1. Início
  2. / Ciência e Tecnologia
  3. / Missão da NASA flagra momento raro entre Sol e Lua — e o registro impressiona cientistas
Tempo de leitura 3 min de leitura Comentários 0 comentários

Missão da NASA flagra momento raro entre Sol e Lua — e o registro impressiona cientistas

Escrito por Fabio Lucas Carvalho
Publicado em 20/05/2025 às 12:32
sol, nasa, Missão da NASA
Durante o comissionamento, o instrumento NFI do PUNCH capturou esta imagem da Lua nova enquanto ava pelo Sol no céu em 27 de abril de 2025. A Lua nova parece cheia, porque é iluminada pela luz da Terra (luz solar refletida da Terra). A imagem ajudou a equipe do PUNCH a confirmar que a Lua não obscurecerá a visão do NFI da coroa e do vento solar. O círculo escuro perto da parte inferior é a sombra do ocultador do NFI, que esconde o Sol. O ocultador, que ainda não estava totalmente alinhado com o Sol, é cercado por um estreito anel brilhante de luz difratada. Ao redor dele há um grande círculo nebuloso de luz difratada brilhando no ocultador (a Lua está dentro desse círculo). Fora disso, há uma pequena região mais escura do céu que é menos afetada pelo brilho.
Seja o primeiro a reagir!
Reagir ao artigo

Primeiras imagens da missão PUNCH mostram a Lua iluminada pela Terra, luz zodiacal colorida e constelações, confirmando o bom funcionamento dos instrumentos da NASA.

Uma nova missão da NASA registrou imagens impressionantes do Sol, da Lua e do espaço profundo.

Lançada em 11 de março de 2025, a missão PUNCH (Polarímetro para Unificar a Corona e a Heliosfera) começou a enviar seus primeiros registros visuais.

A NASA afirma que os instrumentos estão operando normalmente, e os resultados iniciais já são considerados promissores.

Dia
Xaomi 14T Pro tá um absurdo de potente e barato! Corre na Shopee e garanta o seu agora!
Ícone de Episódios Comprar

Instrumentos distintos para um único objetivo

A missão conta com quatro satélites, cada um equipado com um tipo específico de câmera.

Um deles usa um gerador de imagens de campo estreito (NFI), enquanto os outros três usam sensores de campo amplo (WFIs).

Cada tecnologia foi criada para registrar aspectos diferentes da atmosfera solar e do chamado vento solar — o fluxo de partículas que o Sol libera constantemente pelo Sistema Solar.

O NFI usa um tipo de câmera especial chamada coronógrafo.

Esse equipamento possui um componente chamado ocultador, que bloqueia o centro da imagem onde está o Sol. Isso permite que a câmera registre detalhes finos da coroa solar, que é a parte externa da atmosfera do Sol.

Na primeira imagem registrada por esse instrumento, o ocultador não estava totalmente alinhado. Isso fez com que parte da luz solar escae em torno da borda do bloqueador.

O resultado foi uma imagem curiosa, com um anel brilhante de luz difratada e um grande halo ao redor. No meio desse cenário, a Lua nova aparece, iluminada pela luz solar refletida na Terra.

Imagens do espaço profundo revelam aglomerados estelares

Já as câmeras de campo amplo registraram imagens fascinantes do espaço distante. Todas as três identificaram aglomerados estelares conhecidos, como as Plêiades e as Híades.

As Híades podem ser vistas no canto superior esquerdo do centro, e as Plêiades à direita. (NASA/SwRI)

As imagens foram registradas por meio de filtros que detectam a polarização da luz — uma técnica usada para entender como a luz interage com a matéria.

O sensor WFI-2 gerou uma das imagens mais coloridas da missão até agora.

Essa imagem mostra a chamada luz zodiacal, um brilho fraco gerado pela dispersão da luz solar pela poeira interplanetária. Esse fenômeno geralmente é visível da Terra durante os equinócios, em céus escuros.

Os filtros da câmera foram capazes de mostrar a direção e a intensidade da polarização dessa luz. Assim, os matizes e as cores visíveis não são artificiais: eles representam informações reais sobre como a luz está se comportando ao atravessar o espaço cheio de poeira.

Plêiades, Híades e Cassiopeia entre os destaques

As imagens registradas pelos sensores WFI-1 e WFI-3 também captaram a luz zodiacal. As fotos têm ângulos ligeiramente diferentes, mas trazem elementos semelhantes.

As Plêiades, por exemplo, aparecem nas duas imagens, assim como as Híades e a constelação de Cassiopeia.

Capturada em 16 de abril de 2025, esta é a primeira imagem obtida pelo instrumento WFI-3 do PUNCH. O amplo campo de visão do instrumento revela o brilho da luz zodiacal estendendo-se para cima e para a esquerda. O aglomerado estelar das Plêiades aparece à esquerda, enquanto a galáxia de Andrômeda aparece como um objeto tênue e difuso na extrema direita. A constelação de Cassiopeia (que parece um W esticado) aparece no topo.

Esses registros mostram que todos os instrumentos da missão PUNCH estão funcionando corretamente. A equipe da NASA agora se prepara para a próxima etapa: a calibração dos sensores. Só então o trabalho científico mais detalhado vai começar.

Mesmo assim, a agência americana acredita que essas primeiras imagens já podem trazer pistas importantes sobre como o Sol produz o vento solar — o fenômeno que ajuda a formar a “bolha” do Sistema Solar na Via Láctea.

Inscreva-se
Entre com
Notificar de
guest
0 Comentários
Mais recente
Mais antigos Mais votado
s
Visualizar todos comentários

Fabio Lucas Carvalho

Jornalista especializado em uma ampla variedade de temas, como carros, tecnologia, política, indústria naval, geopolítica, energia renovável e economia. Atuo desde 2015 com publicações de destaque em grandes portais de notícias. Minha formação em Gestão em Tecnologia da Informação pela Faculdade de Petrolina (Facape) agrega uma perspectiva técnica única às minhas análises e reportagens. Com mais de 10 mil artigos publicados em veículos de renome, busco sempre trazer informações detalhadas e percepções relevantes para o leitor. Para sugestões de pauta ou qualquer dúvida, entre em contato pelo e-mail [email protected].

Compartilhar em aplicativos
0
Adoraríamos sua opnião sobre esse assunto, comente!x