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Com novo acordo, Petrobras reassume operações de fertilizantes na Bahia e Sergipe, mirando aumento da produção nacional e redução da dependência externa no setor agrícola.
O Conselho de istração da Petrobras aprovou, na quarta-feira (23), um acordo estratégico com a Proquigel, subsidiária da Unigel, para a retomada das operações das Fábricas de Fertilizantes Nitrogenados (Fafens) localizadas em Camaçari (BA) e Laranjeiras (SE). A medida marca o retorno da estatal à produção de fertilizantes em larga escala, encerrando disputas contratuais que se arrastavam há anos.
De acordo com a estatal, o objetivo do acordo é resolver litígios pendentes e viabilizar o restabelecimento da posse e reativação das unidades. A reabertura das fábricas é considerada estratégica para aumentar a produção nacional de fertilizantes e reduzir a dependência do Brasil de importações no setor agrícola.
Acordo entre Petrobras e Unigel encerra disputa judicial
O acordo Petrobras Unigel ainda precisa ar por algumas etapas formais para ter validade definitiva. A está condicionada à aprovação em instâncias internas da Proquigel, ao cumprimento de condições precedentes pelas partes envolvidas e à homologação final pelo Tribunal Arbitral, responsável pela mediação da disputa.
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Segundo nota oficial divulgada pela Petrobras, a aprovação do Conselho de istração representa apenas o primeiro o. A estatal busca garantir que o processo de transição seja realizado de maneira segura, assegurando a retomada das operações sem novas contestações judiciais.
Produção de fertilizantes Petrobras poderá ser retomada em breve
As fábricas de fertilizantes na Bahia e Sergipe são essenciais para a cadeia produtiva agrícola do país, especialmente na produção de ureia, amônia e gás carbônico. Esses produtos são fundamentais para o abastecimento de insumos agrícolas, além de atender a indústrias químicas e de alimentos.
A retomada das Fafens pela Petrobras é vista como um movimento estratégico para fortalecer a soberania nacional na produção de fertilizantes, num momento em que o setor agrícola brasileiro enfrenta desafios relacionados à volatilidade dos preços e à escassez global de insumos.
A reativação das unidades poderá gerar impacto positivo na geração de empregos, no fortalecimento da economia regional e na arrecadação tributária dos estados da Bahia e de Sergipe.
Contexto da paralisação das fábricas da Unigel
A paralisação das Fafens ocorreu em março de 2024, quando a Unigel anunciou a suspensão temporária das operações. A empresa havia investido aproximadamente R$ 600 milhões nas unidades desde 2020, após firmar contrato de arrendamento com a Petrobras.
A principal aposta da Unigel era no novo mercado livre de gás natural no Brasil, que prometia maior competitividade nos preços do insumo utilizado na produção de fertilizantes. No entanto, o aumento de custos e a instabilidade regulatória comprometeram a viabilidade econômica das operações, levando a empresa a acumular prejuízos em 2023 e 2024.
Apesar da suspensão, a Unigel informou à época que mantinha grande parte dos cerca de 600 empregos diretos gerados pelas fábricas, demonstrando o impacto social significativo das unidades para as economias locais.
Relevância estratégica das fábricas de fertilizantes da Petrobras
As fábricas de fertilizantes nitrogenados da Petrobras foram projetadas para atender à crescente demanda interna por insumos agrícolas. O Brasil é atualmente um dos maiores consumidores de fertilizantes do mundo, mas depende fortemente de importações, principalmente de nitrogênio, fósforo e potássio.
A reativação das unidades de Camaçari e Laranjeiras permitirá aumento na produção doméstica de ureia e amônia, dois dos produtos mais utilizados no setor agrícola. A medida também está alinhada à política do governo federal de reduzir a dependência externa de fertilizantes, garantindo maior segurança alimentar e estabilidade econômica para o agronegócio nacional.
Próximos os para a retomada das operações
Com o acordo aprovado, a Petrobras informou que trabalhará em conjunto com a Proquigel para cumprir todas as exigências contratuais e assegurar que o processo de transição seja feito de forma eficiente. O plano prevê a reativação progressiva das plantas industriais, com investimentos iniciais em manutenção, adequações de segurança e treinamento de pessoal.
Ainda não foi divulgada uma data oficial para a retomada plena da produção, mas fontes próximas ao processo indicam que a estatal pretende reativar as unidades até o início de 2026, aproveitando a estrutura já existente e minimizando a necessidade de grandes investimentos adicionais.
Setor agrícola acompanha com atenção o movimento
O setor agrícola brasileiro acompanha com expectativa a retomada da produção de fertilizantes pela Petrobras. A escassez de insumos, agravada por crises internacionais e flutuações cambiais, tem pressionado os custos de produção agrícola no Brasil nos últimos anos.
A reabertura das Fafens poderá contribuir para uma maior oferta interna de fertilizantes, ajudando a controlar os preços e a reduzir a vulnerabilidade do país a choques externos. Para produtores rurais, isso representa uma oportunidade de planejamento com menor risco e maior previsibilidade de custos.
