Conhecida por sua biodiversidade exuberante e paisagens intocadas, a Amazônica, esconde um lado sombrio que poucos conhecem. O aumento da criminalidade está transformando essa região remota em um epicentro do crime organizado, mudando o mapa da violência no Brasil e na América do Sul.
De acordo com o canal Capital Financeiro, a Amazônia está se tornando o ponto focal da criminalidade no Brasil, apresentando uma taxa de letalidade 38% maior do que a média nacional.
O relatório indica que das 30 cidades com as maiores taxas de mortes violentas do Brasil, 13 estão localizadas na Amazônia. Enquanto outras regiões, como o Sudeste, registraram quedas nos homicídios, o Norte — especialmente cidades como Manaus, Macapá, Boa Vista e Porto Velho — segue a tendência oposta.
Conforme o canal, Manaus se destaca como uma das novas “capitais do crime” no Brasil. Historicamente, o Sudeste ocupava esse posto, mas, ao longo das décadas, o foco da criminalidade foi migrando para o Nordeste e, mais recentemente, para o Norte do país.
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A geografia favorece o crime
Por que a Amazônia está se tornando o cenário perfeito para as atividades criminosas? Conforme apontado por Capital Financeiro, a vasta extensão da floresta amazônica, repleta de rios e de uma densa vegetação, facilita a ação das quadrilhas.
As rotas utilizadas para o tráfico de drogas e contrabando atravessam não apenas o Brasil, mas também países vizinhos como Venezuela, Colômbia e Peru. O tráfico de entorpecentes domina grande parte do território, com facções criminosas brasileiras e internacionais utilizando a geografia a seu favor.
Segundo dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), 178 municípios da região amazônica possuem presença de quadrilhas, com 22 facções internacionais e nacionais atuando ativamente. Essas facções utilizam as hidrovias e rotas terrestres para exportar drogas para outros continentes, incluindo a Europa e a África.
O tráfico aéreo e os rios: principais rotas de contrabando
Como destacado pelo canal Capital Financeiro, a Amazônia é uma das principais rotas do tráfico internacional de drogas, utilizando não apenas seus vastos rios, mas também o transporte aéreo.
As quadrilhas operam de forma sofisticada, com drogas sendo transportadas por aviões até Manaus, de onde seguem por hidrovias até o estado do Pará e, posteriormente, para destinos internacionais.
Uma das rotas mais comuns é a saída dos produtos ilegais da Colômbia, Peru e Bolívia, ando pela Bacia do Amazonas até chegar ao porto de Santos, em São Paulo, considerado o maior complexo portuário da América Latina.
A exportação de drogas arrecadou, segundo uma investigação da Polícia Federal, mais de R$ 50 milhões entre 2022 e 2023, e essa rede de tráfico continua a crescer.
Crimes financiam facções e aumentam a violência
Com a expansão do tráfico e a crescente presença de facções, o Norte do Brasil viu um aumento expressivo nas taxas de homicídios.
O Amazonas registrou em 2021 a maior taxa de homicídios do país, com 38,6 vítimas a cada 100.000 habitantes, conforme dados da FBSP. A violência e o contrabando de drogas, além de afetarem diretamente os moradores da região, também alimentam o crime organizado em outras partes do Brasil e do mundo.
A migração da criminalidade
Historicamente, São Paulo liderava as estatísticas de criminalidade no Brasil. Entretanto, conforme o canal Capital Financeiro, com o desenvolvimento de infraestrutura e maior policiamento no Sudeste, as facções criminosas aram a focar suas atividades no Norte, onde o controle policial é mais difícil devido à geografia desafiadora.
A falta de infraestrutura na região Norte e a proximidade com países da América Latina onde a produção de drogas é intensa tornam a Amazônia um local estratégico para o crime organizado.
O papel das facções internacionais
Ainda segundo Capital Financeiro, facções brasileiras não operam sozinhas nessa rede de criminalidade. Grupos internacionais colaboram no tráfico de drogas e contrabando, utilizando as fronteiras porosas da região amazônica para expandir suas atividades. Isso cria um cenário de difícil controle, onde os governos locais lutam para combater o avanço da violência.
Facções brasileiras também são apontadas por impulsionar a destruição da Amazônia, já que muitos dos crimes cometidos na região estão ligados ao desmatamento ilegal, que serve como uma forma de financiar atividades ilícitas.
Por que a Amazônia está se tornando a capital do crime?
Conforme o relatório mundial mencionado por Capital Financeiro, a Amazônia se transformou em um ponto chave do crime organizado, não apenas no Brasil, mas em toda a América Latina.
Os rios, a vegetação densa e a vasta área de difícil o criam o cenário perfeito para as quadrilhas agirem sem serem detectadas. O aumento da criminalidade está diretamente relacionado à falta de infraestrutura e fiscalização, permitindo que facções cresçam e prosperem.
O que será necessário para reverter essa tendência e devolver à Amazônia sua imagem de uma região pacífica e preservada? E você, acredita que há uma solução para combater esse problema crescente?