Motoristas de aplicativos no Brasil denunciam redução drástica nos ganhos e práticas enganosas das plataformas, como reajustes inesperados nas corridas e falta de e em reembolsos. A desvalorização do serviço e a precarização do trabalho levam muitos a questionarem se ainda vale a pena ser motorista de aplicativo.
No cenário contemporâneo, a mobilidade urbana no Brasil tem sido amplamente moldada pelo crescimento dos aplicativos de transporte.
Desde a chegada dessas plataformas, muitos brasileiros encontraram nelas uma fonte de renda e flexibilidade de horários.
Contudo, por trás dessa aparente conveniência, emergem desafios e insatisfações que afetam diretamente a vida dos motoristas.
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Marcos Kapp, motorista de aplicativo desde 2019, compartilha suas experiências e frustrações acumuladas ao longo dos anos durante entrevista ao site 55Content.
Ele relata uma queda significativa nos ganhos e aponta práticas questionáveis das plataformas, como reajustes inesperados no valor das corridas e falta de e em reembolsos.
“A Uber mostra um valor, mas o ageiro paga menos, e a diferença sai do bolso do motorista sem aviso”, desabafa Marcos.
Desafios financeiros e operacionais
Marcos destaca que, no início, a atividade era mais rentável.
Com o tempo, porém, observou uma desvalorização do serviço e a precarização do trabalho, tornando insustentável a vida de quem depende exclusivamente dos aplicativos.
Ele menciona que, enquanto antes conseguia obter ganhos razoáveis, atualmente precisa trabalhar mais horas para obter uma renda semelhante.
Além disso, ele aponta a insegurança nas ruas e os impactos do desgaste dos veículos como fatores que agravam a situação.
“Hoje, a frota de veículos de aplicativos está sucateada, porque os motoristas não conseguem fazer uma manutenção adequada”, afirma.
Comparação com outras atividades
Antes de retornar à Uber, Marcos trabalhou com entregas para o Mercado Livre.
Ele relata que, trabalhando quatro dias por semana, conseguia obter uma média de R$ 1.600, com custos de cerca de R$ 480, resultando em um lucro líquido de R$ 1.120.
“Na Uber, isso é impossível de conseguir aqui em Bauru. Para alcançar esse valor, o motorista teria que rodar pelo menos 18 horas seguidas, sem parar e correndo riscos”, compara.
Práticas das plataformas e insatisfação dos motoristas
Marcos critica a falta de transparência das plataformas em relação aos valores das corridas.
Ele menciona que, frequentemente, o valor inicialmente oferecido para a corrida é reduzido ao final, sem explicações claras.
“É como uma ‘pegadinha’. O aplicativo mostra um preço, mas, no final, o ageiro paga um valor menor e a Uber desconta essa diferença sem informar nada”, explica.
Essa prática, segundo ele, desmotiva os motoristas e gera desconfiança em relação às plataformas.
Marcos também aponta a falta de e em casos de reembolsos, especialmente em situações em que o ageiro não paga a corrida.
“A Uber cobre esse valor, mas a 99 nem sempre faz isso. Às vezes, a empresa simplesmente manda uma mensagem dizendo que não é possível ressarcir o motorista, e pronto”, relata.
Reflexões sobre o futuro da profissão
Diante de todos esses desafios, Marcos questiona a viabilidade de continuar como motorista de aplicativo.
Ele observa que, para muitos, a atividade deixou de ser uma fonte de renda complementar e ou a ser a única opção disponível, o que aumenta a pressão e o desgaste.
“Hoje, ser motorista de aplicativo não é uma atividade que traz satisfação. Você trabalha porque precisa, porque não tem outra opção”, conclui.
A experiência de Marcos reflete uma realidade enfrentada por muitos motoristas de aplicativo no Brasil.
Segundo uma pesquisa realizada pelo Cebrap para a Amobitec, o país tem aproximadamente 1,2 milhão de motoristas de aplicativo, e para 63% deles, os apps são a única fonte de renda.
Além disso, o mercado de transporte por aplicativo no Brasil, que inclui plataformas como Uber, 99 e iFood, envolve cerca de 1,6 milhão de pessoas, entre motoristas e entregadores. Isso demonstra o impacto crescente dos aplicativos na economia do país.
Perspectivas futuras e alternativas
Apesar dos desafios, o setor de transporte por aplicativo continua a se expandir no Brasil.
Empresas como a Kapô Locadora estão desenvolvendo modelos de negócio que buscam atender às necessidades dos motoristas, oferecendo, por exemplo, aluguel de veículos sem análise de crédito.
A Kapô projeta uma alta de 66% em 2025, com previsão de faturamento de R$ 50 milhões.
No entanto, para motoristas como Marcos, a questão central permanece: ainda vale a pena ser motorista de aplicativo?
A resposta depende de diversos fatores, incluindo as condições oferecidas pelas plataformas, a demanda por serviços de transporte e as alternativas disponíveis no mercado de trabalho.
Enquanto isso, é essencial que as plataformas de transporte por aplicativo busquem soluções que valorizem e apoiem seus motoristas, garantindo condições de trabalho justas e sustentáveis.
Afinal, são esses profissionais que movimentam diariamente milhões de ageiros pelas cidades brasileiras.
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