Startup sul-coreana innospace reprograma missão no maranhão após ajustes técnicos no sistema de propulsão
A empresa sul-coreana Innospace anunciou, em 2 de junho de 2025, o adiamento do lançamento do foguete Hanbit-Nano no Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), no Maranhão. Inicialmente previsto para julho, o lançamento foi reprogramado para o segundo semestre do ano.
A decisão ocorreu após a identificação de questões técnicas relacionadas à bomba elétrica e ao sistema de propulsão híbrida do primeiro estágio do veículo. Essas falhas foram detectadas durante os preparativos para o teste de qualificação, o que exigiu uma análise técnica mais rigorosa.
A medida visa garantir a integridade técnica e o sucesso da missão. Ele afirmou que as questões técnicas identificadas nos testes recentes podem comprometer o desempenho do lançador e, portanto, precisam ser resolvidas com antecedência.
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Hanbit-nano: inovação no transporte de pequenos satélites
O Hanbit-Nano é um lançador de pequenos satélites desenvolvido pela Innospace. Ele possui capacidade para transportar cargas úteis de até 50 kg para órbitas polares, a cerca de 500 km de altitude.
Esse foguete representa uma evolução do Hanbit-TLV. O voo suborbital de teste do modelo anterior foi realizado em março de 2023, também em Alcântara. O objetivo, à época, foi validar o motor do primeiro estágio que agora integra o Hanbit-Nano.
O lançamento deste novo veículo representa um o importante para consolidar o CLA como centro de referência em lançamentos de foguetes de pequeno porte. Essa movimentação impulsiona ainda mais a inserção do Brasil no competitivo mercado espacial internacional.
Além disso, o projeto destaca o avanço tecnológico sul-coreano em cooperação com o Brasil, promovendo transferência de conhecimento e estímulo à inovação no setor aeroespacial.
Alcântara: localização estratégica para lançamentos espaciais
O Centro de Lançamento de Alcântara é considerado um dos mais promissores do mundo para lançamentos espaciais. Localizado a apenas 2°18′ da Linha do Equador, permite uma economia de até 30% no consumo de combustível, graças à velocidade de rotação da Terra.
Sua posição geográfica favorece lançamentos em diferentes tipos de órbitas. Outro ponto positivo é a baixa densidade populacional da região, o que reduz os riscos operacionais e melhora a segurança das missões.
A infraestrutura do CLA vem sendo aprimorada continuamente, com o objetivo de torná-lo uma base internacionalmente competitiva. O centro é estratégico para o Brasil e para empresas estrangeiras que buscam alternativas mais econômicas e eficientes para lançamentos orbitais.
Com a reprogramação do Hanbit-Nano, o CLA reforça sua imagem como opção viável e moderna para missões espaciais de alta precisão.
Parcerias internacionais impulsionam o programa espacial brasileiro
Em 2021, o governo brasileiro divulgou uma lista de empresas autorizadas a operar lançamentos orbitais e suborbitais a partir de Alcântara. A Innospace é uma das companhias estrangeiras que integram esse projeto de internacionalização do espaço aéreo brasileiro.
Essas parcerias têm o objetivo de fortalecer o Programa Espacial Brasileiro. Ao mesmo tempo, atraem investimentos, fomentam a inovação e contribuem para o avanço tecnológico do país.
O lançamento do Hanbit-Nano é apenas uma das ações previstas dentro desse novo ciclo de cooperação. O sucesso da missão será fundamental para consolidar novas oportunidades de negócios e desenvolvimento industrial na região.
Com mais testes previstos e ajustes sendo feitos, a missão representa um marco para o setor aeroespacial nacional. Ela também mostra a capacidade do país de operar em conjunto com empresas globais de alta tecnologia.
Perspectiva positiva para o setor aeroespacial no Brasil
Apesar do adiamento do lançamento do Hanbit-Nano, a Innospace reforça, portanto, seu compromisso com a segurança e, além disso, com a excelência técnica. A reprogramação, por conseguinte, demonstra responsabilidade e, também, alinhamento com as melhores práticas do setor espacial.
Desse modo, esse movimento estratégico fortalece, ainda mais, a imagem da base de Alcântara como um centro internacional de lançamentos. Além disso, estimula a confiança de novos investidores interessados em explorar o potencial da região.
Com previsão de lançamento ainda em 2025, a missão, portanto, pode representar um ponto de inflexão para o Brasil no cenário aeroespacial. Além disso, a expectativa é de que o país amplie sua relevância no mercado global e, consequentemente, avance no desenvolvimento de tecnologias próprias.
Nesse contexto, a cooperação com empresas como a Innospace, por sua vez, reforça a vocação do Brasil como ator estratégico em lançamentos espaciais. Assim, o futuro das missões a partir de Alcântara segue promissor, ainda que haja necessidade de ajustes no cronograma.