São Paulo está prestes a dar um o ousado em sua infraestrutura de transportes, com projetos ferroviários que prometem transformar o deslocamento e o desenvolvimento regional em diferentes pontos do estado.
Um novo trem ligando São Paulo à Baixada Santista promete transformar a mobilidade entre a capital e o litoral, com impacto direto na economia e no trânsito.
Segundo a Secretaria de Parcerias e Investimentos (SPI) do Governo de São Paulo, o Trem Intercidades (TIC) Eixo Sul está em fase avançada de estudos e deve beneficiar cerca de 1,8 milhão de pessoas em nove municípios.
A obra prevê a criação de aproximadamente 13 mil postos de trabalho, além de contribuir para o alívio do tráfego nas congestionadas rodovias Anchieta e Imigrantes.
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O trajeto, com extensão estimada entre 80 km e 130 km, deverá ser percorrido em até 90 minutos.
Conforme a SPI, a proposta foi aprovada em junho de 2024, mas ainda ará por etapas fundamentais: audiência pública, definição de edital, realização de leilão e de contrato, antes da efetiva implementação.
O projeto é parte de um conjunto de investimentos em infraestrutura ferroviária que visam fortalecer a integração regional, reduzir o uso de carros e ampliar a oferta de transporte público de média e longa distância.
Dois caminhos para chegar ao litoral
O projeto prevê duas possíveis rotas para ligar a capital paulista ao litoral.
A primeira opção envolve o uso da Linha 10 – Turquesa da TM até a cidade de Rio Grande da Serra, seguindo pela ferrovia já existente até Paranapiacaba.
A partir dali, a descida da Serra do Mar seria realizada por meio de um sistema de cremalheira, técnica antiga utilizada para o transporte de carga e ageiros em terrenos inclinados.
Essa solução aproveita trilhos já implantados, o que pode acelerar parte da execução, mas exigirá adaptações tecnológicas para garantir eficiência e segurança no transporte moderno de ageiros.
A segunda opção, mais ambiciosa, partiria da Zona Sul de São Paulo, com possibilidade de uso da Linha 9 – Esmeralda da TM ou até a construção de um novo trajeto ando pela Rodovia dos Imigrantes.
Nesse cenário, a descida até o litoral cruzaria vales importantes como os dos rios Capivari, Branquinho, Aguapeú e Branco, em um trecho que demandaria escavações, túneis e engenharia pesada.
A proposta conecta-se com a antiga ferrovia Santos-Cajati, sendo uma alternativa mais direta para o fluxo de ageiros, mas também mais cara e complexa em termos de execução.
TIC Eixo Leste: Vale do Paraíba também será atendido
Outro projeto em análise pelo governo paulista é o TIC Eixo Leste, que tem como objetivo conectar a Região Metropolitana de São Paulo ao Vale do Paraíba, reduzindo o tempo de viagem entre as regiões para cerca de 1h15.
Entre as alternativas estudadas estão os ramais já existentes da TM:
- Linha 11 – Coral: após Mogi das Cruzes, enfrenta o desafio de operar em uma malha sob concessão da MRS Logística.
- Linha 12 – Safira: oferece o caminho mais curto, mas exigiria obras significativas para adequação.
- Linha 13 – Jade: que já conecta a capital ao Aeroporto de Guarulhos, apresenta potencial de integração.
Essas conexões prometem não apenas melhorar a mobilidade regional, mas também estimular a economia local e reduzir a dependência do transporte rodoviário.
VLT Campinas: conexão com Viracopos e redução de carros nas ruas
Enquanto os TICs miram trajetos mais longos, a cidade de Campinas se prepara para um Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) que ligará os municípios de Sumaré, Hortolândia e Campinas, com um ramal até o Aeroporto Internacional de Viracopos.
O projeto, conforme a SPI, busca proporcionar um transporte mais eficiente, sustentável e ível, com impacto direto na mobilidade urbana.
O VLT está sendo desenhado para substituir parte do uso de automóveis, ajudando a reduzir emissões de CO₂ e congestionamentos na Região Metropolitana de Campinas.
Além disso, o plano inclui a revitalização de áreas urbanas, instalação de novos eixos de transporte e integração com ônibus, BRT e outras soluções de deslocamento urbano.
A conexão com a futura linha TIC Campinas fortalece ainda mais a mobilidade intermunicipal.
VLT Sorocaba: nova alternativa ao carro e ao ônibus
Na mesma linha, Sorocaba também deverá receber um VLT de média capacidade, com trajeto planejado para aproveitar a faixa ferroviária existente no sentido Leste-Oeste, promovendo a integração com o futuro TIC Eixo Oeste.
De acordo com a SPI, o objetivo é reduzir o uso de automóveis, oferecer mais opções de transporte público e valorizar a infraestrutura já instalada.
Os estudos de viabilidade também analisam o comportamento da demanda, algo crucial para garantir a sustentabilidade econômica do projeto.
Sorocaba poderá ganhar um sistema de transporte moderno, eficiente e ambientalmente amigável, que atenderá à crescente população da região.
Investimento estratégico e desafios à frente
A implantação dos TICs e dos VLTs representa uma estratégia de longo prazo do governo de São Paulo para modernizar a malha de transporte público e reequilibrar a dependência do transporte rodoviário.
Os projetos preveem desafios técnicos e ambientais, sobretudo nos trechos de serra, mas são vistos como fundamentais para acompanhar o crescimento das cidades.
Com um modelo que mescla parcerias público-privadas (PPP) e concessões ferroviárias, a intenção é atrair investidores privados interessados em participar da expansão da infraestrutura nacional, especialmente em um momento em que o país busca alternativas mais sustentáveis e tecnológicas para o transporte de ageiros.
Segundo dados atualizados em março de 2025, o governo paulista estuda formas de acelerar o início das obras, especialmente do TIC Eixo Sul, que é considerado o projeto com maior impacto imediato na logística e no emprego.
E agora? Você acha que o trem entre São Paulo e o litoral finalmente vai sair do papel? Ou será mais uma promessa que ficará nos trilhos do esquecimento? Comente abaixo!