A Marinha do Brasil assinou acordos para reforçar a segurança da central nuclear de Angra com tecnologia antidrones. Dois navios anfíbios britânicos devem ser incorporados à frota. E vem aí um míssil nacional com mais de 100 km de alcance.
A Marinha do Brasil está em plena transformação. Em um pacote estratégico para fortalecer a defesa nacional, a força naval firmou três acordos de peso: proteção aérea contra drones em área sensível, compra de navios anfíbios de assalto e o desenvolvimento de um novo míssil antinavio com alcance superior a 100 km.
O anúncio foi feito em meio à LAAD 2024, maior feira de defesa da América Latina. Mais do que compras pontuais, os acordos fazem parte de um reposicionamento da Marinha do Brasil diante de ameaças modernas e da necessidade de mais autonomia tecnológica.
Tecnologia contra drones: proteção máxima em Angra
A primeira medida reforça a segurança da central nuclear de Angra dos Reis, no Rio de Janeiro. O local, considerado estratégico e sensível, ganhará um sistema antidrones completo — capaz de detectar, rastrear e neutralizar ameaças aéreas não tripuladas.
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Esse sistema será operado pela Marinha do Brasil, com apoio de empresas especializadas no setor de defesa. A tecnologia permite a “blindagem” digital do espaço aéreo da central, evitando espionagem, acidentes ou até possíveis ataques coordenados por drones.
Do Reino Unido para a Marinha do Brasil: navios para projeção de força
Outro acordo importante prevê a incorporação de dois navios anfíbios da classe Albion: o HMS Albion e o HMS Bulwark, ambos atualmente em processo de desativação pela Marinha Real britânica.
Essas embarcações são verdadeiras fortalezas flutuantes: medem mais de 176 metros, transportam tropas, veículos blindados, lanchas de desembarque e ainda possuem pista para helicópteros. A chegada deles vai aumentar significativamente a capacidade da Marinha do Brasil em atuar em desastres naturais, missões humanitárias e operações de combate em regiões costeiras.
A expectativa é que, após reformas e adaptações, os dois navios estejam prontos para operar com bandeira brasileira até 2026.
Míssil brasileiro com alcance de 100 km? Vem aí
O terceiro movimento é mais ousado: um novo míssil antinavio de longo alcance, com tecnologia desenvolvida no Brasil. O projeto, firmado com a empresa SIATT (Sistema Integrado de Alto Teor Tecnológico), prevê a criação de um armamento capaz de atingir alvos a mais de 100 km de distância.
Além de aumentar a capacidade de dissuasão naval, esse tipo de míssil pode ser usado em corvetas, fragatas e até submarinos. A ideia é reduzir a dependência externa e reforçar o parque industrial de defesa nacional.