No Rio Grande do Sul, o Viaduto 11 (popular V13) se destaca com 143m de altura, sendo o viaduto ferroviário mais alto da América Latina. Conheça seus segredos, história e desafios atuais
No coração do Vale do Taquari, Rio Grande do Sul, ergue-se uma monumental obra da engenharia brasileira: o Viaduto 11, popularmente conhecido como Viaduto 13 ou V13. Com seus impressionantes 143 metros de altura, ele ostenta o título de viaduto ferroviário mais alto da América Latina, um testemunho da capacidade técnica nacional na década de 1970.
Construído pelo Exército Brasileiro na Ferrovia do Trigo, este gigante de concreto e aço transcendeu sua função original. Hoje, é um ícone turístico que enfrenta desafios significativos para sua preservação e operação.
O verdadeiro nome e as dimensões impressionantes do “Viaduto 13”
Embora amplamente conhecido como “Viaduto 13”, a imponente estrutura de 143 metros de altura é oficialmente catalogada como Viaduto 11 nos registros da Ferrovia do Trigo (EF-491). O verdadeiro Viaduto 13 é uma estrutura distinta, do tipo “vazado”, localizada quilômetros ao sul. A confusão parece ter origem na numeração sequencial das obras na ferrovia.
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Situado entre Vespasiano Corrêa e Muçum, o Viaduto 11 possui 143 metros de altura e 509 metros de extensão. Essas dimensões o consagram como o viaduto ferroviário mais alto da América Latina e um dos mais altos do mundo. Sua estrutura é sustentada por 15 pilares, com o pilar principal atingindo 140 metros.
A história e a construção do monumental viaduto pelo Exército
O projeto original do Viaduto 11 remonta ao período pós-Segunda Guerra Mundial, elaborado pela empresa Serviços de Engenharia Emílio Baumgart (SEEBLA). A construção, no entanto, ocorreu entre 1975 e 1978, realizada pelo 1º Batalhão Ferroviário do Exército Brasileiro.
Os 15 pilares de concreto armado são ocos e afilados, com lajes internas (“travas”) a cada 6 metros para enrijecimento. As fundações, do tipo sapata corrida, estão enterradas a cerca de 21 metros de profundidade. Próximo ao viaduto, um túnel de aproximadamente 1 km possui aberturas em arco para iluminação natural.
O viaduto ferroviário mais alto da América Latina nos dias de hoje
Originalmente parte da estratégica Ferrovia do Trigo, o Viaduto 11 viu sua função evoluir. Hoje, sua principal relevância econômica reside no turismo. A travessia a pé sobre os trilhos oferece vistas deslumbrantes, e o rapel de 143 metros é uma das principais atrações, oferecido por operadores como V13 Adventure.
Os eios de trem, como o “Trem dos Vales”, que cruza o viaduto, também são muito procurados. A infraestrutura turística no entorno cresceu, com campings como o Camping V13 e o Camping Paraíso Tropical, e parques de aventura como o Natural Sul Via 13 Park.
O impacto das enchentes de 2023, a recuperação e o futuro da Ferrovia do Trigo
Recentemente, o viaduto ferroviário mais alto da América Latina e a Ferrovia do Trigo enfrentaram grandes desafios. As enchentes de 2023 no Rio Grande do Sul causaram danos significativos em cerca de 23 km da ferrovia no trecho, levando ao cancelamento da temporada de eios de trem de 2024.
A concessionária Rumo Logística estima um custo de R$300 milhões para a recuperação do trecho original de 46 km. Discute-se uma retomada mais ágil em um trecho menor (13 km) que ainda incluiria o Viaduto 11. A situação é complexa, pois a Rumo também propôs reformular seu contrato de concessão da Malha Sul, podendo devolver trechos como o da Ferrovia do Trigo.
Um símbolo perene da engenharia e um ativo em constante evolução
O Viaduto 11, imortalizado como Viaduto 13, é um expoente da engenharia brasileira e um marco no desenvolvimento do Rio Grande do Sul. Sua transição de ativo logístico para ícone turístico demonstra a capacidade de reinvenção de grandes obras.
O futuro do viaduto ferroviário mais alto da América Latina depende de decisões sobre investimentos em infraestrutura, adaptação às mudanças climáticas e a conciliação de sua preservação com sua utilidade. Ele permanece um símbolo que exige visão e colaboração para que seu legado perdure.
É melhor chamar viaduto 11, pois 13 é um número péssimo.
É MUITO IMPORTANTE SABER DA HISTÓRIA DE VIADUTO MAIS ALTO DA AMÉRICA LATINA