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Japão e Estados Unidos simulam ataque a embarcações chinesas em exercício militar conjunto

Publicado em 23/04/2025 às 14:56
Aliança militar entre Japão e Estados Unidos avança com simulação estratégica envolvendo conflito no Estreito de Taiwan e resposta coordenada contra embarcações chinesas.
Aliança militar entre Japão e Estados Unidos avança com simulação estratégica envolvendo conflito no Estreito de Taiwan e resposta coordenada contra embarcações chinesas. Imagem: China Military

Aliança militar entre Japão e Estados Unidos avança com simulação estratégica envolvendo conflito no Estreito de Taiwan e resposta coordenada contra embarcações chinesas.

Em um movimento que evidencia o crescente alinhamento estratégico entre Japão e Estados Unidos, os dois países conduziram, em fevereiro de 2024, um exercício militar conjunto sem precedentes. A operação simulou um cenário de alta tensão geopolítica: uma invasão chinesa à ilha de Taiwan. O treinamento, batizado de “Keen Edge”, trouxe à tona a disposição do Japão em atuar de forma mais assertiva em defesa da estabilidade regional, utilizando o direito de autodefesa coletiva para responder ao avanço militar chinês.

Simulação detalha resposta militar coordenada no Pacífico

O exercício “Keen Edge”, realizado regularmente a cada dois anos, alcançou um novo patamar em 2024 ao incluir, pela primeira vez, um cenário de contingência diretamente ligado a um eventual conflito entre a China e Taiwan.

O treinamento conjunto refletiu o aprofundamento da parceria militar entre os Estados Unidos e o Japão, além de consolidar novas diretrizes de defesa adotadas pelo governo japonês após revisões recentes de sua política de segurança.

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A simulação partiu da hipótese de uma ofensiva chinesa contra Taiwan, acompanhada de ataques a bases militares americanas localizadas no território japonês.

Apesar das ofensivas, o governo japonês avaliou que os ataques não configuravam uma agressão direta ao Japão.

Ainda assim, o episódio foi classificado como uma ameaça existencial, o que permitiu ao país invocar o direito de autodefesa coletiva e apoiar as forças armadas dos EUA em resposta à ameaça.

Caças japoneses atacam embarcações chinesas em cenário simulado

Em uma das ações centrais do exercício militar, caças da Força Aérea de Autodefesa do Japão foram mobilizados para lançar mísseis antinavio contra embarcações de transporte da China que cruzavam o Estreito de Taiwan.

A decisão de atacar embarcações anfíbias em vez de porta-aviões foi estratégica: os alvos escolhidos estavam diretamente envolvidos na simulação de desembarque de tropas chinesas na ilha, o que demandava uma resposta imediata.

A operação ainda envolveu um episódio simulado de desembarque de forças chinesas na Ilha Yonaguni, o território mais ocidental do Japão. Em resposta, a Força Terrestre de Autodefesa deslocou tropas a partir da ilha de Kyushu para reforçar as defesas nas ilhas do sudoeste japonês.

A movimentação revelou desafios logísticos relevantes, como o uso compartilhado de pistas de pouso por aeronaves de transporte e caças, gerando discussões sobre prioridades operacionais.

Cooperação entre Japão e EUA ganha reforço com participação australiana

Pela primeira vez na história do Keen Edge, o exercício contou com a participação de forças da Austrália, sinalizando uma expansão do eixo de cooperação militar no Indo-Pacífico.

A presença australiana reforça os laços estratégicos entre democracias da região e ressalta o papel crescente do Japão como pilar de segurança regional diante do avanço militar da China.

Esse contexto também se alinha à criação do novo Comando de Operações Conjuntas do Japão, cuja implementação formal está prevista para março de 2025.

O exercício serviu como teste antecipado da nova estrutura de comando, permitindo ajustes estratégicos e operacionais a partir dos resultados da simulação.

Defesa japonesa em transformação: de postura iva à ação estratégica

A edição de 2024 do Keen Edge marca uma inflexão na doutrina de segurança nacional do Japão. Com base nas reinterpretações constitucionais adotadas nos últimos anos, o país vem abandonando progressivamente sua postura exclusivamente defensiva, ampliando seu papel em ações coordenadas com aliados, especialmente os Estados Unidos.

Para o chefe do Estado-Maior Conjunto, Yoshida Keishū, “foi um exercício qualitativamente superior em comparação com as edições anteriores”.

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Andriely Medeiros de Araújo

Sou graduanda e atuo como redatora no Click Petróleo e Gás, onde escrevo sobre vagas, concursos, cursos, indústria e temas relacionados. Com cerca de dois anos de experiência na área, já publiquei mais de 3.500 artigos em diversos sites e, diariamente, me dedico a produzir conteúdos informativos e verídicos. Tenho uma grande paixão pela escrita, leitura e cinema.

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