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Empresa desenvolve novo jato supersônico capaz de ir dos EUA a Tóquio em 60 minutos. O avião supersônico atinge Mach 9 e transporta até 12 ageiros.
Engenheiros da empresa aeroespacial Venus Aerospace divulgaram fotos de seu mais novo jato supersônico, que pode levar ageiros de Nova York, nos Estados Unidos, a Tóquio, no Japão, basicamente do outro lado do planeta, em apenas uma hora, voando até o limite do espaço, antes de pousar na Terra Novamente. A startup afirma que o Stargazer pode alcançar 6.905,42 mph, ou seja, 11 mil km/h, velocidade conhecida pelos engenheiros como Mach 9.
Avião supersônico é desenvolvido em parceria com a NASA
Para atingir tal velocidade, o avião atinge uma altitude máxima de 170 mil pés, metade da distância entre o solo e a atmosfera. Segundo dados, o jato supersônico foi desenvolvido em conjunto com a principal instalação de voos espaciais tripulados da Nasa.
A equipe por trás estudou dados do programa Space Shuttle para auxiliar na conclusão do projeto. O modelo está sendo desenvolvido para ter 45 m de comprimento e 30 m de largura, com um peso total de 7 toneladas. Com espaço reduzido e a necessidade de se manter leve para alcançar altas velocidades, o jato supersônico terá capacidade para apenas 12 ageiros.
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Segundo Andrew Duggleby, cofundador da Venus Aerospace, isto não é ficção científica, mas sim um fato. A empresa trabalhou com a NASA no Johnson Space Center e pode ar as informações do teste de explosão sônica do programa Space Shuttle.
Vale destacar que a Venus decidiu colocar seu plano em prática para o avião supersônico no fim de março e trabalha no projeto desde 2020. A Stargazer, tem capacidade para cruzar o mundo de um ponto a outro em tempo recorde, indo de Los Angeles até Tóquio em apenas uma hora, o que convencionalmente dura cerca de 12 horas.
Testes de motores da Aeronave Supersônica
A Venus Aerospace planeja que seu jato supersônico decole e, logo depois, execute um impulso de 10 minutos com motor de foguete, isso pode enviar o veículo a uma altitude de aproximadamente 50 km, ou metade do caminho para o espaço.
O segredo para tal feito é o uso do motor com base na detonação rotativa, com potencial de ampliar a eficiência de combustível em uma diversidade de aplicações, desde navios da Marinha dos Estados Unidos até motores de foguetes.
No motor de detonação rotativo a onda de detonação viaja em torno de um canal, que é sustentado pela injeção de oxidante e combustível, produzindo uma onda de choque que se espalha em velocidade supersônica.
Nos motores convencionais de foguetes, por exemplo, um propulsor altamente pressurizado e um oxidante são injetados em uma câmera de combustão onde queimam e geram uma coluna de exaustão tremendamente energética.
Motores fornecem aumento de aproximadamente 10% na eficiência
Agora, a ideia parece que saiu do papel. Grupos de pesquisadores dos países desenvolvidos (EUA, Japão e outros) produziram e testaram esses motores, saindo da teoria.
Nos testes laboratoriais, os motores forneceram um aumento de aproximadamente 10% na eficiência energética de combustível. Para alcançar a velocidade, os modelos hipersônicos são cerca de 80% de combustível e oxidante.
Desta maneira, como explicou Andrew Duggleby, diretor de tecnologia da Venus Aerospace, à Ars Technica, ao ampliar a eficiência do combustível, sobra massa para coisas essenciais, como trem de pouso, asas e até alguns ageiros. Isso permite realmente construir um veículo que é como um avião.
Vale destacar que o Stargazer, entretanto, não é o único projeto de avião hipersônico que está sendo produzido atualmente, a Força Aérea dos EUA também está financiando um veículo chamado de QuarterHorse, capaz de voar cinco vezes mais rápido que o som.
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