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Nissan revela que terá demissão em massa de 20 MIL funcionários e sabe quem é o culpado por isso

Escrito por Alisson Ficher
Publicado em 13/05/2025 às 13:11
Nissan corta 20 mil empregos em meio à crise financeira global e reestruturação dramática. O futuro da montadora está em jogo.
Nissan corta 20 mil empregos em meio à crise financeira global e reestruturação dramática. O futuro da montadora está em jogo.

Gigante automotiva Nissan enfrenta uma reestruturação dramática em sua força de trabalho, com planos de demitir milhares de funcionários em uma tentativa de recuperação de sua saúde financeira global.

A Nissan, uma das maiores montadoras do mundo, está atravessando uma fase de crise financeira e anunciou, nesta segunda-feira (12), que cortará 20 mil postos de trabalho, número bem superior aos 9 mil inicialmente previstos.

Essa reestruturação, que afetará tanto o Japão quanto o exterior, é resultado de uma série de decisões e eventos que agravam a situação da montadora, que já enfrenta sérios desafios no mercado global.

Em novembro de 2024, a Nissan revelou que planejava cortar cerca de 9 mil empregos, uma medida que surgia após uma queda expressiva de 94% em seu lucro no primeiro semestre daquele ano, provocada por vendas fracas em mercados chave como Estados Unidos e China.

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Porém, com o agravamento da crise, a montadora revisou suas previsões e anunciou que os cortes de pessoal chegarão a 20 mil postos de trabalho, ou cerca de 15% de sua força de trabalho total.

Em um cenário de incertezas, a montadora não quis comentar oficialmente sobre a magnitude desses cortes.

A expectativa é que os impactos no mercado de trabalho sejam severos, afetando diversas regiões, incluindo unidades de produção e outras áreas istrativas.

Os fatores que levaram à crise da Nissan

O cenário crítico enfrentado pela Nissan não é um fenômeno isolado, mas uma consequência de uma série de erros estratégicos e desafios externos.

O principal culpado pela deterioração da situação financeira da marca é, sem dúvida, a combinação entre concorrência acirrada, decisões corporativas equivocadas e problemas estruturais internos.

A empresa alertou os acionistas, no mês ado, que deverá registrar um prejuízo líquido significativo devido aos altos custos de reestruturação, que podem ultraar 750 bilhões de ienes (cerca de US$ 5 bilhões) no exercício fiscal de 2024-2025.

Esse anúncio de prejuízo se soma à sequência de más notícias para a Nissan.

A montadora já havia informado que reduziria sua capacidade de produção em 20% e havia revisado para baixo suas projeções de lucro no final de 2024, uma medida que refletia as dificuldades para se manter competitiva frente aos principais rivais no setor automotivo global.

A forte concorrência nos Estados Unidos e na China foi um dos fatores mais impactantes, já que ambos os mercados, fundamentais para o crescimento da Nissan, registraram queda nas vendas, o que resultou em uma perda significativa de participação no mercado.

Além disso, a montadora enfrenta um endividamento crescente, o que agrava ainda mais sua capacidade de investimento em inovação e produção.

A tentativa frustrada de fusão com a Honda

Em 2024, a Nissan tentou reverter sua situação ao um acordo com a Honda Motor para fundir as marcas sob uma única holding.

A proposta de união parecia promissora e poderia criar uma das maiores montadoras do mundo, com potencial de competir de maneira mais eficaz com gigantes do setor.

Contudo, as divergências sobre o desequilíbrio de poder entre as duas marcas rapidamente emergiram, e a fusão foi dissolvida poucos meses após o anúncio inicial.

Esse fracasso na fusão, apesar das expectativas iniciais, deixou a Nissan em uma situação ainda mais vulnerável.

A dissolução da parceria resultou em um agravamento da crise, que agora coloca a empresa no ponto mais baixo de sua história, com a maior perda de valor desde 1999.

Ainda assim, a aliança estratégica entre Nissan e Honda, voltada para veículos elétricos e baterias, permanece em vigor e poderá gerar novas oportunidades no futuro, mas a confiança entre as duas montadoras foi seriamente abalada.

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A crise interna e o legado de Carlos Ghosn

Outro ponto crítico na trajetória recente da Nissan é o impacto da saída do ex-presidente Carlos Ghosn, que foi preso e destituído em 2018 após um escândalo financeiro.

A crise de governança que se seguiu à sua saída afetou diretamente a imagem e o desempenho da empresa, agravando ainda mais os desafios para a montadora.

As disputas internas e a falta de uma liderança estável dificultaram a recuperação da Nissan, que perdeu não só a confiança dos consumidores, mas também a capacidade de inovar e competir no mercado global.

O impacto das tarifas de Trump e as perspectivas para o futuro

Outro fator que não pode ser ignorado é a política comercial de tarifas do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que impactou severamente a indústria automotiva mundial.

Embora as tarifas tenham afetado muitas montadoras globais, no caso da Nissan, os efeitos foram devastadores.

Isso se deve, principalmente, ao fato de a montadora ter uma grande dependência do mercado americano e de suas fábricas nos Estados Unidos.

A empresa também enfrenta um desafio relacionado à falta de uma linha sólida de veículos híbridos, que se tornou um ponto crucial de competitividade no cenário atual, especialmente com o crescente foco em sustentabilidade e carros elétricos.

Sem uma oferta forte nesse segmento, a Nissan corre o risco de perder ainda mais mercado para concorrentes como Toyota e Honda, que já dominam esse nicho.

A dívida crescente da Nissan

O endividamento da Nissan tem sido uma preocupação constante.

A montadora enfrenta vencimentos de dívidas de até US$ 1,6 bilhão em 2025, valor que aumentará significativamente nos próximos anos, chegando a US$ 5,6 bilhões em 2026.

Esse crescimento nas obrigações financeiras é o maior registrado pela empresa desde 1996, segundo dados da Bloomberg.

Essa situação de endividamento crescente coloca uma pressão adicional sobre a Nissan, que precisa urgentemente de estratégias eficazes para reduzir seus custos e aumentar sua rentabilidade.

A empresa terá de enfrentar a difícil tarefa de reconstruir sua imagem e recuperar a confiança dos investidores e consumidores.

O futuro da Nissan: desafios e perspectivas

A nomeação de Iván Espinosa como novo diretor executivo da Nissan em abril de 2025 gerou esperanças de uma possível recuperação.

Ele agora enfrenta o desafio de reverter a situação da montadora e precisa esclarecer as especulações sobre novos cortes de empregos e possíveis fechamentos de fábricas.

A Nissan tem um futuro incerto pela frente, mas a sobrevivência da montadora depende de sua capacidade de se adaptar ao novo cenário do mercado automotivo, cada vez mais voltado para a sustentabilidade e inovação tecnológica.

Além disso, o fortalecimento de parcerias estratégicas, como a aliança com a Honda, pode ser uma chave para sua recuperação.

O impacto da crise da Nissan no Brasil

Embora a crise da Nissan tenha atingido sua matriz no Japão, o impacto de suas dificuldades financeiras também é sentido em outros mercados, como o Brasil, onde a montadora enfrenta desafios similares.

Com a queda nas vendas e a necessidade de reestruturação, a Nissan pode ter de rever sua estratégia de produção e comercialização no mercado brasileiro, o que pode resultar em demissões e fechamento de unidades locais, afetando a economia e o emprego no país.

A situação da Nissan levanta a questão sobre como outras montadoras poderão reagir a esse cenário de crise global.

Afinal, com um mercado automotivo em constante transformação, o futuro das montadoras tradicionais está em jogo. E você, o que acha?

A Nissan conseguirá se reerguer ou estamos vendo o começo do fim de uma grande era no setor automotivo?

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Alisson Ficher

Jornalista formado desde 2017 e atuante na área desde 2015, com seis anos de experiência em revista impressa, agens por canais de TV aberta e mais de 12 mil publicações online. Especialista em política, empregos, economia, cursos, entre outros temas. Registro profissional: 0087134/SP. Se você tiver alguma dúvida, quiser reportar um erro ou sugerir uma pauta sobre os temas tratados no site, entre em contato pelo e-mail: [email protected]. Não aceitamos currículos!

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