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Empresários e gerentes: quatro perguntas que podem transformar sua forma de liderar a equipe ou a empresa

Escrito por Fabio Lucas Carvalho
Publicado em 08/05/2025 às 15:56
gerentes, empresários
Foto: Reprodução

Quatro perguntas estratégicas que todo chefe, gerente ou empreendedor deve fazer para tomar decisões mais claras, éticas e eficazes em tempos de crise constante e mudanças rápidas.

Empresários, gerentes, coordenadores, supervisores e outros profissionais com poder de decisão enfrentam um novo tipo de cenário. Em vez de lidar com crises ocasionais, como era comum no ado, muitos hoje operam em uma realidade de crise constante.

São mudanças geopolíticas, choques climáticos, avanços tecnológicos rápidos — tudo ao mesmo tempo. A cada mês, um novo desafio. A cada semana, uma incerteza.

Neste cenário, decisões baseadas em fórmulas antigas perdem a validade.

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O que funcionou antes, pode falhar agora. E justamente por isso, fazer boas perguntas antes de agir virou uma das principais ferramentas de liderança.

Este artigo apresenta perguntas fundamentais que todo chefe, gerente, empreendedor ou profissional em posição de decisão deve fazer em momentos de inncerteza.

Elas não oferecem respostas mágicas, mas ajudam a clarear o pensamento, enxergar riscos escondidos e agir com mais confiança mesmo em meio à instabilidade.

Velhos métodos já não bastam

Durante muito tempo, os líderes e gerentes foram treinados para reduzir a ambiguidade. Focar no retorno do investimento. Estabelecer cronogramas. Planejar com base no histórico.

Essas perguntas funcionam bem em ambientes previsíveis.

Mas quando tudo está mudando o tempo todo, elas am a limitar a visão. Ficam presas ao que já foi feito. E não permitem ver o novo.

Além disso, em momentos de crise, o instinto é buscar segurança.

Por isso, muitos líderes acabam tentando repetir fórmulas antigas. Mas isso pode criar a falsa sensação de controle — e, com ela, o risco de tomar decisões ruins..

Por isso, o primeiro o é mudar a forma de pensar. Em vez de respostas rápidas, o foco deve ser fazer perguntas estratégicas que abrem caminhos.

Esta decisão ainda fará sentido daqui a um ano?

Chefes de empresa e gestores são pressionados por resultados rápidos.

Em momentos difíceis, isso se intensifica. Cortes de custos, mudanças em processos, cancelamento de projetos. Mas será que essas medidas resistem ao tempo?

Essa pergunta obriga o líder a pensar além do trimestre atual.

E ajuda a manter o foco em escolhas duradouras, alinhadas aos valores do negócio e aos objetivos reais da empresa.

Imagine um cenário prático é o de uma executiva de uma marca de consumo global.

Depois de um trimestre com resultados ruins, sua equipe sugeriu cortar as iniciativas de sustentabilidade.

Era uma medida simples, com economia garantida e impacto operacional mínimo.

Mas ao se perguntar “essa decisão ainda fará sentido daqui a um ano?”, a gerente percebe algo maior.

A sustentabilidade era parte central da imagem da marca. Especialmente para os consumidores mais jovens, que valorizavam ações ambientais e sociais.

Cortar esse programa poderia gerar economia imediata — mas prejudicaria a reputação da empresa no longo prazo.

Dessa forma, ela decide manter os projetos mais visíveis e importantes. Reestruturou os demais. E comunicou a decisão com transparência aos colaboradores.

Com isso, mostra que a empresa segue comprometida com o futuro, mesmo enfrentando limitações no presente.

Essa pergunta simples ajuda a evitar uma decisão reativa, reforçando o posicionamento estratégico da empresa.

Se essa decisão for lembrada daqui a um ano, o que ela dirá sobre nós?

Liderança também é exemplo. Não basta decidir — é preciso mostrar o que se valoriza, como se age e qual é o padrão de ética que guia o negócio.

Por isso, essa pergunta é poderosa. Em vez de focar só no resultado, ela leva o líder a refletir sobre o legado da escolha.

Como a equipe vai ver essa decisão no futuro? E os clientes? E o mercado?

Raj, vice-presidente de uma empresa de tecnologia, viveu esse dilema. Ele liderava o lançamento de um produto inovador, mas arriscado.

Um membro da equipe levantou dúvidas sobre a proteção dos dados dos usuários. Não era ilegal — mas havia uma zona cinzenta.

Lançar no prazo agradaria aos investidores. Adiar, nem tanto.

Foi quando Raj se perguntou: “Se essa decisão for lembrada daqui a um ano, o que ela dirá sobre nós, enquanto empresa e equipe de liderança?

A resposta veio rápida: que eles priorizam ética e segurança.

Ele optou por adiar o lançamento por duas semanas. Ajustou o sistema. E comunicou abertamente os motivos.

A empresa não bateu o prazo. Mas ganhou respeito. Internamente e externamente. Um ano depois, essa decisão ainda é lembrada como exemplo de liderança responsável.

E se não for uma fase ruim, e se for o novo normal?

Chefes e empreendedores costumam ver crises como algo ageiro. Uma “tempestade” a ser superada. Mas e se não for isso? E se o cenário atual — instável, desafiador — for permanente?

Essa pergunta muda o foco de sobrevivência para adaptação. Ela desafia o instinto de esperar as coisas “voltarem ao normal”. E estimula o planejamento com base na realidade atual, por mais difícil que ela seja.

Darryl, diretor de operações de uma empresa de bens de consumo, teve esse choque. Um fornecedor importante começou a falhar. Atrasos. Problemas de qualidade. Mesmo assim, ele insistia em manter o parceiro, esperando que as coisas melhorassem.

Durante uma reunião, um colega o questionou: “E se não for a tempestade, e se for o clima?

A pergunta virou a chave. Darryl percebeu que o fornecedor não dava mais conta da expansão da empresa. O problema não era momentâneo. Era estrutural.

Ele então criou um plano para incluir um novo fornecedor, sem abandonar o antigo de imediato. Estabeleceu metas de desempenho para os dois.

E preparou a empresa para a transição.

O resultado foi uma cadeia de suprimentos mais robusta e confiável. Tudo começou com uma pergunta que expôs a raiz do problema.

Qual é o custo de esperar?

Esperar parece seguro. Esperar por mais dados. Esperar pelo mercado se estabilizar. Mas em momentos de alta volatilidade, esperar pode custar muito caro.

Essa pergunta convida os líderes — donos de empresas, gerentes, supervisores — a olharem para os riscos de não agir.

O que será perdido se a decisão for adiada? Qual é o impacto da hesitação?

Monica, diretora de estratégia de uma empresa financeira, se viu nesse ponto. Precisava contratar um diretor de marketing. Mas o cenário econômico não ajudava. A tentação de adiar a decisão era forte.

Foi então que ela perguntou: “Qual é o custo de esperar?

A equipe identificou riscos concretos. Perder talentos bons que estavam disponíveis agora. Perder tempo na divulgação de novos produtos.

Perder espaço no mercado. E, internamente, perder o ritmo que a equipe vinha construindo.

A decisão foi tomada: contrataram o novo diretor. E ajustaram a política de remuneração para atrair ainda mais qualidade.

A pergunta não trouxe certeza. Mas revelou que o maior risco não era agir — era esperar demais.

Perguntar para ver o que os olhos não enxergam

Nenhuma das perguntas citadas tem respostas prontas. Mas todas têm o mesmo efeito: ampliar a visão dos chefes e gestores.

Ajudam a ver além do óbvio. Revelam riscos escondidos. E mostram oportunidades que a rotina pode esconder.

Essas perguntas não são um roteiro. São ferramentas. Devem ser usadas quando as decisões parecerem difíceis demais. Quando a pressão for grande. Quando o cenário for instável.

Liderar é decidir. Mas é também refletir.

A liderança em tempos difíceis exige mais do que coragem. Exige clareza. E essa clareza começa com boas perguntas.

Os exemplos mostram que pensar diferente leva a resultados diferentes.

Em vez de repetir padrões, eles buscaram outro caminho. E encontraram soluções mais fortes, mais responsáveis e mais alinhadas ao que suas empresas realmente precisavam.

Esses casos mostram que, para quem comanda empresas, equipes ou projetos, as perguntas certas valem mais do que decisões apressadas.

O novo papel do gestor em tempos incertos

Chefes de empresas, gerentes, coordenadores e empreendedores não precisam ter todas as respostas. Mas precisam criar espaço para as perguntas certas.

Em vez de agir por impulso, vale parar e refletir:

  • Essa escolha ainda será válida no futuro?
  • O que ela diz sobre o nosso estilo de liderança?
  • Estamos esperando uma crise ar ou adaptando nosso negócio à realidade?
  • Qual é o prejuízo de não fazer nada agora?

Essas quatro perguntas não eliminam o risco. Mas ajudam a entender melhor os desafios. E a agir com mais consistência, ética e visão.

No mundo atual, de mudanças constantes, quem lidera precisa de mais do que planos fixos. Precisa de capacidade de adaptação.

De leitura de cenário. E de humildade para fazer boas perguntas antes de tomar decisões importantes.

Chefes, gerentes e empreendedores não devem buscar controle total. Devem buscar clareza. Devem assumir a incerteza, e ainda assim, agir. E, sempre que possível, usar as perguntas certas para evitar os erros mais comuns — aqueles que nascem do medo, da pressa ou da repetição do ado.

Com informações de Harvard Business Review.

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Fabio Lucas Carvalho

Jornalista especializado em uma ampla variedade de temas, como carros, tecnologia, política, indústria naval, geopolítica, energia renovável e economia. Atuo desde 2015 com publicações de destaque em grandes portais de notícias. Minha formação em Gestão em Tecnologia da Informação pela Faculdade de Petrolina (Facape) agrega uma perspectiva técnica única às minhas análises e reportagens. Com mais de 10 mil artigos publicados em veículos de renome, busco sempre trazer informações detalhadas e percepções relevantes para o leitor. Para sugestões de pauta ou qualquer dúvida, entre em contato pelo e-mail [email protected].

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