Duplicação da BR-381 trará melhorias para o tráfego, mas ao custo de desapropriar 2 mil famílias. O impacto social dessa obra será grande e levanta dúvidas sobre a realocação e o e às pessoas afetadas.
Uma das rodovias mais importantes de Minas Gerais está prestes a ar por uma transformação que pode afetar milhares de pessoas.
A duplicação de um trecho crucial da BR-381, que liga Belo Horizonte a cidades da região, vem sendo aguardada há anos.
Mas o que muitos não sabem é que essa obra vai impactar diretamente a vida de cerca de 2 mil famílias, que serão desapropriadas para dar lugar ao novo traçado.
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No meio de promessas de melhorias, segurança e desenvolvimento, surgem perguntas inquietantes: quais serão as consequências sociais dessa obra monumental? E será que todos serão realocados de maneira justa?
O início das obras e o investimento bilionário
O contrato para a duplicação da BR-381, entre Caeté e o distrito de Ravena, foi assinado, marcando o início de um projeto ambicioso.
O investimento é de R$ 393,7 milhões, um montante que, segundo o governo federal, será utilizado para duplicar, restaurar e melhorar quase 20 quilômetros da rodovia.
Essa área é conhecida pelos longos congestionamentos e, por isso, a obra é vista como uma solução para resolver problemas de infraestrutura que duram décadas.
Segundo o Diário Oficial da União, a empresa responsável pela execução, a Construtora Luiz Costa Ltda, terá seis meses para preparar os projetos básicos e executivos.
Apenas após essa etapa, que termina em abril de 2024, as máquinas começarão a trabalhar no local.
Uma promessa que gera entusiasmo… e preocupação
De acordo com o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, essa obra é um “sonho” que finalmente está se tornando realidade.
Em suas redes sociais, ele celebrou o contrato e destacou a importância da duplicação para a segurança dos motoristas.
Além disso, ele enalteceu o papel do ministro dos Transportes, Renan Filho, que colocou Minas Gerais novamente no foco dos investimentos em estradas.
No entanto, junto com o entusiasmo, surgem preocupações. Cerca de 2 mil famílias serão desapropriadas para que o novo traçado da rodovia possa ser construído.
Isso significa que muitas pessoas terão que deixar suas casas e esperar por uma realocação justa, que, muitas vezes, acaba sendo um processo demorado e complicado.
Um trecho crítico e a divisão em lotes
A obra que será realizada faz parte do chamado Lote 8A, que abrange o trecho entre Caeté e Ravena.
Em setembro deste ano, o edital para a duplicação foi finalmente publicado, mas com uma alteração significativa:
a transferência das obras da saída de Belo Horizonte para o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit).
Isso levou à divisão da rodovia em dois lotes: o 8A e o 8B, facilitando a organização do processo.
O prefeito de Sabará, Wander Borges, expressou seu apoio ao projeto e se colocou à disposição para contribuir com o que for necessário.
Ele ressaltou a importância da duplicação para o desenvolvimento da região e a economia do estado, já que a BR-381 é uma das vias mais movimentadas e estratégicas de Minas Gerais.
O leilão que movimentou o setor de transportes
Em agosto de 2024, uma importante etapa foi concluída com o leilão de concessão de um trecho de 303,4 quilômetros da BR-381, ligando Belo Horizonte a Governador Valadares.
A vencedora do leilão foi a empresa 4UM Investimentos, que demonstrou interesse após o governo federal realizar alterações significativas no projeto.
Essas mudanças incluíram a retirada do trecho entre Belo Horizonte e Caeté, considerado problemático devido aos riscos geológicos e à complexidade jurídica necessária para a realização das obras.
Segundo especialistas do setor, essa retirada foi essencial para evitar mais leilões desertos, como havia acontecido anteriormente.
Impacto social: quem vai pagar o preço?
O principal ponto de atenção nesse processo todo é o impacto social que essa obra vai causar. Cerca de 2 mil famílias serão diretamente atingidas, com suas propriedades sendo desapropriadas.
A questão é: como essas pessoas serão realocadas? Haverá e suficiente para garantir que elas tenham moradias adequadas e um reassentamento digno?
A experiência com outras obras de infraestrutura no Brasil mostra que realocar tantas pessoas é sempre um processo complexo, que pode se arrastar por anos e deixar muitas famílias em situação vulnerável.
Além disso, o ritmo das desapropriações muitas vezes não acompanha o avanço das obras, o que pode gerar ainda mais problemas.
O que vem a seguir na BR-381?
O prefeito de Sabará e outras lideranças políticas locais têm se mobilizado para acompanhar de perto o andamento das licitações para o Lote 8B, o outro trecho da BR-381 que também será duplicado.
Segundo informações do governo, uma reunião com membros da Controladoria-Geral da União está marcada para discutir o processo e os próximos os.
Essa duplicação, embora necessária para melhorar o tráfego e a segurança, carrega uma série de desafios logísticos e sociais que precisam ser enfrentados.
E, ao longo dos próximos anos, será interessante ver como o governo federal, as empresas envolvidas e a sociedade civil irão lidar com as demandas que surgirão.
O futuro da BR-381: desenvolvimento a qualquer custo?
As obras de duplicação da rodovia BR-381 prometem trazer benefícios para a economia da região e melhorar a segurança dos motoristas.
Mas, ao mesmo tempo, levantam questões sobre o custo social desse desenvolvimento. Será que as 2 mil famílias desapropriadas receberão a atenção que merecem?
Você acredita que o progresso justifica os impactos sociais causados por grandes obras de infraestrutura como essa?
É um questionamento muito equivocado, até por que a qualidade de vida e o perigo que essas pessoas am vivendo à margem (literalmente) dessa rodovia nao carece nem de um comentário infeliz e creio sem noção. Isso sem falar das vidas que podem ser poupadas com a realocação para local mais seguro.
Quem escreveu esta matéria é um hipócrita. Todos sabemos o tanto de vidas que foram ceifadas nesta rodovia. Quantas famílias foram perdidas . Além do que também é do conhecimento de todos que as ocupações ocorreram a partir do momento em que se falou em duplicar. Fora os riscos das famílias que ali moram. Lamentável alguém fazer jornalismo para escrever uma bobagem dessa…
Esta Mais que na hora do governo de Minas acordar para o desenvolvimento de Minas ,estrada com qualidade traz investimentos e progresso para o estado Minas é grande em tamanho e pequena em desenvolvimento.