O Plano de Demissão Voluntária da empresa de energia Eletrobras será o primeiro desde a sua privatização, e cerca de 2.312 pessoas são elegíveis
Começou nesta terça-feira, 01, o PDV (Plano de Demissão Voluntária) da gigante de energia brasileira Eletrobras, o qual foi anunciado pela empresa na última sexta-feira, 28. Esse será o primeiro PDV da empresa de energia elétrica desde a sua privatização, oficializada em 14 de junho deste ano.
O plano de demissão vai custar aproximadamente R$ 1 bilhão e está sendo introduzido de forma simultânea nas empresas Eletrobras CGT Eletrosul, Chesf, Eletronorte e Furnas, além da própria holding, de acordo com informações da agência de notícias Reuters.
A demissão voluntária da Eletrobras é voltada para os empregados aposentados pela previdência oficial ou aposentáveis até 30 de abril de 2023, levando em consideração os critérios do próprio INSS (idade e tempo de contribuição exigidos respectivamente para os anos de 2022 e 2023). Em todas as empresas do grupo, há 2.312 colaboradores elegíveis ao plano de demissão voluntária da empresa de energia.
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Período de adesão
De acordo ainda com a Eletrobras, o payback estimado é de 11,2 meses e o período de adesão vai ser de 1º a 18 de novembro. Os desligamentos vão ocorrer em turmas escalonadas, entre dezembro e abril de 2023.
A Eletrobras afirmou, ainda, que o compromisso de abertura do programa faz parte da proposta do Tribunal Superior do Trabalho (TST) para o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) 2022/2024 e inclui a proposição de condições superiores às oferecidas na última versão do PDV, de 2019.
Privatização da Eletrobras não deve ser parada pelo novo governo
O presidente eleito no domingo, 30, chegou a dizer no decorrer da campanha eleitoral que iria reverter a privatização da Eletrobras se eleito. Porém, ele deu um o para trás nesse tema, pois mesmo que o petista decidisse insistir na reversão do processo de privatização, as chances de sucesso seriam remotas, na opinião de alguns analistas do mercado financeiro.
A análise é que a empresa Eletrobras está protegida de uma eventual reestatização, visto que além da cláusula que limita a 10% o poder de voto de qualquer acionista, existe uma poison pill, ou “pílula de veneno”, um mecanismo que desestimula aquisições agressivas, de 200%, caso qualquer acionista adquira o controle acionário da Eletrobras.
“De acordo com os termos da privatização, o poder de voto de qualquer acionista individual é limitado a 10%. Há também uma poison pill de 200% caso qualquer acionista decida adquirir o controle acionário da empresa, o que neste momento se traduziria em uma conta de mais de 300 bilhões de reais”.