Duplicação da BR-280 em Santa Catarina contará com uma ciclovia colossal de 38 km, prometendo transformar a mobilidade e atender demandas indígenas, além de fomentar o cicloturismo e a conexão entre comunidades locais ao longo da rodovia.
A duplicação da BR-280 entre Araquari e São Francisco do Sul, em Santa Catarina, ganhará um componente inovador: uma ciclovia de 38 quilômetros de extensão.
Prevista no Componente Indígena do Plano Básico Ambiental (CI-PBA) das obras, a ciclovia visa compensar os impactos da duplicação nas comunidades indígenas da região.
A contratação do novo projeto está prevista para ocorrer até o final de 2025.
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Uma ciclovia que conecta comunidades e promove mobilidade sustentável
A inclusão da ciclovia no projeto de duplicação da BR-280 representa um avanço significativo na promoção da mobilidade sustentável e na integração das comunidades locais.
Com 38 km de extensão, a via exclusiva para ciclistas ligará Araquari a São Francisco do Sul, proporcionando uma rota segura e eficiente para os adeptos do ciclismo e para aqueles que utilizam a bicicleta como meio de transporte diário.
Além de beneficiar os ciclistas, a ciclovia também atenderá às demandas das comunidades indígenas afetadas pelas obras de duplicação.
O CI-PBA prevê, além da ciclovia, a compra de áreas e construção de moradias para as comunidades indígenas, entre outras ações compensatórias.
Duplicação da br-280: desafios e avanços
As obras de duplicação da BR-280 tiveram início em 2018, mas enfrentaram diversos desafios ao longo dos anos, incluindo paralisações e falta de recursos.
O trecho entre Araquari e São Francisco do Sul é considerado o mais complexo da duplicação, devido à necessidade de readequação do projeto, construção de uma ponte sobre o Canal do Linguado e instalação da ciclovia.
Em 2023, o governo federal reservou R$ 80 milhões para o trecho, com parte do montante destinado a desapropriações.
A previsão é de que a duplicação seja concluída até dezembro de 2027.
Mobilização por ciclovia e cicloturismo
A inclusão da ciclovia no projeto de duplicação da BR-280 também impulsionou a mobilização por uma nova rota de cicloturismo em Santa Catarina.
A ideia é estender a ciclovia até ville, criando uma conexão com a antiga rodovia estadual, hoje municipalizada, e promovendo o desenvolvimento do cicloturismo na região.
Compensações às comunidades indígenas
O CI-PBA da BR-280 prevê diversas ações para compensar os impactos das obras nas comunidades indígenas.
Além da ciclovia, estão previstas a aquisição de 4.400 hectares de terras, construção de moradias, centros de cultura e outras obras e serviços.
Essas medidas visam garantir a segurança territorial e a sustentabilidade das comunidades indígenas afetadas, promovendo a reterritorialização e o desenvolvimento de atividades produtivas.
Engajamento político e social
A duplicação da BR-280 e a inclusão da ciclovia no projeto têm mobilizado lideranças políticas e empresariais da região.
Em abril de 2025, uma audiência pública em Araquari reuniu cerca de 200 pessoas para discutir a retomada das obras e cobrar ações do governo federal.
Entre os encaminhamentos definidos, estão a estadualização do trecho da BR-280, criação de uma comissão para dialogar com o Ministério dos Transportes e separação dos trechos de Araquari e São Francisco do Sul em futuras licitações.
Perspectivas para o futuro
A inclusão da ciclovia no projeto de duplicação da BR-280 representa um o importante na promoção da mobilidade sustentável e na integração das comunidades locais.
Além de beneficiar os ciclistas, a via exclusiva também atenderá às demandas das comunidades indígenas afetadas pelas obras, promovendo a compensação pelos impactos e contribuindo para o desenvolvimento sustentável da região.
Com a previsão de contratação do novo projeto até o final de 2025 e conclusão da duplicação até dezembro de 2027, a expectativa é de que a BR-280 se torne um exemplo de infraestrutura que alia desenvolvimento, sustentabilidade e respeito às comunidades locais.
E você, o que acha da inclusão de ciclovias em grandes projetos de infraestrutura? Compartilhe sua opinião nos comentários!