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Irã revela base subterrânea com mísseis prontos para ataque, mas falha de segurança pode colocar tudo a perder

Escrito por Bruno Teles
Publicado em 28/03/2025 às 14:53
Irã revela cidade de mísseis no subsolo, mas estrutura sem isolamento preocupa especialistas
Irã revela cidade de mísseis no subsolo, mas estrutura sem isolamento preocupa especialistas

Novo vídeo do governo iraniano mostra um complexo subterrâneo de mísseis com plataformas móveis e armas de longo alcance. Apesar da força exibida, analistas apontam que a estrutura não possui isolamento entre os compartimentos, criando risco real de explosão em cadeia.

O Irã acaba de mostrar ao mundo o que chama de “Cidade dos Mísseis”, uma enorme base subterrânea recheada de armamentos pesados e pronta para responder a qualquer ameaça. A exibição, feita por líderes militares em março de 2025, parece uma demonstração de força. Mas especialistas perceberam algo grave no vídeo: uma falha estrutural que pode tornar todo o complexo vulnerável em caso de ataque.

As imagens exibem corredores longos, cheios de mísseis balísticos e ogivas enfileiradas, tudo em túneis conectados e sem divisões. A falta de portas de contenção entre os compartimentos levanta o alerta para um possível “efeito dominó” se uma única detonação acontecer dentro da estrutura.

O arsenal da Cidade dos Mísseis que o mundo viu pela primeira vez

O vídeo divulgado pela mídia estatal mostra altos generais iranianos caminhando lado a lado por túneis profundos. Ao redor deles, estão armamentos como os mísseis Kheibar Shekan, Sejjil, Emad, Qadr e o míssil de cruzeiro Paveh, todos com longo alcance e poder destrutivo.

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A base estaria a cerca de 500 metros abaixo do solo, segundo a CNN Brasil, o que dificultaria ataques convencionais. Mas essa profundidade, por si só, não garante invulnerabilidade. As imagens revelam que os mísseis estão lado a lado, sem barreiras físicas entre eles. Isso pode transformar qualquer impacto direto em uma sequência de explosões incontroláveis.

Exibição estratégica ou propaganda arriscada?

YouTube Video

A revelação da base veio num momento delicado. Os Estados Unidos aumentaram sua presença no Oriente Médio, com bombardeiros B-2 posicionados na Ilha de Diego Garcia, armados com bombas de penetração como a MOP, capazes de atravessar dezenas de metros de concreto e solo antes de explodir.

Analistas militares acreditam que o vídeo divulgado pelo Irã da Cidade dos Mísseis tem como objetivo mostrar que o país está preparado para revidar qualquer ofensiva. No entanto, a mensagem pode ter saído pela culatra: ao mostrar os detalhes da base, o governo iraniano pode ter revelado, sem querer, seu ponto fraco mais perigoso.

Bases subterrâneas já foram alvos antes

Essa não é a primeira vez que bunkers subterrâneos entram em pauta. Em setembro de 2024, Israel destruiu um centro de produção de mísseis no noroeste da Síria com precisão cirúrgica. A ação combinou infiltração por helicóptero, coleta de dados e ataque com bombas especializadas.

Outro caso recente envolveu o uso de bombas bunker-buster contra um centro de comando em Beirute, eliminando um dos líderes do Hezbollah. Esses episódios mostram que, mesmo as instalações mais protegidas, estão longe de ser impenetráveis com a tecnologia militar atual.

Riscos reais dentro da “fortaleza” iraniana

O grande problema está na arquitetura interna da Cidade dos Mísseis. Túneis contínuos, sem divisões entre os setores, tornam a base uma bomba-relógio. Em caso de falha técnica ou ataque externo, uma única explosão pode iniciar uma reação em cadeia e inutilizar toda a estrutura.

Túneis desse tipo precisam de entradas para veículos, ventilação, energia e comunicação, todos pontos frágeis que podem ser mapeados por satélites, drones ou agentes infiltrados. Um ataque bem calculado pode selar entradas, cortar oxigênio e enterrar os equipamentos (e operadores) sob toneladas de concreto.

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Bruno Teles

Falo sobre tecnologia, inovação, petróleo e gás. Atualizo diariamente sobre oportunidades no mercado brasileiro. Com mais de 7.000 artigos publicados nos sites G, Naval Porto Estaleiro, Mineração Brasil e Obras Construção Civil. Sugestão de pauta? Manda no [email protected]

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