O Brasil está entregando sua maior riqueza para a China e quase ninguém fala sobre isso
Você sabia que o Brasil é dono da segunda maior reserva de minerais de terras raras do planeta, ficando atrás apenas da China? Pois é, estamos sentados sobre um verdadeiro tesouro, essencial para a indústria de alta tecnologia global. Mas em vez de usar essa vantagem para virar potência, o país está permitindo que esse recurso vá parar nas mãos erradas. E o pior: com aval do governo.
Enquanto outros países protegem com unhas e dentes seus recursos estratégicos, nós estamos vendendo nossas minas para estrangeiros, incluindo estatais chinesas, que agora controlam partes sensíveis da nossa economia. Isso tem impacto direto na nossa soberania, no setor de defesa e no futuro industrial do país.
O que são terras raras e por que elas valem tanto?
As chamadas terras raras são um grupo de 17 elementos químicos usados em tudo o que há de mais moderno: de smartphones a turbinas eólicas, de baterias de carros elétricos a mísseis militares, radares, lasers e sistemas de comunicação avançados. Ou seja, sem esses minerais, não tem tecnologia de ponta.
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E adivinha quem domina mais de 80% da produção global? A China. Além de ter as maiores reservas, eles também são os líderes no refino e processamento desses elementos, um processo altamente técnico e a poucos países. Essa dependência cria uma espécie de chantagem silenciosa: se Pequim fecha a torneira, o Ocidente para.
O Brasil poderia ser protagonista nesse jogo global
Mesmo com a China no topo, o Brasil tem cerca de 23% das reservas conhecidas de terras raras no mundo. Isso nos coloca como único país com potencial real de rivalizar com os chineses nesse setor. As duas principais minas brasileiras são a Mina de Serra Verde, em Goiás, e a Mina de Pitinga, no Amazonas.
A produção da Serra Verde começou recentemente e deve atingir 5 mil toneladas por ano. De lá saem principalmente Neodímio, Praseodímio, Disprósio e Térbio, todos fundamentais para a produção de ímãs permanentes usados em veículos elétricos, eólicos e equipamentos militares.
Já a mina de Pitinga tem uma particularidade rara: é rica em Hítrio e Xenótimo, que servem para fabricar lasers de precisão e materiais de uso médico, como na radioterapia contra o câncer.
Mas quem realmente controla essas minas? A resposta é chocante: não é o Brasil.
A mina de Serra Verde pertence a uma empresa privada chamada Serra Verde Group, sediada na Suíça. Quem compra quase tudo o que é extraído dali? A China. Segundo o CEO da companhia, Tracy Moraitis, os chineses são praticamente os únicos no mundo com tecnologia para separar os minerais e transformá-los em produtos de valor.
“Eles eram o único cliente que poderiam processar o produto e separá-lo”, declarou Moraitis em entrevista recente.
A mina de Pitinga, por sua vez, estava nas mãos de uma empresa peruana, mas foi vendida para uma estatal chinesa por apenas US$ 340 milhões. A transação levantou suspeitas em Brasília e acendeu um alerta na comunidade internacional. Houve quem dissesse que a China queria explorar urânio da região para fins bélicos, mas segundo a legislação brasileira, a mineração de urânio só pode ocorrer sob fiscalização direta das autoridades e com participação das indústrias nucleares nacionais, o que não é o foco da operação chinesa.
O que realmente interessa a Pequim ali são os minerais de terras raras, que ainda contam com regulamentação frouxa e permissiva no Brasil. E isso já era previsto desde 2011 por um estudo do IPEA, que alertava sobre o interesse chinês não apenas em comprar, mas em controlar diretamente nossas jazidas.
A estratégia da China para colocar as mãos nas minas de terras raras do Brasil
A aquisição direta das minas brasileiras de terras raras faz parte de um plano geopolítico maior da China. O objetivo é claro: manter o domínio sobre os minerais estratégicos e garantir que o mundo continue dependente da capacidade industrial chinesa.
Enquanto isso, o Brasil segue exportando matéria-prima bruta a preços irrisórios, enquanto importa produtos com alto valor agregado, feitos com os nossos próprios recursos naturais. Essa lógica é velha conhecida de quem estuda colonialismo econômico.
A postura do governo Lula, diante disso tudo, tem sido criticada por especialistas. Em nome de não criar atritos com Pequim e garantir investimentos no país, o Planalto vem ignorando o risco estratégico de perder o controle sobre esse setor chave.
Segundo o economista Eduardo Costa, da UFMG, “sem uma política industrial voltada para o processamento local, vamos continuar reféns de países que dominam a tecnologia. Isso é grave para a economia, mas é ainda mais sério quando falamos em defesa nacional”.
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Hipócrita e demonstra muito desconhecimento
FHC privatizou tudo neoliberalismo, nossos minérios na mão de Austrália, Alemanha, Inglaterra etc
Esta matéria chega ser irresponsável, pois o Brasil não tem tecnologia para processar os terras raras, inclusive os Estudos Unidos também não têm. Na verdade o Brasil não tem tecnologia para quase nada e nem terá, num horizonte de curto, médio ou longo prazos, pois um país que não investe em educação e, principalmente, em ciências exatas e engenharias não pode pleitear outra coisa a não ser exportar suas matérias primas e importar manufaturados com altos valores agregados.
No Brasil as pessoas escolhem suas profissões por exclusão das profissões ou cursos que exigem estudos e conhecimentos ex matemática e física, principalmente.