A construção dos dois últimos submarinos nucleares da classe Virginia Bloco V foi contratada para ampliar a força de trabalho naval e reforçar a capacidade de defesa da Marinha dos EUA.
Em um movimento estratégico, a Marinha dos Estados Unidos firmou contratos no valor de mais de US$ 18,5 bilhões para a construção dos dois últimos submarinos nucleares da classe Virginia Bloco V.
As embarcações, que serão batizadas como USS Baltimore (SSN-812) e USS Atlanta (SSN-813), serão construídas pelas empresas General Dynamics Electric Boat (GDEB) e Huntington Ingalls Industries (HII), marcando o encerramento da produção desta importante variante composta por 12 unidades.
Submarinos da classe Virginia Bloco V será um avanço para a Marinha dos Estados Unidos
Os novos contratos representam um o essencial para manter a força e a prontidão da Marinha dos Estados Unidos no cenário global.
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A classe Virginia é considerada uma das mais avançadas da atualidade, sendo projetada para missões de ataque e vigilância em áreas estratégicas.
As duas últimas unidades do Bloco V vêm para consolidar a modernização da frota e integrar tecnologias de ponta ao poderio naval norte-americano.
Segundo o comunicado oficial, cerca de US$ 17,15 bilhões serão destinados à General Dynamics Electric Boat, enquanto a HII receberá US$ 1,29 bilhão para a execução do projeto.
Além da construção dos submarinos, o contrato contempla investimentos no aumento salarial da força de trabalho especializada, bem como melhorias em infraestrutura e sistemas dos estaleiros envolvidos.
Investimento vai além da construção: foco na mão de obra e estrutura industrial
Com o custo dos submarinos aumentando em até 20% nos últimos anos — especialmente devido à escassez de trabalhadores qualificados e à alta dos salários no setor naval — a Marinha dos EUA viu a necessidade de ampliar os valores dos contratos.
Mark Rayha, presidente da General Dynamics Electric Boat, destacou a importância da medida:
“Nos últimos dois anos, firmamos parcerias bem-sucedidas com a Marinha, o Congresso e o Governo para garantir financiamento para aumentar os salários da força de trabalho da construção naval nuclear e realizar investimentos adicionais significativos em capacidade, processos e sistemas de estaleiros.”
Esse reforço financeiro também reflete a preocupação da Marinha com a manutenção de um ritmo estável na produção, diante dos atrasos recentes observados em outros programas, como o das fragatas da classe Constellation.
Redefinindo contratos e distribuindo riscos
Originalmente, a dos contratos para os dois submarinos da classe Virginia estava prevista para o ano fiscal de 2024. No entanto, as negociações foram postergadas por conta de preocupações com os custos crescentes e a necessidade de estabelecer novos mecanismos de controle.
O novo Secretário da Marinha dos EUA, John Phelan, comentou sobre a mudança de abordagem:
“Recentemente, renegociamos o contrato planejado para entregar essa capacidade crítica e distribuir adequadamente os riscos entre a Marinha e a indústria. Revisaremos todos os contratos futuros com a mesma perspectiva para garantir um nível adequado de compartilhamento de riscos e valor para o contribuinte americano.”
Essa nova postura visa tornar mais equilibrada a relação entre governo e setor privado, assegurando eficiência na entrega de projetos estratégicos para a defesa nacional.
Além desses dois, mais submarinos estão a caminho
Apesar dos desafios recentes, a Marinha dos Estados Unidos não pretende desacelerar.
Já está em planejamento um novo ciclo de contratos plurianuais para a construção de até 15 submarinos adicionais, dos quais 10 seriam da classe Virginia Bloco VI e 5 da nova classe Columbia Build II, voltada para missões estratégicas de dissuasão nuclear.