Pesquisadores da USP descobrem cidade portuguesa do século 18 na floresta amazônica. Entenda a importância da descoberta para a história da Amazônia
Uma equipe de pesquisadores, liderada pelo arqueólogo Eduardo Neves, diretor do Museu de Arqueologia e Etnografia da Universidade de São Paulo (USP), realizou uma descoberta surpreendente no coração da Amazônia: as ruínas de uma antiga cidade portuguesa do século XVIII, que estava há séculos perdida em meio à floresta tropical.
Acredita-se que o assentamento tenha sido fundado durante o período colonial, quando a Coroa Portuguesa buscava expandir sua presença na região amazônica como forma de consolidar seu domínio territorial e explorar os recursos naturais da área. A cidade desaparecida, agora redescoberta, pode lançar nova luz sobre a ocupação europeia no Norte do Brasil e revelar detalhes pouco conhecidos sobre a interação entre colonizadores e povos indígenas locais.
Neste artigo, vamos entender os detalhes dessa descoberta histórica, os métodos utilizados pelos pesquisadores, o que já se sabe sobre a cidade perdida e como ela pode reescrever partes importantes da história do país.
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Cidade portuguesa do século 18 foi abandonada
Os primeiros resultados do estudo dos pesquisadores foram apresentados em um evento no Museu da Amazônia, localizado em Manaus, como parte do projeto Amazônia Revelada, que reúne grandes especialistas na região e nos povos da floresta, incluindo quilombolas.
A cidade portuguesa do século 18, que constava em antigos mapas da floresta amazônica, havia desaparecido com o tempo. Neves explicou que ela foi abandonada. Desta forma, a floresta a engoliu e as pedras foram removidas. Contudo, com o auxílio de mapas, os pesquisadores conseguiram identificar o traçado das ruas da cidade, o que foi uma descoberta fascinante.
No estado de Rondônia, os pesquisadores encontraram uma estrutura de pedra impressionante, chamada de Serra da Muralha. Segundo Neves, no local, é possível ver outras formações geométricas no chão, como círculos, quadrados e até mesmo vestígios do que um dia foram estradas. Segundo o pesquisador, é muito difícil encontrar construções de alvenaria ou pedra na Amazônia, o que faz da cidade portuguesa do século 18 ainda mais especial.
Além disso, no estado, a equipe também foi responsável pela descoberta de um sítio arqueológico com cerâmicas e padrões reticulados. Neves explica ainda que não se sabe o que são as formações encontradas.
Podem ser locais de habitação ou áreas de cultivo, contudo, será necessário retornar ao local para que seja investigado e seja possível entender melhor. Esse tipo de estrutura é bastante conhecido em outros lugares, como no caso da Bolívia, contudo, é a primeira vez que encontram em uma floresta amazônica.
Entenda porque foi construída uma cidade na Amazônia
A cidade portuguesa do século 18 perdida está ligada a uma construção colonial, o território brasileiro estava sob domínio de Portugal. Apesar da colonização portuguesa esteja mais ligada a regiões costeiras, como o Sudeste e o Nordeste, a presença do país europeu por aqui se ampliou também para o interior do país, inclusive na Amazônia.
Essa iniciativa portuguesa na floresta amazônica foi incentivada por vários fatores, como a busca por riquezas como ouro ou drogas do sertão, o desejo de ocupar e fortalecer o domínio sobre vastas áreas, e a necessidade de controlar rotas comerciais e estabelecer postos de defesa.
As missões ligadas à religião também exerceram um papel fundamental na interiorização da colonização, principalmente na Amazônia, onde jesuítas e outros grupos religiosos se dedicaram a evangelizar e “civilizar” os povos da região da Amazônia.
Entenda a importância da descoberta
Na Amazônia, a presença dos portugueses se consolidou a partir do século XVII, com a fundação de fortes, como é o caso do Forte do Presépio (atual Belém do Pará) em 1616, e vilas para proteger o território de invasões estrangeiras, principalmente de holandeses, ses e espanhóis.
Desta forma, apesar da colonização ter tido seu epicentro no litoral, o avanço dos portugueses no interior, incluindo a região da Amazônia, foi uma parte fundamental da expansão do Brasil colonial.
A descoberta da cidade portuguesa do século 18 perdida na floresta amazônica reflete o processo de expansão e colonização na região. Ela poderia ter sido um entreposto ou uma fortificação estratégica, tendo em vista que a região tinha importância militar, econômica e religiosa para os colonizadores. Além disso, também ilustra como ainda há muita coisa para ser descoberta na região amazônica.
Importante descoberta! A história do Brasil é muito pouco explorada e divulgada.
António Português em Rondonópolis comenta que cultura Portuguesa espalhada pelo mundo e uma mais valia e enriquecimento de valores .António com 6 anos visitou palácio de Queluz em Lisboa a casa do imperador do Brasil E e reconhecido pelos correios onde verefica abandono do património António faz apelos que essa mais valia da língua portuguesa espalhada pelo mundo.
Acredito que é mentira