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Não era alô! Quando o primeiro serviço telefônico regular foi estabelecido, Alexander Graham Bell sugeriu atender o telefone com outra palavra

Escrito por Fabio Lucas Carvalho
Publicado em 27/01/2025 às 21:45
telefone
Foto: Reprodução

Quando o telefone foi criado, “alô” não era a primeira opção para atender ligações. Descubra a palavra sugerida por Graham Bell.

A comunicação é uma das necessidades mais fundamentais da humanidade. Hoje, vivemos conectados por smartphones e redes digitais, mas é difícil imaginar como era o mundo antes do telefone.

No final do século XIX, o meio mais rápido para transmitir mensagens era a carta. Mesmo com o advento das ferrovias, que aceleraram o envio, ainda estava longe de ser instantâneo.

A chegada do telégrafo no início daquele século marcou um avanço importante. Permitiu a transmissão de mensagens em longas distâncias, criando as bases para uma comunicação mais ágil.

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No entanto, havia um obstáculo: o telégrafo só transmitia mensagens em código. Mas como a tecnologia evoluiu para permitir a transmissão de sons e, mais tarde, vozes humanas?

Alexander Graham Bell e o primeiro o rumo à telefonia

Na década de 1870, Alexander Graham Bell, um escocês radicado nos Estados Unidos, estava trabalhando no Clarke Institute for Deaf Mutes, em Massachusetts.

Lá, conheceu Gardiner Greene Hubbard, um advogado influente e entusiasta das invenções tecnológicas. Eles compartilhavam um interesse em desenvolver novos métodos de comunicação.

Bell começou a trabalhar no que chamou de “telégrafo harmônico“, um dispositivo projetado para transmitir múltiplas mensagens por um único fio usando frequências distintas.

Embora sua intenção inicial não fosse criar um telefone, ele ou a imaginar a possibilidade de transmitir a fala a longas distâncias.

Com financiamento de Hubbard, Bell fez uma descoberta fundamental: ao usar palhetas eletromagnéticas ajustadas a diferentes tons, era possível transmitir sons complexos, incluindo a voz humana. Isso abriu caminho para o desenvolvimento do telefone como o conhecemos.

Alexander Graham Bell

A corrida pela patente

Em 1876, Bell não estava sozinho na corrida para criar o telefone. Elisha Gray, outro inventor americano, também estava trabalhando em um dispositivo semelhante.

Ambos submeteram documentos ao Escritório de Patentes dos Estados Unidos no mesmo dia: 14 de fevereiro de 1876.

A disputa foi acirrada. Hubbard pressionou Bell a registrar sua patente rapidamente. Apesar das controvérsias e alegações de que Bell teria tido o a informações de Gray, o Escritório de Patentes concedeu a patente a Bell em 7 de março de 1876, reconhecendo-o oficialmente como o inventor do telefone.

Essa decisão, no entanto, é debatida até hoje. Um estudo de 2020, conduzido por Benjamin Lathrop Brown, revelou documentos que reforçam a legitimidade da patente de Bell, mas não encerrou completamente a discussão sobre quem deveria levar o crédito pela invenção.

O primeiro telefonema

Três dias após a concessão da patente, Bell realizou o primeiro telefonema da história. Ele chamou seu assistente, Thomas Watson, com a frase: “Senhor Watson, venha aqui, quero vê-lo.”

Embora as palavras tenham chegado de forma indistinta e com ruídos, marcaram um momento histórico. Era a primeira vez que a voz humana era transmitida por um dispositivo eletrônico, algo revolucionário para a época.

Esta é uma réplica exata do primeiro telefone da Bell, 

A evolução do telefone

Após o sucesso inicial, Bell continuou a aprimorar sua invenção. Ele retornou aos transmissores e receptores magnéticos originais e os transformou em dispositivos mais robustos e comercialmente viáveis.

Em 1877, Hubbard fundou a Bell Telephone Company, que mais tarde se tornaria a AT&T, uma das maiores empresas de telecomunicações do mundo.

Outros inventores também contribuíram para melhorar o telefone. Thomas Edison e David Hughes desenvolveram microfones mais sensíveis, que facilitaram a transmissão e recepção das chamadas.

Gradualmente, o telefone saiu dos escritórios e começou a ser instalado nas residências, mudando completamente a dinâmica da comunicação no cotidiano.

Quem mais deveria ser reconhecido?

Embora Bell seja amplamente reconhecido como o inventor do telefone, outros nomes merecem destaque.

Antonio Meucci, um inventor italiano, conseguiu transmitir sua voz eletromagneticamente em 1856, duas décadas antes de Bell.

Porém, ele não conseguiu recursos financeiros para renovar sua patente em 1874. Por isso, na Itália, Meucci é considerado o inventor oficial do telefone.

Elisha Gray, que registrou sua patente no mesmo dia que Bell, também reivindicou o crédito. Apesar de suas contribuições significativas, a justiça americana reconheceu Bell como o detentor da patente original.

Curiosidades: “Ahoy” ou “alô”?

De acordo com o Science Museum Group, Alexander Graham Bell demonstrou o telefone para a Rainha Vitória em 1878, e nesse mesmo ano foi formada a Telephone Company Ltd para comercializar a invenção de Bell.

Alexander Graham Bell então propôs a palavra “ahoy” como saudação padrão ao atender o telefone. No entanto, foi Thomas Edison quem popularizou o uso de “alô”, que permanece até hoje como a saudação universal ao atender chamadas.

O telefone não apenas revolucionou a forma como nos comunicamos, mas também pavimentou o caminho para tecnologias que hoje fazem parte do nosso cotidiano, como o celular e a internet.

A invenção de Bell foi o ponto de partida para a comunicação global instantânea, permitindo conexões em tempo real entre pessoas separadas por oceanos e continentes.

Com informações de Science Museum Group.

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Vladimir Santiago
Vladimir Santiago
28/01/2025 12:58

Não mencionaram a importância de D. Pedro II na divulgação da invenção.

Ailton
Ailton
28/01/2025 13:27

Interessante a pesquisa. Parabéns.

Jack Sparrow
Jack Sparrow
28/01/2025 15:16

Telefone de pirata? AHOY!

Fabio Lucas Carvalho

Jornalista especializado em uma ampla variedade de temas, como carros, tecnologia, política, indústria naval, geopolítica, energia renovável e economia. Atuo desde 2015 com publicações de destaque em grandes portais de notícias. Minha formação em Gestão em Tecnologia da Informação pela Faculdade de Petrolina (Facape) agrega uma perspectiva técnica única às minhas análises e reportagens. Com mais de 10 mil artigos publicados em veículos de renome, busco sempre trazer informações detalhadas e percepções relevantes para o leitor. Para sugestões de pauta ou qualquer dúvida, entre em contato pelo e-mail [email protected].

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