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Japão testa novo canhão eletromagnético no navio JS Asuka; sistema já alcançou mais de 2.000 m/s em testes anteriores

Escrito por Valdemar Medeiros
Publicado em 11/04/2025 às 11:48
Japão testa novo canhão eletromagnético no navio JS Asuka; sistema já alcançou mais de 2.000 m/s em testes anteriores
Foto: IA

Japão está investindo em novo canhão eletromagnético e promete inovar no setor de armas. Equipamento realizou 120 disparos com sucesso durante testes.

O Japão começou os testes de uma variante do novo canhão eletromagnético (railgun) no navio experimental JS Asuka (ASE-6102), conforme imagens divulgadas no X no dia 9 de abril de 2025. A arma, que conta com um design angular, parece ser um grande avanço do sistema testado pela primeira vez em março de 2023, desenvolvido pela Agência de Aquisição, Tecnologia e Logística do Japão (ATLA).

Novo canhão eletromagnético é estudado há mais de 15 anos

O navio JS Asuka, lançado em 1994, é uma embarcação única na frota da Força Marítima de Autodefesa do Japão (JMSDF), utilizado unicamente como plataforma de testes.

O navio conta com 151 metros de comprimento e deslocamento de 6.200 toneladas, que já serviu de base para experimentos com radares, sistemas de propulsão, mísseis e torpedos ao longo de quase 30 anos. Seu histórico inclui testes do sonar OQQ-XX, do radar FCS-3 e da propulsão híbrida COGLAG, além de contribuições em resposta a desastres naturais.

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Um projétil disparado pelo canhão eletromagnético (Railgun) testado pela Marinha dos Estados Unidos.

O Asuka conta com hangar para helicópteros H-60 e espaço para equipamentos de sonar rebocado, sendo frequentemente modificado para acomodar tecnologias. Em 2022, este participou do teste do míssil antiaéreo A-SAM, atualmente conhecido como Tipo 23, e nos últimos anos foi otimizado para testes do sonar VDS+TASS da classe de fragatas Mogami.

O projeto do novo canhão eletromagnético japonês começou com pesquisas nos anos 2010 e evoluiu para o desenvolvimento de um modelo de 40 mm.

Em 2022, o sistema alcançou velocidades que ultraaram a 2.000 m/s e realizou 120 disparos com sucesso. Em outubro de 2023, foi realizado o primeiro teste de disparo do equipamento no mar do mundo, com um modelo de 6 metros de comprimento e 8 toneladas instalado no navio.

Saiba como foi o teste realizado pelo Japão

O teste utilizou dois tipos de projéteis de 320 gramas e contou com um sistema de fornecimento de energia composto por quatro contêineres, incluindo um banco de capacitores com capacidade de 5 megajoules. Em imagens divulgadas, é possível notar o extenso cabeamento e a montagem robusta do sistema presente no navio.

O Japão também tem fechado contratos com parceiros internacionais no desenvolvimento de armas eletromagnéticas. Um engenheiro da ATLA foi designado para um centro de pesquisa da Marinha dos Estados Unidos entre os anos de 2023 e 2024, e em maio do mesmo ano, Tóquio assinou um acordo de cooperação com a França e Alemanha para trocas de dados e possíveis projetos conjuntos.

O novo caminhão eletromagnético faz parte da estratégia do Japão de desenvolver capacidades de intercepção contra ameaças hipersônicas. Os planos do Ministério da Defesa incluem protótipos de versões navais de pequeno calibre até 2027 e modelos de médio calibre para uso terrestre e embarcado até 2028, com miniaturização do sistema de energia prevista para a partir de 2030.

Saiba o que é um canhão eletromagnético

Os canhões eletromagnéticos exploram o eletromagnetismo para poderem disparar objetos mesmo a velocidades muito elevadas. Na realidade, esse tipo de instrumento possui uma história secular. De fato, o primeiro projeto deste tipo foi realizado em 1918 pelo francês Louis Octave Fauchon-Villeplee e tinha obviamente objetivos bélicos.

Esse primeiro protótipo de canhão elétrico era constituído por duas hastes condutoras paralelas ligadas pelas asas de um projétil. Todo esse dispositivo era então inteiramente rodeado por um campo magnético.

Ao longo dos anos, essa ideia foi retomada inúmeras vezes, por exemplo, durante a Segunda Guerra Mundial, foi explorada pelo alemão Joachim Hansler para conceber um canhão antiaéreo elétrico. Ainda hoje, esse tipo de tecnologia continua a ser explorado quase exclusivamente pelas forças armadas de vários países.

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Valdemar Medeiros

Jornalista em formação, especialista na criação de conteúdos com foco em ações de SEO. Escreve sobre Indústria Automotiva, Energias Renováveis e Ciência e Tecnologia

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