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Largar o CLT para ser motorista de Uber? Em 2025 isso já não vale mais a pena!

Escrito por Alisson Ficher
Publicado em 02/06/2025 às 10:06
Em 2025, largar o CLT para ser motorista de aplicativo não é mais vantajoso. Descubra o que mudou e como isso impacta seus ganhos e segurança.
Em 2025, largar o CLT para ser motorista de aplicativo não é mais vantajoso. Descubra o que mudou e como isso impacta seus ganhos e segurança.

Mudanças drásticas no mercado de motoristas de aplicativo em 2025 impactam ganhos e segurança. Muitos trabalhadores enfrentam desafios financeiros e profissionais, mostrando que o sonho de largar o CLT pode estar longe da realidade atual do setor.

Largar o emprego com carteira assinada (CLT) para se tornar motorista de aplicativo em 2025 já não é mais uma escolha vantajosa.

Quem afirma isso é Arthur Hamilton, motorista experiente e especialista em aplicativos.

Segundo ele, em seu canal no Youtube, a pergunta que não quer calar entre muitos trabalhadores é: será que ainda vale a pena ser motorista de aplicativo este ano?

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Até o ano ado, em 2024, Hamilton itia que sua resposta seria diferente.

“Se você me perguntasse se vale a pena trocar o CLT pelo trabalho com aplicativo, eu diria que, se você ganha menos de R$ 3.000 no CLT, vale a pena sair do CLT e virar motorista de aplicativo”, afirma ele.

Contudo, o cenário mudou drasticamente em 2025.

Hoje, a resposta de Hamilton é direta e enfática: “Não, não vale a pena trocar o CLT para virar motorista de aplicativo, independente do valor que você ganha no CLT.”

Ele explica que, atualmente, os motoristas de aplicativo estão ganhando muito pouco, especialmente fora das grandes capitais como São Paulo e Rio de Janeiro.

Fora desses centros, muitos motoristas fazem cerca de R$ 2 por dia, mas gastam até R$ 50 apenas com combustível.

“Se você gasta R$ 50 de combustível por dia e sobra R$ 150 líquido, está fazendo um bom trabalho”, explica Hamilton.

Para quem financia o carro, como ele próprio, os custos são ainda mais elevados.

“Eu gasto R$ 500 com financiamento e mais o seguro do veículo, totalizando aproximadamente R$ 3.900 por mês.”

Fazendo as contas, com R$ 50 líquidos por dia, descontando R$ 1.500 de despesas, sobra cerca de R$ 2.400 por mês – equivalente a um salário CLT.

Falta de benefícios e insegurança

Hamilton destaca que o motorista de aplicativo não tem os mesmos benefícios e segurança que um trabalhador com carteira assinada.

“No CLT, você tem seguro social, seguro-desemprego e benefícios da Previdência. Já o motorista que não paga CNPJ não tem nenhum lucro real, pois não conta com esses direitos”, explica.

Para ele, trocar seis por meia dúzia não vale a pena: é melhor ficar no CLT, pois lá há segurança e benefícios previdenciários.

Além disso, ele alerta que a situação só tende a piorar.

“A perspectiva para 2025 é que os lucros dos motoristas diminuam ainda mais, porque a cada ano os aplicativos reduzem a tarifa mínima e aumentam a porcentagem que eles ficam do valor da corrida.”

Isso significa que, mesmo com o ageiro pagando caro pela corrida, o motorista fica com uma parte cada vez menor do valor final.

As plataformas, como Uber e 99, ficam com a maior parte do valor.

Fora das grandes cidades, a média líquida de ganhos está em torno de R$ 2.400 por mês, o que para Hamilton não compensa o estresse e os riscos do trabalho.

“Hoje, quando saímos para trabalhar como motoristas, não sabemos se vamos voltar para casa em segurança, considerando a quantidade de assaltos e acidentes que ocorrem.”

Muitos motoristas ainda trabalham sem seguro do veículo e sem pagar CNPJ, o que os deixa desamparados em situações como auxílio-doença.

Ganhos reais e armadilhas do mercado

Hamilton ressalta que as histórias de motoristas ganhando R$ 600 ou até R$ 1.000 por dia, tão comuns nas redes sociais, não refletem a realidade nacional.

“Pode ser que em São Paulo ou Rio de Janeiro ainda seja possível fazer R$ 600 por dia, mas essa não é a realidade no restante do Brasil”, alerta.

Segundo ele, o trabalho só vale a pena para quem já tem experiência no mercado.

“Quando comecei, eu aceitava muitas corridas para regiões que não conhecia, e acabava parado esperando por outra corrida ou voltando ‘batendo lata’”, diz.

O termo “batendo lata” é usado para definir o retorno sem ageiro, o que significa prejuízo.

Hamilton revela que levou cerca de um ano para se adaptar e identificar as melhores regiões para aceitar corridas, algo fundamental para evitar perdas financeiras.

“Se você está pensando em largar o seu emprego CLT para virar motorista de aplicativo, eu aconselho a esperar a poeira baixar. Em janeiro de 2025, eu afirmo que não vale a pena, mas o jogo pode mudar se os aplicativos melhorarem as tarifas para os motoristas”, pondera.

Ele lembra que, em 2017, motoristas de aplicativo ganhavam três ou quatro vezes mais que um trabalhador CLT, algo que hoje está muito distante.

Atualmente, ele aponta que o motorista médio de aplicativo ganha cerca de R$ 400 líquidos por mês – valor equivalente a um salário CLT, porém sem os mesmos benefícios.

Muitos motoristas se endividaram financiando seus carros e hoje enfrentam dificuldades para pagar financiamento, IPVA, manutenção e combustível, especialmente com os lucros cada vez menores.

“Para quem já está dentro do mercado, pode até ser viável continuar, mas para quem está fora, entrar nesse mercado saturado não faz sentido, pois só vai aumentar a concorrência e reduzir ainda mais os ganhos.”

YouTube Video

O futuro incerto e a experiência necessária

Hamilton destaca que, fora das grandes capitais, a média líquida gira em torno de R$ 2.400.

Com o aumento do número de motoristas, esse valor tende a cair ainda mais, até o ponto em que o ganho serve apenas para pagar as contas.

“Hoje, o motorista experiente consegue pagar suas contas e sobra uma mixaria, diferente do ado, quando era possível andar de carro zero, pagar tudo e ainda sobrar um valor considerável.”

Por fim, ele enfatiza que o trabalho como motorista de aplicativo não é tão simples quanto parece.

“Muita gente acha que é só sentar, dirigir e ganhar dinheiro, mas é preciso muita experiência, principalmente geográfica.”

Hamilton ainda destaca a insegurança do dia a dia. “Tem dia que você consegue fazer R$ 200, mas tem muito dia que você a horas parado, sem corridas, e volta para casa no prejuízo.”

A resposta final do especialista é clara. “Não vale mais a pena trocar o trabalho CLT para virar motorista de aplicativo em 2025.”

E você, já pensou em largar o CLT para se tornar motorista de aplicativo? Acha que vale o risco? Compartilhe sua opinião nos comentários!

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Alisson Ficher

Jornalista formado desde 2017 e atuante na área desde 2015, com seis anos de experiência em revista impressa, agens por canais de TV aberta e mais de 12 mil publicações online. Especialista em política, empregos, economia, cursos, entre outros temas. Registro profissional: 0087134/SP. Se você tiver alguma dúvida, quiser reportar um erro ou sugerir uma pauta sobre os temas tratados no site, entre em contato pelo e-mail: [email protected]. Não aceitamos currículos!

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