Julho, de acordo com as prévias, teve baixa na inflação. No entanto, o setor de serviços ainda é prejudicado por não conseguir rear custos.
Apesar das porcentagens não terem sido reveladas oficialmente até o momento, de acordo com o Infomoney na última terça-feira, 26 de julho, as prévias da inflação de julho apresentam queda de 0,13% após cortes em impostos de ICMS e queda nos combustíveis. A economista Fabia Louzada afirmou que o resultado foi tão positivo e fora do esperado, que a última vez que o país representou situação semelhante foi em 2020. O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA-15) apresentou deflação de 1,5% nos valores istrados e, se continuar no mesmo ritmo, é estimado que os custos de serviços e produtos voltem a diminuir após intensa alta, intensificada após a guerra entre a Rússia e a Ucrânia.
Um relatório publicado pelo Goldman Sachs mostra que a inflação negativa no mês de julho é reflexo da diminuição dos impostos de ICMS por alguns estados, como aconteceu com Minas gerais (MG), em que Zema alertou que diminuiria os tributos sobre a gasolina para controlar os preços, mas se mostrou preocupado com os possíveis impactos que a decisão estadual poderia tomar.
O governo de Jair Bolsonaro criou, neste mês, um projeto com intuito reduzir as cobranças de ICMS dos estados, onde a escala federal seria responsável por rear valores de caixa aos governos para controlar os preços dos combustíveis aos consumidores. Em ao menos 20 estados brasileiros, o valor do litro da gasolina era cotado a mais de R$ 7 desde o ano ado.
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Inflação em julho: Gasolina apresenta queda mas valor do diesel ainda é preocupante
Cidades litorâneas do estado de Santa Catarina (SC) estão com o valor do litro de gasolina girando em torno de R $5,9. No entanto, apesar da queda do litro, que anteriormente chegou a R$ 7,5, o diesel continua com preços elevados e preocupando os índices de inflação e preços aos consumidores, chegando a flertar com a faixa de R$ 8 e prejudicando drasticamente o setor de transportes. Empresas de transporte fecharão o ano com inflação acima de 10% sem ser reada aos clientes.
Uma parcela dos combustíveis catarinenses se deve ao imposto de ICMS: Luciano Hang, dono da Havan e de postos de gasolina, criou o dia do imposto zero no mês de junho. O empresário estava cobrando apenas R$ 4,99 por cada litro sem imposto (gasolina normalmente estava a quase R$ 7 na época) e criou filas de longos quilômetros de clientes para abastecer os veículos. Cada pessoa poderia levar para casa até 15 litros de gasolina.
Com os combustíveis mais caros, os caminhoneiros devem rear os preços dos fretes e, com os fretes elevados, é estimado que os produtos enriqueçam para compensar o preço pago para chegarem ao consumidor final, inclusive dentro dos mercados. Logo, há um efeito dominó sobre a economia e aumento repetindo da inflação.
Medidas políticas aprovadas em julho afetarão de forma mais intensa o mercado em agosto e setembro, afirma CM Capital
De acordo com a CM Capital, o mês de julho está sofrendo com a deflação devido a políticas recentes aprovadas pelo governo federal para diminuição de tributos. No entanto, elas ainda não apresentam impactos tão significativos como apresentarão a partir do mês de agosto.
Apesar disso, de acordo com o afirmado pela Raone Costa, economista-chefe da Alpha Tree, o aumento dos preços de serviços ainda é menor que os produtos, mas acontece uma inércia no setor, visto que as empresas estão tentando, a todo custo, não rear essa variação para os consumidores finais. Costa argumenta que essa notícia não é tão positiva para a economia e que os impactos desta deflação chegarão a longo prazo.
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