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Indústria de gás natural no Brasil ainda enfrenta gargalos de infraestrutura, alerta presidente do IBP

Escrito por Sara Aquino
Publicado em 14/05/2025 às 20:32
Apesar de avanços regulatórios e maior abertura de mercado, indústria de gás natural carece de investimentos em transporte e integração entre produtor e consumidor, diz Roberto Ardenghy.
Fonte: Brasil 247.

Apesar de avanços regulatórios e maior abertura de mercado, indústria de gás natural carece de investimentos em transporte e integração entre produtor e consumidor, diz Roberto Ardenghy.

O setor de gás natural brasileiro tem registrado avanços importantes nos últimos anos, mas ainda enfrenta um entrave essencial para seu pleno desenvolvimento: a infraestrutura de transporte.

A avaliação é do presidente do Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP), Roberto Ardenghy, que destacou nesta quarta-feira (14), durante a abertura do 21º Seminário de Gás Natural, no Rio de Janeiro, que a indústria nacional precisa amadurecer para acompanhar o padrão de outros países.

“É preciso amadurecer a nossa indústria de gás. Ela ainda é incipiente quando a gente compara com outros países do mundo”, afirmou.

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Infraestrutura limitada ainda é barreira para expansão

Um dos principais obstáculos enfrentados pela indústria do gás natural no Brasil é a ausência de uma rede robusta de dutos, essencial para conectar regiões produtoras aos centros consumidores.

De acordo com Ardenghy, diferente do petróleo, que pode ser transportado facilmente em caminhões, o gás natural depende de uma malha dutoviária estruturada. “É preciso gerar uma infraestrutura de transporte para fazer com que o gás se conecte entre produtor e consumidor”, enfatizou.

Esse desafio logístico compromete a competitividade do insumo e limita o aproveitamento do potencial energético do país, que é hoje um dos grandes produtores e consumidores de gás natural da América Latina.

Seminário discute avanços e caminhos para o setor de gás natural

O 21º Seminário de Gás Natural, promovido pelo IBP, reúne até esta quinta-feira (15) especialistas nacionais e internacionais no Hotel Fairmont, em Copacabana.

O encontro tem como objetivo avaliar os rumos do setor e debater soluções para suas deficiências estruturais.

Representando a presidente da Petrobras, Magda Chambriard, o diretor de Dutos e Terminais da Transpetro, Márcio Guimarães, destacou os progressos acumulados nas últimas décadas:

“É necessário avançar em diversos aspectos, mas é preciso considerar tudo o que já foi feito nos últimos 30 anos. Tem um trabalho consistente realizado”, disse.

Novo marco regulatório estimula mercado mais competitivo

Desde a implementação do novo marco regulatório há cerca de quatro anos, o setor começou a dar sinais de diversificação e maior flexibilidade.

Apesar da atuação ainda predominante da Petrobras no segmento, Roberto Ardenghy reconheceu mudanças relevantes no perfil do mercado.

“Hoje, o Brasil não é só um produtor, mas nós já estamos começando a trazer gás de outras fontes, como a Argentina, por exemplo. O mercado está muito mais flexível, muito mais dinâmico que no ado”, ressaltou.

A visão geral dos especialistas aponta para um futuro promissor, caso haja esforço conjunto entre governo, iniciativa privada e investidores para expandir a malha de transporte e fomentar a competitividade.

O IBP tem reforçado a importância de uma agenda de desenvolvimento que integre infraestrutura, regulação e planejamento de longo prazo, consolidando a indústria do gás natural como vetor de crescimento econômico e transição energética no Brasil.

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Sara Aquino

Farmacêutica Generalista e Redatora. Escrevo sobre Empregos, Cursos, Ciência, Tecnologia e Energia. Apaixonada por leitura, escrita e música.

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