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Obras atrasadas da Faetec no Rio de Janeiro acumulam quase dois anos de espera e R$ 170 milhões em investimentos

Escrito por Débora Araújo
Publicado em 01/05/2025 às 17:13
Obras atrasadas da Faetec no Rio de Janeiro acumulam quase dois anos de espera e R$ 170 milhões em investimentos
Imagem gerada por inteligência artificial

Centros de formação técnica deveriam ter sido entregues em 2023, mas obras seguem inacabadas em várias cidades do Rio de Janeiro.

Oito obras da Faetec (Fundação de Apoio à Escola Técnica), vinculada ao Governo do RJ, estão atrasadas há quase dois anos. As unidades, que fazem parte do programa Pacto-RJ e deveriam ter sido entregues em julho de 2023, continuam longe de serem concluídas. A promessa era oferecer cursos técnicos, profissionalizantes, Ensino Médio e Superior em polos espalhados pela Baixada Fluminense e interior do estado.

Nesta quarta-feira (30), uma equipe do RJ2 visitou alguns dos canteiros e encontrou estruturas paralisadas ou com andamento muito lento. Em alguns casos, os locais parecem abandonados, sem presença de operários ou maquinário.

Obras atrasadas nas cidades da Baixada e do interior

Na Baixada Fluminense, os centros da Faetec deveriam ter sido inaugurados nos municípios de Duque de Caxias, São João de Meriti, Nova Iguaçu e Nilópolis. No interior do estado, as unidades previstas ficam em Resende, Cabo Frio, Itaperuna e Campos dos Goytacazes.

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Em Caxias, no bairro Vila Sarapuí, o lançamento do projeto contou com a presença do governador Cláudio Castro e do secretário estadual de Ciência e Tecnologia, Dr. Serginho. Hoje, o cenário é de abandono: sem operários, máquinas ou qualquer movimentação no local.

Em São João de Meriti, onde o projeto foi anunciado em frente ao fórum da cidade, a obra segue em ritmo lento. Apenas alguns funcionários estão presentes. Em Nova Iguaçu, partes da estrutura metálica estão enferrujadas, e a construção está paralisada. Já em Nilópolis, há poucos operários trabalhando, o que indica que a entrega ainda deve demorar.

Programa Pacto-RJ financiou os projetos

Os empreendimentos fazem parte do Pacto-RJ, maior programa de obras do Governo do RJ, financiado com recursos do orçamento estadual e da venda da Cedae. Segundo o site oficial do programa, as obras também estão suspensas nas unidades de Resende, Cabo Frio, Itaperuna e Campos.

O contrato para a construção dos oito centros foi assinado em dezembro de 2021 com a Construtora Metropolitana. O valor inicial era de quase R$ 155 milhões. Desde então, a empresa solicitou reequilíbrio econômico-financeiro, alegando aumento de custos imprevistos de aproximadamente R$ 18 milhões. O Governo do RJ liberou cerca de R$ 16 milhões em termos aditivos, elevando o valor total do contrato para mais de R$ 170 milhões.

Faetec afirma que construtora foi multada por obras atrasadas

Em nota, a Faetec informou que os atrasos são de responsabilidade da construtora e que, por isso, aplicou uma multa de quase R$ 10 milhões. A fundação também afirma estar trabalhando para concluir e entregar as unidades “o mais rápido possível”.

A Construtora Metropolitana, por sua vez, afirmou que todos os canteiros seguem ativos e que não há paralisações totais. Segundo a empresa, as obras atrasadas estão relacionadas à necessidade de adequações no cronograma e aos aditivos firmados com o Governo do RJ. A previsão atual da construtora é que as obras sejam entregues até o final de 2025.

Impacto na educação técnica e profissional

As unidades da Faetec previstas nessas cidades tinham como objetivo ampliar a oferta de educação técnica e profissionalizante, atendendo milhares de alunos em diversas regiões do estado. Com as obras atrasadas, a implementação de novos cursos e a ampliação da rede pública de formação técnica permanecem comprometidas.

Os Centros de Pesquisa, Tecnologia, Inovação e Formação, como foram originalmente planejados, seriam referência em qualificação profissional e ofereciam uma proposta de ensino que integrava tecnologia e inserção no mercado de trabalho. A Faetec, vinculada à Secretaria de Ciência e Tecnologia, tem atualmente outras unidades em funcionamento, mas essas novas estruturas representavam uma expansão estratégica da rede.

Fonte: G1

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Débora Araújo

Débora Araújo é redatora no Click Petróleo e Gás, com mais de dois anos de experiência em produção de conteúdo e mais de mil matérias publicadas sobre tecnologia, mercado de trabalho, geopolítica, indústria, construção, curiosidades e outros temas. Seu foco é produzir conteúdos íveis, bem apurados e de interesse coletivo. Para sugestões de pauta, correções ou contato direto: [email protected]

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