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Novo terminal ferroviário promete revolucionar economia de estado e gerar milhares de empregos; veja os detalhes do projeto bilionário que já começou

Escrito por Alisson Ficher
Publicado em 07/11/2024 às 07:36
Novo terminal ferroviário promete impulsionar economia de Mato Grosso, com geração de empregos e avanços na logística nacional.
Novo terminal ferroviário promete impulsionar economia de Mato Grosso, com geração de empregos e avanços na logística nacional.
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Construção de um terminal ferroviário inicia um marco histórico para a logística e a economia do estado. Com obras em andamento desde outubro e previsão de gerar mais de mil empregos, o projeto visa escoar milhões de toneladas de grãos.

A construção de um novo terminal ferroviário de cargas, em Mato Grosso, está gerando grande expectativa e movimentação na região sudeste do estado.

Em meio a canteiros de obras e maquinário pesado, moradores e empresários acompanham o nascimento de um projeto de infraestrutura que promete impactar profundamente as cidades de Dom Aquino, Primavera do Leste e outros municípios próximos.

Mais do que uma simples expansão ferroviária, este terminal integra um dos maiores projetos logísticos em execução no Brasil, coordenado pela Rumo e com previsão de escoar milhões de toneladas de grãos por ano, incluindo soja e milho, e ainda atrair investimentos para diversas áreas econômicas.

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Investimento privado e abrangência regional

O novo terminal faz parte da expansão da Ferrovia Estadual Senador Vicente Emílio Vuolo, que se estende por mais de 700 km entre Rondonópolis, Cuiabá e Lucas do Rio Verde, com um traçado planejado para conectar o norte ao sul de Mato Grosso.

Com um investimento integralmente privado, a obra é essencial para otimizar o transporte de cargas, além de contribuir para a redução de caminhões nas estradas, aliviando o trânsito e aumentando a segurança nas rodovias da região.

Impacto no agronegócio e na logística nacional

O terminal, situado em uma área de 2 milhões de metros quadrados próximo à BR-070, destaca-se pela capacidade de escoamento de até 10 milhões de toneladas de grãos anualmente, com foco em produtos essenciais como soja e milho.

“Essa iniciativa beneficia diretamente os produtores locais, reduzindo custos logísticos e promovendo uma cadeia de suprimentos mais eficiente”, afirma Walter Mancuso, gerente executivo de implantação de terminais da Rumo.

Conforme Mancuso, o novo terminal não só facilita a logística interna do país, mas também garante a chegada mais rápida dos produtos ao Porto de Santos, favorecendo a competitividade da agricultura brasileira no mercado global.

Geração de empregos e participação comunitária

A obra do terminal ferroviário mobiliza várias empresas, lideradas pela Egelte Engenharia Ltda., e já começa a gerar oportunidades de emprego para a população local. Segundo Mancuso, a previsão é de mais de mil empregos diretos e indiretos, atraindo trabalhadores de todo o país para a região.

A obra envolve, além da movimentação de 700 mil metros cúbicos de terra, um consumo impressionante de mais de 17 mil metros cúbicos de concreto e 2.500 toneladas de aço, requisitos que demonstram a magnitude e a importância da construção.

Desenvolvimento urbano e desafios sociais

Com a chegada de trabalhadores, Primavera do Leste e Dom Aquino vêm se preparando para atender à demanda crescente de infraestrutura urbana.

“Há pelo menos três anos, trabalhamos para conscientizar empresários e a população sobre a necessidade de ampliar nossa rede hoteleira e de moradias”, destaca Joselino Soares Godoi, presidente da Associação Comercial de Primavera do Leste (Aciple).

Com cerca de 93 mil habitantes e uma das maiores economias do estado, o município espera atrair novas empresas, especialmente agroindústrias, que consolidarão a vocação econômica local baseada no agronegócio.

Em Dom Aquino, o presidente do sindicato rural, Wildon Cardoso, menciona a importância da obra para o desenvolvimento regional.

Ele explica que, em uma cidade pequena e com baixa densidade demográfica, a construção do terminal exige uma série de adaptações.

“Estamos trabalhando junto com a prefeitura para ampliar a oferta de moradias e preparar a cidade para o aumento populacional”, diz.

Cardoso também destaca o impacto econômico esperado: “Com essa obra, a arrecadação de impostos deve crescer, além da geração de empregos que vai transformar a vida das comunidades locais.”

Potencial para impulsionar agroindústrias

Além da infraestrutura urbana, a previsão é de que o novo terminal traga avanços na instalação de agroindústrias na região.

Segundo dados do IBGE, a economia de Primavera do Leste é impulsionada pela agropecuária e deve ser ainda mais beneficiada com a expansão da ferrovia.

Para Godoi, presidente da Aciple, o terminal representa a possibilidade de fortalecer o comércio local e atrair investimentos que agreguem valor à produção regional.

“Com a conclusão das obras, acreditamos que o município terá uma logística mais eficiente e uma base econômica ainda mais robusta”, conclui.

Um marco histórico para a economia de Mato Grosso

Situado a 170 quilômetros de Cuiabá, Dom Aquino, cidade com cerca de 8 mil habitantes e economia centrada na agricultura, prepara-se para ganhar destaque nacional.

A instalação do terminal da Rumo representa um marco para o município, que deve ar a atrair um volume maior de negócios e investimentos.

Anteriormente reconhecida pela produção de grãos e coco, a cidade agora se consolida como um importante ponto logístico, com potencial para transformar o desenvolvimento da região.

Em 2026, quando o terminal ferroviário estiver em pleno funcionamento, Mato Grosso estará conectado à rede ferroviária nacional com uma estrutura capaz de atender ao crescimento do agronegócio e da indústria local.

A construção não só marca um avanço para a logística de exportação do estado, como sinaliza o início de uma nova era para a economia e a qualidade de vida das populações de Dom Aquino, Primavera do Leste e cidades vizinhas.

O novo terminal de cargas será o grande impulsionador de uma transformação econômica em Mato Grosso? Comente sua opinião!

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Paulo Matias Gomes
Paulo Matias Gomes
08/11/2024 13:34

Porque não mandaram fazer rio grande do norte muito cobrado de macal a extremos deve ser falta de interesse dos governantes

Eduardo
Eduardo
08/11/2024 10:11

O que é necessário fazer é criar as indústrias junto ao agronegócio, de forma a agregar valor ao produto do agro . Exemplo temos que vender é óleo de soja milho para todo o mundo e não o grão. Melhor também o grão, mas com as indústrias criamos emprego é assim melhora a condição de vida de todos , do empresário e da população.

Alisson Ficher

Jornalista formado desde 2017 e atuante na área desde 2015, com seis anos de experiência em revista impressa, agens por canais de TV aberta e mais de 12 mil publicações online. Especialista em política, empregos, economia, cursos, entre outros temas. Registro profissional: 0087134/SP. Se você tiver alguma dúvida, quiser reportar um erro ou sugerir uma pauta sobre os temas tratados no site, entre em contato pelo e-mail: [email protected]. Não aceitamos currículos!

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