Em decisão, ministro aplicou multa de R$ 500 mil e afirmou que mesmo que o direito a greve seja garantido por lei, “há limites”
O ministro Ives Gandra, do Tribunal Superior do Trabalho (TST), entendeu que a Greve dos Petroleiros é ilegal e obrigou que 90% dos trabalhadores voltem às funções nas cerca de 30 unidades da Petrobras. A paralisação que teve início neste sábado (01) já reúne mais de 17 mil funcionários da grande estatal de petróleo, óleo e gás.
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Multa de meio milhão para a Petrobras
Em seu despacho, Gandra determinou uma multa de R$ 500 mil por dia aos sindicatos que não retomarem o efetivo. A decisão foi em resposta à diretoria da Petrobras, que entrou com um dissídio coletivo de greve nesta segunda (03) contra os sindicalistas, alegando que a greve era abusiva.
Em entrevista ao GGN na manhã de hoje, a Comissão de Negociação Permanente informou que o objetivo da greve não é prejudicar as atividades da estatal e a produção de petróleo, o que segundo eles afetaria a população brasileira, e sim obter a garantia de acordos coletivos de trabalho que a Petrobras não estabeleceu desde o fechamento da Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados do Paraná (Fafen) e as milhares demissões previstas.
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O grupo ocupa uma das salas da sede da Petrobras, no centro do Rio, e reúne alguns dos porta-vozes da paralisação geral dos petroleiros. O ministro do TST restringiu a multa aos sindicatos do Norte Fluminense, Bahia, Espírito Santo e da Federação Única dos Petroleiros (FUP). Outros sindicatos de menor porte sofreriam uma sanção de R$ 250 mil caso não cumpram com o fim da greve.
Greve dos petroleiros
A greve de petroleiros iniciada no sábado não impactou a produção da companhia até o momento e as operações seguem dentro dos critérios de segurança, segundo informou a estatal em nota nesta terça-feira. A Federação Única dos Petroleiros (FUP), por outro lado, afirmou nesta terça-feira que a paralisação tem adesão de cerca de 14,75 mil trabalhadores, ou 80% do total nos 12 Estados em que acontecem os movimentos.