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Nova ferrovia bilionária avança e moradores podem ser obrigados a sair de casa – e o motivo é claro: ANTT declara área de utilidade pública!

Escrito por Alisson Ficher
Publicado em 28/05/2025 às 21:40

ANTT oficializou a área para a nova ferrovia bilionária que pode alterar a rotina dos moradores locais. O projeto promete grandes transformações na infraestrutura, mas as consequências para a população ainda geram debates intensos.

A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) declarou oficialmente de utilidade pública a área destinada à construção de um novo ramal ferroviário no município de Inocência, a 337 km de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul.

A medida, que foi publicada no Diário Oficial da União, autoriza o início do processo de desapropriação de imóveis para viabilizar o avanço da obra.

O empreendimento será conduzido pela empresa chilena Arauco Celulose do Brasil S.A., que recebeu aval federal para a implantação do trecho ferroviário conhecido como EF-A35.

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De acordo com a decisão da Superintendência de Transporte Ferroviário da ANTT, a autorização para a construção permite que a Arauco promova as desapropriações em nome da União e, em casos considerados urgentes, tome posse antecipada dos terrenos, mesmo antes do término do processo judicial.

O projeto, que é parte de uma concessão ferroviária firmada com a Arauco em abril de 2025, conecta a futura fábrica de celulose da empresa diretamente à Malha Norte, uma das principais artérias ferroviárias do país.

Um investimento bilionário e estratégico para o Brasil

O ramal ferroviário terá cerca de 47 quilômetros de extensão e ligará a unidade fabril ao trecho da Ferrovia Norte Brasil (EF-364), que atravessa o país entre Santa Fé do Sul, em São Paulo, e Rondonópolis, no Mato Grosso.

Esse investimento integra o chamado Projeto Sucuriú, que marca a entrada da Arauco no mercado brasileiro de celulose.

Segundo a empresa, o valor estimado do investimento na planta industrial ultraa US$ 4,6 bilhões, o que faz do projeto um dos maiores do setor nos últimos anos.

A fábrica será construída a aproximadamente 50 km da cidade de Inocência, nas proximidades do rio Sucuriú, e estará a 100 km do Rio Paraná, próxima da rodovia MS-377.

Com previsão para iniciar as operações no último trimestre de 2027, a planta terá capacidade para produzir cerca de 3,5 milhões de toneladas de celulose por ano, tornando-se uma das maiores unidades produtoras da região.

Impacto social e ambiental da obra

A declaração de utilidade pública implica diretamente na vida dos moradores da área destinada ao traçado ferroviário.

Conforme especialistas, muitos residentes podem ser forçados a deixar suas casas, já que a desapropriação será autorizada em caráter prioritário, com possibilidade de posse antecipada das propriedades.

A Arauco, contudo, precisa seguir todos os trâmites ambientais exigidos por órgãos públicos para iniciar as obras, incluindo licenciamento ambiental e estudos de impacto, o que ainda pode influenciar os prazos e a execução do projeto.

A região, conhecida pela sua riqueza natural e biodiversidade, terá atenção redobrada no que se refere à preservação ambiental durante a construção e operação do ramal ferroviário.

Diversas entidades ambientais e sociais acompanham o caso, preocupadas com a preservação das matas nativas e com a garantia dos direitos das comunidades afetadas.

A ferrovia no contexto do desenvolvimento econômico

A implantação do ramal EF-A35 não é apenas uma questão local, mas faz parte de uma estratégia nacional para ampliar a infraestrutura logística do Brasil, especialmente no setor de transporte ferroviário.

Especialistas apontam que a ferrovia é crucial para melhorar a escoação da produção de celulose, setor que tem apresentado crescimento contínuo e demanda por soluções mais eficientes de transporte.

O modal ferroviário é considerado mais sustentável e econômico para o transporte de cargas em longas distâncias, contribuindo para a redução de custos e emissões de gases poluentes.

Com o novo ramal, espera-se que a Arauco consiga otimizar sua logística, facilitando a exportação de celulose para mercados internacionais e fortalecendo o papel do Brasil como um dos maiores produtores mundiais do produto.

Além disso, a obra deve gerar empregos diretos e indiretos na região, durante a construção e operação do ramal e da fábrica, fomentando o desenvolvimento econômico local.

O que muda para os moradores de Inocência?

Para os habitantes da área impactada, a notícia traz preocupações quanto à desapropriação e ao futuro das suas propriedades e modos de vida.

De acordo com a ANTT, a desapropriação será feita com base em critérios legais e prevê indenizações justas para os proprietários, mas a rapidez do processo pode gerar insegurança e dúvidas.

O município e os órgãos responsáveis deverão acompanhar de perto o andamento do projeto, buscando minimizar os transtornos sociais e garantir apoio às famílias afetadas.

Em contrapartida, a chegada da ferrovia pode impulsionar melhorias na infraestrutura local, trazendo novas oportunidades de comércio e serviços.

Futuro e desafios da nova ferrovia

Embora o projeto esteja autorizado, ele ainda enfrenta desafios importantes.

A obtenção de todas as licenças ambientais e autorizações necessárias é condição para o início das obras, o que pode demandar meses ou até anos, dependendo dos processos.

Além disso, o diálogo com a comunidade e a gestão dos impactos sociais serão fundamentais para o sucesso do empreendimento.

Especialistas alertam para a necessidade de planejamento transparente e participação popular para evitar conflitos e garantir que o desenvolvimento econômico não ocorra às custas da população local.

O cronograma oficial indica que as operações da fábrica e do ramal devem começar no fim de 2027, mas qualquer atraso nas etapas prévias pode alterar esse calendário.

A construção do ramal EF-A35 reforça a importância do setor ferroviário para o Brasil e destaca o crescimento do mercado de celulose no país, mas também levanta questões sobre a relação entre progresso e impacto social.

Como o avanço desse projeto bilionário pode transformar a vida das pessoas em Inocência e região?

Você acredita que os benefícios econômicos compensam os desafios sociais gerados pela desapropriação e mudanças na comunidade?

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Alisson Ficher

Jornalista formado desde 2017 e atuante na área desde 2015, com seis anos de experiência em revista impressa, agens por canais de TV aberta e mais de 12 mil publicações online. Especialista em política, empregos, economia, cursos, entre outros temas. Registro profissional: 0087134/SP. Se você tiver alguma dúvida, quiser reportar um erro ou sugerir uma pauta sobre os temas tratados no site, entre em contato pelo e-mail: [email protected]. Não aceitamos currículos!

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