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Importante rodovia (BR) terá mega duplicação e isso acarretará a desapropriação de cerca de 2 MIL famílias

Escrito por Alisson Ficher
Publicado em 22/10/2024 às 02:40
Duplicação da BR-381 promete melhorar o tráfego em MG, mas deixará 2 mil famílias sem casa. O impacto social será inevitável.
Duplicação da BR-381 promete melhorar o tráfego em MG, mas deixará 2 mil famílias sem casa. O impacto social será inevitável.

Duplicação da BR-381 trará melhorias para o tráfego, mas ao custo de desapropriar 2 mil famílias. O impacto social dessa obra será grande e levanta dúvidas sobre a realocação e o e às pessoas afetadas.

Uma das rodovias mais importantes de Minas Gerais está prestes a ar por uma transformação que pode afetar milhares de pessoas.

A duplicação de um trecho crucial da BR-381, que liga Belo Horizonte a cidades da região, vem sendo aguardada há anos.

Mas o que muitos não sabem é que essa obra vai impactar diretamente a vida de cerca de 2 mil famílias, que serão desapropriadas para dar lugar ao novo traçado.

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No meio de promessas de melhorias, segurança e desenvolvimento, surgem perguntas inquietantes: quais serão as consequências sociais dessa obra monumental? E será que todos serão realocados de maneira justa?

O início das obras e o investimento bilionário

O contrato para a duplicação da BR-381, entre Caeté e o distrito de Ravena, foi assinado, marcando o início de um projeto ambicioso.

O investimento é de R$ 393,7 milhões, um montante que, segundo o governo federal, será utilizado para duplicar, restaurar e melhorar quase 20 quilômetros da rodovia.

Essa área é conhecida pelos longos congestionamentos e, por isso, a obra é vista como uma solução para resolver problemas de infraestrutura que duram décadas.

Segundo o Diário Oficial da União, a empresa responsável pela execução, a Construtora Luiz Costa Ltda, terá seis meses para preparar os projetos básicos e executivos.

Apenas após essa etapa, que termina em abril de 2024, as máquinas começarão a trabalhar no local.

Uma promessa que gera entusiasmo… e preocupação

De acordo com o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, essa obra é um “sonho” que finalmente está se tornando realidade.

Em suas redes sociais, ele celebrou o contrato e destacou a importância da duplicação para a segurança dos motoristas.

Além disso, ele enalteceu o papel do ministro dos Transportes, Renan Filho, que colocou Minas Gerais novamente no foco dos investimentos em estradas.

No entanto, junto com o entusiasmo, surgem preocupações. Cerca de 2 mil famílias serão desapropriadas para que o novo traçado da rodovia possa ser construído.

Isso significa que muitas pessoas terão que deixar suas casas e esperar por uma realocação justa, que, muitas vezes, acaba sendo um processo demorado e complicado.

Um trecho crítico e a divisão em lotes

A obra que será realizada faz parte do chamado Lote 8A, que abrange o trecho entre Caeté e Ravena.

Em setembro deste ano, o edital para a duplicação foi finalmente publicado, mas com uma alteração significativa:

a transferência das obras da saída de Belo Horizonte para o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit).

Isso levou à divisão da rodovia em dois lotes: o 8A e o 8B, facilitando a organização do processo.

O prefeito de Sabará, Wander Borges, expressou seu apoio ao projeto e se colocou à disposição para contribuir com o que for necessário.

Ele ressaltou a importância da duplicação para o desenvolvimento da região e a economia do estado, já que a BR-381 é uma das vias mais movimentadas e estratégicas de Minas Gerais.

O leilão que movimentou o setor de transportes

Em agosto de 2024, uma importante etapa foi concluída com o leilão de concessão de um trecho de 303,4 quilômetros da BR-381, ligando Belo Horizonte a Governador Valadares.

A vencedora do leilão foi a empresa 4UM Investimentos, que demonstrou interesse após o governo federal realizar alterações significativas no projeto.

Essas mudanças incluíram a retirada do trecho entre Belo Horizonte e Caeté, considerado problemático devido aos riscos geológicos e à complexidade jurídica necessária para a realização das obras.

Segundo especialistas do setor, essa retirada foi essencial para evitar mais leilões desertos, como havia acontecido anteriormente.

Impacto social: quem vai pagar o preço?

O principal ponto de atenção nesse processo todo é o impacto social que essa obra vai causar. Cerca de 2 mil famílias serão diretamente atingidas, com suas propriedades sendo desapropriadas.

A questão é: como essas pessoas serão realocadas? Haverá e suficiente para garantir que elas tenham moradias adequadas e um reassentamento digno?

A experiência com outras obras de infraestrutura no Brasil mostra que realocar tantas pessoas é sempre um processo complexo, que pode se arrastar por anos e deixar muitas famílias em situação vulnerável.

Além disso, o ritmo das desapropriações muitas vezes não acompanha o avanço das obras, o que pode gerar ainda mais problemas.

O que vem a seguir na BR-381?

O prefeito de Sabará e outras lideranças políticas locais têm se mobilizado para acompanhar de perto o andamento das licitações para o Lote 8B, o outro trecho da BR-381 que também será duplicado.

Segundo informações do governo, uma reunião com membros da Controladoria-Geral da União está marcada para discutir o processo e os próximos os.

Essa duplicação, embora necessária para melhorar o tráfego e a segurança, carrega uma série de desafios logísticos e sociais que precisam ser enfrentados.

E, ao longo dos próximos anos, será interessante ver como o governo federal, as empresas envolvidas e a sociedade civil irão lidar com as demandas que surgirão.

O futuro da BR-381: desenvolvimento a qualquer custo?

As obras de duplicação da rodovia BR-381 prometem trazer benefícios para a economia da região e melhorar a segurança dos motoristas.

Mas, ao mesmo tempo, levantam questões sobre o custo social desse desenvolvimento. Será que as 2 mil famílias desapropriadas receberão a atenção que merecem?

Você acredita que o progresso justifica os impactos sociais causados por grandes obras de infraestrutura como essa?

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Eônio
Eônio
22/10/2024 11:06

O progresso é inevitável. A melhora na infraestrutira é crucial. Vidas e mais vidas poderão ser poupadas de sofrerem acidentes graves. As próprias familias ribeirinhos sofrem com seu precário trânsito a pé pelo local atual. São carretas, ônibus e automóveis cruzando o Brasil por aí.

Rafael Fernandes
Rafael Fernandes
22/10/2024 11:29

Ratifico o comentário acima. Essa obra é essencial para o avanço da nossa infraestrutura e para poupar vidas que são perdidas nos inúmeros acidentes que essa estrada causa. Muitos moradores, inclusive, invadiram a faixa de domínio da rodovia. Claro que é importante pensar em uma realocação digna e criteriosa, mas essa obra já sairá com atraso de décadas.

José Melo
José Melo
22/10/2024 14:41

Estas famílias ocuparam as margens da rodovia de forma totalmente ilegal por muitos anos. Autoridades nunca fizeram nada. Agora se am por vítimas.

Alisson Ficher

Jornalista formado desde 2017 e atuante na área desde 2015, com seis anos de experiência em revista impressa, agens por canais de TV aberta e mais de 12 mil publicações online. Especialista em política, empregos, economia, cursos, entre outros temas. Registro profissional: 0087134/SP. Se você tiver alguma dúvida, quiser reportar um erro ou sugerir uma pauta sobre os temas tratados no site, entre em contato pelo e-mail: [email protected]. Não aceitamos currículos!

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