgulho pessoal e profissional.
É o caso do técnico Orres Vicente da Silva, que coordena os trabalhos nas fundações e estruturas de concreto.
Com mais de 40 anos de experiência, ele diz que essa é uma das obras mais especiais de sua carreira.
“É uma obra dos sonhos, que vai ser muito importante para a região. Me sinto privilegiado em contribuir com algo tão esperado”, relatou o técnico.
Natural de Sertanópolis, no norte do estado, Orres acompanhou por décadas a promessa da construção da ponte, que agora se concretiza diante de seus olhos.
Outra história que emociona é a da operária Carliane Pereira.
Nascida na Bahia e moradora do litoral paranaense há seis anos, ela cruza diariamente o ferryboat para chegar ao trabalho, mas em breve fará esse trajeto em minutos pela ponte que está ajudando a construir.
“Meu filho vai poder contar que a mãe dele participou dessa obra histórica”, afirma Carliane com orgulho.
Rotina intensa e sincronia no canteiro de obras
A construção da ponte exige uma rotina rigorosa, com operários trabalhando em turnos diurnos e noturnos.
A obra avança sem interrupções, com operações logísticas complexas que exigem sincronia absoluta entre equipes.
Renilton Salustiano, encarregado da movimentação de cargas, descreve o trabalho como uma orquestra.
“Tudo o que acontece precisa ser comunicado. Nada entra ou sai sem ar pela nossa coordenação”, explica Renilton, que já atuou tanto durante o dia quanto à noite na mesma função.
Segundo ele, as condições mudam bastante entre os turnos, mas a dedicação permanece a mesma.
Nas oficinas de soldagem, Carliane e mais seis colegas montam peças que serão transformadas em vergalhões, parte fundamental da estrutura da ponte.
“Trabalhamos direto para construir esse sonho dos paranaenses. Sabemos o impacto que isso terá para todos”, ressalta ela.
Ponte deve destravar economia e atrair investimentos
A importância da obra vai além da mobilidade.
Ela representa uma alavanca para o desenvolvimento econômico do litoral.
Atualmente, 691 pessoas trabalham diretamente na obra, com 64% da mão de obra contratada localmente.
Segundo projeções do governo, outras 63 contratações estão previstas nas próximas semanas, entre pedreiros, carpinteiros, pintores e montadores.
“A construção civil está entre os setores que mais empregam no Paraná, com mais de 6 mil trabalhadores contratados no primeiro trimestre”, destacou o secretário estadual do Trabalho, Qualificação e Renda, Mauro Moraes do Carmo.
Para ele, obras como a Ponte de Guaratuba aquecem o mercado e abrem espaço para novos investimentos imobiliários e turísticos.
Além de empregos, a ponte deve atrair empresas e impulsionar o turismo, já que o litoral paranaense se tornará mais ível e seguro.
A economia local tende a ser fortalecida, com impacto direto sobre o comércio e os serviços das cidades litorâneas.
Estrutura moderna com foco na mobilidade sustentável
A ponte está sendo construída com quatro faixas de tráfego, duas faixas de segurança, barreiras rígidas de concreto, calçadas com ciclovia e guarda-corpo para pedestres, atendendo aos padrões mais modernos de engenharia.
Ao ser concluída, ela deve desafogar o trânsito na alta temporada, quando filas quilométricas se formam no ferryboat.
A expectativa é que a nova estrutura transforme completamente a mobilidade no litoral, tornando o trajeto entre Matinhos e Guaratuba mais rápido, seguro e fluido.
Em apenas dois minutos, motoristas poderão cruzar o trecho que hoje leva até 45 minutos em dias de alta demanda.
Para a população local, a ponte não é apenas um avanço logístico, mas uma conquista sonhada há décadas.
Muitos moradores cresceram ouvindo histórias sobre a construção que “um dia viria”. Agora, com metade da obra pronta, esse sonho começa a ganhar forma de concreto e aço.
Emoção para quem viu o sonho sair do papel
José Chede, fiscal de segurança do trabalho, vive esse momento como a realização de um legado familiar.
Nascido em Paranaguá, ele lembra que o pai sempre falava sobre a ponte.
“Desde 1985 trabalho com segurança e esperei por essa oportunidade. Quando soube que a ponte ia sair mesmo, fiz questão de estar aqui”, contou.
Aos 64 anos, próximo da aposentadoria, ele vê na Ponte de Guaratuba a chance de encerrar a carreira com um marco histórico.
“É emocionante fazer parte disso. Sinto que estou escrevendo uma parte da história do Paraná”, resume José.
Obra pode ser acompanhada em tempo real
Quem quiser acompanhar o avanço da Ponte de Guaratuba pode ar as câmeras de monitoramento em tempo real no site oficial: www.pontedeguaratuba.pr.gov.br.
A plataforma mostra o andamento da obra e permite que qualquer cidadão veja como a estrutura está ganhando forma.
Essa transparência reforça a importância da construção e aproxima a população de um projeto que é, afinal, para todos.
E você, acredita que a Ponte de Guaratuba pode transformar o litoral paranaense em um novo polo de desenvolvimento econômico e turístico? Comente e participe da conversa!
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