Da fuga no carrinho de lavanderia ao túnel de 1,5 km, a história de El Chapo revela o poder e as falhas no sistema prisional
Joaquín “El Chapo” Guzmán não é apenas um nome forte no narcotráfico mundial. Sua história representa uma era marcada por poder, riqueza, fugas ousadas e influência dentro e fora das prisões. Nascido em abril de 1957, no estado de Sinaloa, no México, El Chapo entrou para o tráfico ainda jovem e, com o tempo, assumiu o comando do Cartel de Sinaloa, uma das maiores organizações criminosas do planeta.
A primeira prisão e a fuga do carrinho de lavanderia
Em 1993, ele foi capturado pela primeira vez na Guatemala e, depois, extraditado para o México. Mesmo preso, manteve conexões e influência. Em 2001, fugiu da prisão de Puente Grande, escondido em um carrinho de lavanderia.
Funcionários foram comprados para facilitar a fuga. Depois disso, ficou mais de dez anos foragido, continuando a operar o cartel.
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Somente em fevereiro de 2014 foi recapturado em Mazatlán, em um condomínio à beira-mar. A prisão, no entanto, durou pouco tempo.
A fuga cinematográfica do túnel
A fuga mais impressionante aconteceu em 11 de julho de 2015. El Chapo estava detido na prisão de segurança máxima El Altiplano, perto da Cidade do México.
À noite, as câmeras registraram o momento em que ele entrou na área do chuveiro da cela — o único ponto sem vigilância direta. Ali, um buraco no chão dava o a um túnel cuidadosamente escavado.
Detalhes do túnel mostram planejamento milionário
O túnel tinha cerca de 1,5 km de extensão, com 1,7 metro de altura e 75 cm de largura. Foi construído a aproximadamente dez metros abaixo do solo, equipado com iluminação, ventilação e até trilhos.
Uma motocicleta circulava por ali, levando ferramentas e retirando terra. A saída do túnel ficava em uma construção no bairro de Santa Juanita, permitindo a fuga sem levantar suspeitas.
A operação envolveu planejamento meticuloso, suborno de funcionários e recursos milionários. A fuga mostrou não apenas ousadia, mas uma estrutura profissional a serviço do crime, com logística detalhada e engenharia avançada.
Recaptura e extradição para os Estados Unidos
Cinco meses depois, em janeiro de 2016, ele foi encontrado novamente. Desta vez, a Marinha Mexicana realizou a captura. El Chapo tentou escapar mais uma vez por um túnel, mas sem sucesso.
Prisão perpétua e isolamento total
Em janeiro de 2017, foi extraditado para os Estados Unidos. Em julho de 2019, recebeu a sentença final em Nova York: prisão perpétua sem possibilidade de liberdade, mais 30 anos adicionais e o confisco de mais de 12,6 bilhões de dólares.
Hoje, Joaquín Guzmán cumpre sua pena na penitenciária ADX Florence, no Colorado, considerada uma das mais seguras do mundo. Ele está totalmente isolado, sem qualquer contato externo.
Um símbolo de poder e fragilidade do sistema
Sua história, marcada por brutalidade, inteligência e dinheiro, expôs falhas graves nos sistemas de segurança. A fuga de 2015 se tornou um símbolo do poder que o crime pode alcançar quando existe corrupção e estrutura por trás.
Mesmo assim, seu fim revela outro lado: mesmo os criminosos mais poderosos podem acabar presos e isolados para sempre.
Com informações de Wikipedea e Time.com.