A Honda Super Cub 110 chega com visual retrô, consumo de até 60 km/l e preço ível. Conheça a nova moto da Honda que virou sensação na Ásia, mesmo com soluções mecânicas que dividem opiniões
A Honda surpreendeu o mercado de duas rodas ao lançar uma moto que promete mudar o jogo entre as opções de baixo custo. A Honda Super Cub 110, considerada a moto mais vendida da história do motociclismo mundial, retorna em uma nova versão com preço estimado em torno de R$ 9 mil (valor convertido de mercados asiáticos). Com um consumo impressionante de até 68 km por litro, ela é uma moto que custa menos que uma Pop 110i e já é um sucesso de vendas na Ásia. Porém, um detalhe polêmico vem dividindo opiniões entre motociclistas: a moto ainda traz tecnologias consideradas ultraadas, como partida a pedal e câmbio rotativo sem embreagem manual.
Moto barata com design retrô e proposta urbana
A nova moto da Honda aposta em um design retrô com linhas clássicas inspiradas nos anos 60, mas com toques modernos, como luzes em LED e pintura bicolor. Embora a estética seja nostálgica, a proposta é extremamente atual: economia, praticidade e baixo custo de manutenção para uso diário em cidades congestionadas.
A Honda Super Cub 110 vem equipada com motor monocilíndrico de 109,2 cc, refrigerado a ar, que entrega cerca de 8 cv de potência e 0,9 kgfm de torque. Com peso seco de apenas 99 kg, o modelo atinge boa performance para deslocamentos urbanos, mantendo um consumo médio entre 60 e 68 km/l, segundo dados oficiais da fabricante e testes de revistas asiáticas.
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Preço competitivo: moto que custa menos que uma Pop 110i
Com preço estimado em cerca de R$ 9 mil (baseado no valor praticado no Japão e na Indonésia, seus maiores mercados), a Honda Super Cub 110 se destaca como uma moto barata com excelente custo-benefício. Atualmente, no Brasil, a Honda Pop 110i tem preço sugerido em torno de R$ 10.912 (tabela FIPE, junho de 2025), tornando a Super Cub uma opção mais ível no cenário internacional.
Claro, ainda não há confirmação de lançamento da Super Cub 110 no Brasil, mas especulações sugerem que, caso a Honda opte por nacionalizar o modelo, o preço final ao consumidor pode ficar abaixo de R$ 10 mil — o que seria um grande atrativo para o público que busca uma moto confiável e econômica para o dia a dia.
O detalhe polêmico que desagrada motociclistas
Apesar de suas qualidades, a Honda Super Cub 110 traz consigo algumas características técnicas que geram controvérsia. Mesmo nas versões atualizadas, ela ainda mantém:
- Partida apenas no pedal (em algumas versões vendidas fora do Japão)
- Câmbio rotativo de 4 marchas sem embreagem manual
- Freios a tambor nas duas rodas
Esses elementos são considerados “retrô” ou até “ultraados” por muitos motociclistas brasileiros, acostumados com motos como a CG 160 ou a própria Pop 110i, que já utilizam partida elétrica, embreagem manual e freios a disco em algumas versões.
A falta da partida elétrica, por exemplo, pode ser um obstáculo para iniciantes, pessoas com menor força física ou em condições adversas, como em dias chuvosos. Já o câmbio rotativo, que permite mudar marchas em círculo (1ª para 4ª e depois volta para o neutro), causa estranheza entre motociclistas mais experientes, que preferem o câmbio sequencial tradicional.
Por que a Honda Super Cub 110 ainda faz tanto sucesso na Ásia?
Na Ásia, onde a mobilidade urbana em scooters e cubs domina as ruas, esses “detalhes” são vistos de forma diferente. A partida a pedal da moto que custa menos que uma Pop 110i, por exemplo, é valorizada como um sistema mais confiável e resistente, especialmente em regiões com infraestrutura precária. Já o câmbio rotativo facilita o uso em tráfego intenso, já que não exige embreagem e permite mudanças rápidas.
Além disso, o baixo custo de produção e manutenção, aliado ao histórico de confiabilidade da linha Cub (com mais de 100 milhões de unidades vendidas no mundo desde 1958), contribui para sua popularidade em países como Vietnã, Indonésia, Tailândia e Japão.
Será que a nova moto da Hona chega ao Brasil?
A Honda do Brasil ainda não confirmou a vinda da nova moto da Honda ao país. No entanto, analistas do setor automotivo veem potencial para o modelo, especialmente se houver adaptação às exigências do consumidor brasileiro, como:
- Adição de partida elétrica
- Câmbio tradicional com embreagem manual
- Freios a disco ao menos na dianteira
Ficha técnica: Honda Super Cub 110
Especificação | Detalhe |
Modelo | Honda Super Cub 110 |
Tipo de motor | Monocilíndrico, 4 tempos, arrefecido a ar |
Cilindrada | 109,2 cm³ |
Potência máxima | 8,0 cv a 7.500 rpm |
Torque máximo | 0,9 kgfm a 5.500 rpm |
Transmissão | 4 marchas, câmbio rotativo sem embreagem manual |
Partida | Pedal (versões básicas) |
Freios | Tambor (dianteiro e traseiro) |
Peso seco | 99 kg |
Capacidade do tanque | 4,1 litros |
Consumo médio | Entre 55 e 60 km/l |
Altura do assento | 780 mm |
Pneus | 70/90 R17 (dianteiro) e 80/90 R17 (traseiro) |
Rodas | Aço, raiadas |
Iluminação | Farol de LED |
Público-alvo e aplicações ideais da moto barata da Honda
A Honda Super Cub 110 é ideal para:
- Entregadores e motofretistas que buscam economia extrema
- Pessoas que desejam um segundo veículo barato para deslocamentos urbanos
- Fãs do estilo retrô, que valorizam design clássico
- Consumidores que priorizam baixo custo de manutenção
Apesar das limitações, o modelo atende a um nicho crescente: o de motos baratas, funcionais e confiáveis.
Vale a pena apostar na moto mais econômica da Honda?
A Honda Super Cub 110 representa uma proposta ousada da marca japonesa: trazer ao mercado uma moto barata, extremamente econômica e com visual clássico, mas sem abrir mão de soluções técnicas que podem soar antiquadas em alguns mercados.
Seu grande diferencial é o consumo de combustível, que pode ultraar os 60 km por litro, tornando-a uma das motos mais econômicas do mundo. Além disso, seu preço competitivo — custa menos que uma Pop 110i — a torna ainda mais atrativa.
Contudo, o detalhe polêmico envolvendo partida a pedal, câmbio rotativo e freios a tambor pode limitar sua aceitação no Brasil. Cabe à Honda decidir se irá adaptar o modelo ao gosto nacional ou mantê-lo fiel à sua essência, como ocorre na Ásia.
O que é certo é que, com mais de 60 anos de história e mais de 100 milhões de unidades vendidas, a nova moto da Honda segue provando que simplicidade e eficiência ainda têm seu lugar em um mercado cada vez mais competitivo.