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Tempo de leitura 2 min de leitura Comentários 2 comentários

Há 43 mil anos, neandertais podem ter deixado a impressão digital humana mais antiga do mundo

Escrito por Fabio Lucas Carvalho
Publicado em 30/05/2025 às 08:59
impressão digital
A impressão digital ocre. (Álvarez-Alonso et al., Archaeol Anthropol Sci , 2025)

Marca deixada há 43 mil anos por um neandertal na Espanha pode ser a impressão digital humana completa mais antiga e uma das primeiras expressões artísticas conhecidas.

Uma possível impressão digital deixada há cerca de 43 mil anos por um neandertal pode ser o registro mais antigo desse tipo já identificado.

Uma descoberta em San Lázaro, na Espanha Central, pode mudar o que sabemos sobre a arte pré-histórica. Em 2022, arqueólogos encontraram uma pequena pedra com uma marca feita há cerca de 43.000 anos.

Um neandertal teria mergulhado o dedo em ocre e pressionado o centro da pedra, deixando ali possivelmente a impressão digital humana completa mais antiga já identificada.

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Mais do que uma impressão digital

Além da marca, a pedra apresenta um conjunto de traços que sugerem algo ainda mais impressionante: pode ser uma das representações artísticas mais antigas de um rosto humano.

A impressão digital vermelha aparece bem ao centro, logo abaixo de duas marcas e acima de outra, criando o que lembra um nariz em meio a olhos e boca.

A equipe liderada por David Álvarez-Alonso, da Universidade Complutense de Madri, foi a responsável pela descoberta. Para os pesquisadores, a escolha da pedra não foi aleatória.

Ela teria sido recolhida de um rio próximo e levada ao abrigo de San Lázaro. O formato peculiar da pedra pode ter inspirado o autor a pintá-la, mesmo sem qualquer função prática conhecida.

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Análise multiespectral do ponto vermelho. (Álvarez-Alonso et al., 
Archaeol Antropol Sci , 2025)

Atos de imaginação e arte simbólica

Os cientistas destacam que o ponto de ocre não parece uma simples mancha acidental. “Ele contém uma impressão digital que indica que o pigmento foi aplicado com a ponta de um dedo embebido em pigmento”, explicam os autores do estudo, publicado na revista Archaeological and Anthropological Sciences.

Embora exista a possibilidade de a marca ter sido feita por acidente, Álvarez-Alonso e sua equipe defendem a tese de que se trata de um ato intencional de expressão artística. Segundo ele, “se fosse uma pedra com um ponto vermelho feita há 5.000 anos por Homo sapiens, ninguém hesitaria em chamá-la de arte portátil”.

A descoberta reacende o debate sobre a capacidade simbólica dos neandertais, frequentemente subestimada em relação aos humanos modernos.

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Candido
Candido
31/05/2025 20:21

Sem comentários! Essa **** não se comenta.

Zeh
Zeh
02/06/2025 01:34

Como não tem função prática? É o RG dele.

Fabio Lucas Carvalho

Jornalista especializado em uma ampla variedade de temas, como carros, tecnologia, política, indústria naval, geopolítica, energia renovável e economia. Atuo desde 2015 com publicações de destaque em grandes portais de notícias. Minha formação em Gestão em Tecnologia da Informação pela Faculdade de Petrolina (Facape) agrega uma perspectiva técnica única às minhas análises e reportagens. Com mais de 10 mil artigos publicados em veículos de renome, busco sempre trazer informações detalhadas e percepções relevantes para o leitor. Para sugestões de pauta ou qualquer dúvida, entre em contato pelo e-mail [email protected].

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